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Dulce

Acordei primeiro que Christopher. Me levantei ainda. Sonolenta mas precisava dar uma olhada nos meus e-mails e ver se tinha algum retorno de alguma vaga. Vesti um camisetão dele e desci. Zilda estava preparando o café e eu nem passei pela cozinha, fui direito para seu escritório olhar no computador o meu e-mail que já estava logado lá. Christopher havia me emprestado um dos seus notebook's para sempre que eu precisasse.

Vi que tinha um retorno de uma agência de modelos, eu estava querendo fotografar nas horas vagas e pelo que vi a empresa gostou do meu perfil. Comemorei já que seria muito bom fazer esses serviços até que algo fixo apareça. Esse seria um tipo de trabalho freelancer o que eu gostava também.

O cachê era por dia ou hora trabalhada, dependia muito do evento em si. Logo dei um retorno positivo para a empresa e comemorei. Zilda bate na porta e eu a deixo entrar.

— Bom dia Dulce, deseja seu café agora? — ela dizia com a porta entre aberta.

— Bom dia. — coço os olhos — Não, eu vou esperar o Chris. Mas obrigada.

— Está bem.. — ela vai se afastando e eu a chamo novamente.

— Zil... — ela me olha

— Sim?

— Não precisa me tratar como sua patroa. Somos amigas, eu te considero muito. — eu me levanto e me aproximo dela.

— Eu devo respeitar as ordens do meu patrão. Suas namoradas são como patroas também. — ela olha pra baixo.

— Mas eu sou mais que isso, e muito antes de ser namorada dele, já éramos amigas. Saiba que comigo, você tem a mesma liberdade que tínhamos antes. — eu sorrio pra ela que sorri tímida.

— Obrigada, como quiser. — ela se retira e eu volto para a cadeira.

Fico mais alguns minutos pesquisando lá até que Christopher aparece no escritório.

— Sabía que iria te encontrar aqui. — ele fecha a porta.

— Pois é, eu vim checar os e-mails, recebi uma proposta legal de serviços para uma agência.

— Ah, sim.. agência de que? — ele senta em outra cadeira.

— De modelos, básicamente sempre que eles precisarem de uma modelo para algum evento eu seria parte da equipe.

— Hm.. isso é legal. Mas então não é fixo? — ele me olha sério ja preocupado.

— Não, mas é bom que eu consigo tirar uma grana até que algo melhor surja. — eu sorrio.

— Entendi. Que bom então — ele sorri — mas não vai demorar.... você linda assim, não há empresa que não queira você no time. — ele me fez sorrir mais uma vez.

— Vamos tomar café? Só estava esperando você. — digo.

— Sim vamos. — ele me pega pela mão e vamos até a cozinha.

Christopher toma café comigo e depois parte para a empresa onde trabalha. Eu aproveito para ir embora, havia combinado de ver Anahi que estava de férias do seu emprego.

Fomos a uma cafeteria, eu apenas para conversar já que já havia comido.

(...)

— e você e Christopher estão se dando bem? — ela me pergunta

— Sim, estamos firmes... E felizes. — sorrio

— Tá dando pra notar... Mas que bom, eu sabia que vocês dois não iam se desgrudar mais. Aquele homem te olha de um jeito, sempre foi louco por ti. — ela ria

— Pois eu também por ele.. agora que não sou mais sua empregada é estranho ver como tudo aconteceu. Precisou eu entrar lá como doméstica para poder conhecer o "amor da minha vida". — digo maravilhada

— Ah, que fofo. Você merece isso — ela sorri

— Obrigada.. Mas e com o Poncho, nunca mais me contou nada... — digo séria.

— Continuamos na mesma. Vez ou outra nos pegamos, mas nada sério. — da de ombros.

— Mas você quer algo sério com ele?

— Eu diria que sim, mas acho que ainda é cedo. Ele parece ser pior do que o Christopher... — ela bufa.

— Ah não é não. Você não tem ideia de como o Christopher era comigo ele parecia querer me matar só com o olhar. — dou uma risada apreensiva.

— Mas isso é porque ele não queria admitir que estava super balançado. E agora está mais que assumido, e isso é ótimo.

— É... nossa, ele está me surpreendendo. Cada día ele se mostra mais atencioso, preocupado, e carinhoso também, quem diria.

— Então segura esse homem mulher, porque rico, bonito e bom namorado é difícil.. — eu dou risada dela mas ela estava certa.

Christopher estava se tornando um homem raro. E todos viam. Acima de tudo eu quero que ele esteja confortável comigo, que essas mudanças estejam lhe fazendo bem também. Mas eu não ia comentar nada com ele a respeito.

Mais tarde ele me ligou, nem parecia que havíamos dormido juntos. Ele estava sentindo minha falta em poucas horas.

— Oi..

— Oi.. — eu sorria do outro lado da linha.

— Quer sair pra jantar?

— Quero...

— Passo aí em uma hora.

— Esta bem.

Eu desligo e ops, eu estava suspirando. Em alguns dias de namoro e ele ainda me causava borboletas no estômago. Que poder aquela voz tem.

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Louca Atração | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora