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Dulce

— Da pra notar o quanto você está mais leve. O que vou dizer a você vai até servir para mim... — Maite me encara. — va com calma. Sei que meu chefe está caidinho por você também, mas não sei se ele sente o mesmo. Então tome cuidado.

— Eu entendo, ele não é o tipo de homem que sente isso... — digo me afastando. — Mas, ele pode mudar, não pode? — mordo o lábio querendo acreditar em minhas palavras.

— Sim, pode, mas ele tem que querer isso, e sei que não será nada fácil... — ela diz e eu abaixo a cabeça.

— Eu entendo... obrigada por isso Mai. Eu vou cuidar da limpeza e depois nos falamos. — sorrio de leve

— Está bem. Até daqui a pouco.

Continuei a limpeza da casa com muita dúvida. Sabia que Maitê tinha razão. Não era novo pra mim que ele fosse mais frio, mulherengo e que não quisesse nada com ninguém. Mas eu sei que ele está diferente comigo, o modo como me olha e como me trata, eu sinto que posso confiar nele. Mas ao mesmo tempo, tenho minhas dúvidas. Ainda não sei como devo agir.

Depois de limpar tudo, eu caminho até a lavanderia para lavar algumas roupas de cama. Acabo me distraindo com os meus pensamentos e vejo que a máquina havia parado fazia tempo. Alguém se aproxima e eu me assusto.

— Perdida no tempo moça? — era a voz sedutora de Christopher.

— Oi.. — eu sorrio de leve mesmo com o baita susto.

— Porque essa carinha? — ele se aproxima.

— Não é nada.. e você, voltou mais cedo e nem ouvi chegar... — Digo me ajeitando.

— Eu estava com saudades. — me pega pela cintura — Mas ainda sei que algo te incomoda, pelo pouco que nos conhecemos. Aconteceu alguma coisa? — ele me olha fixo e eu não digo nada. — Não quer mesmo me contar?

— Não é nada de importante são coisas minhas mesmo... — a essa altura eu não ia comentar nada com ele, nem estamos namorando...

— Está bem. — ele parece não gostar que eu não queria contar.

— Eu estou bem, juro... — digo sorrindo e alisando seu rosto — e você?

— Estou bem.. — suspira — um pouco estressado por conta de um projeto que deu errado, mas fora isso, estou bem.

— Entendi. A Zilda vem aí ... — ele olha para trás e vê.

— Ola. — ele diz parando ao meu lado e olhando pra ela.

— Olá Sr. Irá jantar em casa? — ela pergunta.

— Isso irá depender de Dulce, — ele se vira pra mim — Quer comer aonde, Dul?

— Eu.... não, eu como assim eu? — gaguejei como uma boba.

— Sim, quer sair pra comer? — ele me encara sorrindo de leve.

— Nnnão sei, pode ser... — fico nervosa com aquela situação. Eu estava vestida como empregada, e naquele momento ele não estava me tratando como uma.

— Então não irei jantar em casa, Zilda. Não se preocupe. Va se trocar, Dulce. — ele me disse e eu apenas acenei com a cabeça e sai.

Não fazia ideia de onde ele queria me levar, e provavelmente eu não tinha roupa pra isso. Mesmo que eu soubesse me vestir bem, nunca seria o bastante ao lado dele. Um homem tão requintado e fino. Coloquei o melhor vestido que eu tinha e me maquiei rapidamente. Fui para a sala e fiquei aguardando ele se arrumar também. Ele adorava ficar bastante tempo no banho, isso eu já havia notado desde meu primeiro dia de trabalho. Naquele  momento eu estava ansiosa. Zilda já havia se retirado para seu quarto, então só faltava Christopher aparecer.

— Vamos então. — ele me encara sentada e sorri com satisfação.

— Está linda. — ele diz e eu coro.

— Obrigada, você também... — me levanto e ele se aproxima. Caminhamos até a garagem onde ele escolheu seu carro mais esportivo para sairmos. Me senti transando com um velhote que tinha dinheiro pra me bancar. Mas na real era apenas um caso de amor ou sexo com o Patrão gostoso.

Chegamos em uma rua onde só havia belos restaurantes, cada um mais bonito que o outro, todos que adentravam estavam  muito bem vestidos e havia mulheres exuberantes. Christopher me guiou até um deles e entramos. Ele escolheu uma mesa mais afastada. Sentamos e ele percebeu que eu estava levemente desconfortável.

— Aconteceu alguma coisa? — ele pergunta.

— É que eu não estou acostumada a lugares tão finos.

— É sério? Mas e a Royal City? La também é como aqui. — ele se refere a balada onde nos beijamos pela primeira vez.

— É que foi a Anahi que ajeitou aquela saída, nunca que eu teria grana para ir a lugares como esses. — eu digo sorrindo.

— Não diga isso. — ele pega na minha mão. — qualquer homem do mundo gostaria de estar acompanhado de alguém como você, então não seria impossível. — ele pisca e eu sorrio. Ele sempre se deu bem com cantadas, mas aquela parecia bem sentimental.

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Se eu conseguir, posto mais um hoje. Não me matem ❤️😂

Louca Atração | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora