Forbidden Path (Camren)

13. Our Secret

saturday, 12:00 PM 

— Fala, lesba alfa! — Disse Dinah em voz alta assim que atendi o telefone, logo sendo contaminada por sua risada.

— Boa tarde para você também, Chee. — Eu revirei os olhos, ajeitando os fones no ouvido enquanto procurava por alguns ingredientes na geladeira, não evitando abrir um sorriso ao encontrar o que queria. Logo, me direcionei à bancada, apanhando o que precisava para dar início a montagem de meu sanduíche. — Por onde você andou? Estive te ligando há horas!

— Nem te conto o que estava fazendo, minha consagrada... — Respondeu em um tom malicioso, e logo caímos na risada juntas.

— Bem que eu pude sentir daqui o cheiro de sexo no ar... — Brinquei, fazendo Dinah gargalhar enquanto me esticava para apanhar o pote de molho em cima do armário, logo aplicando sobre o recheio de meu lanche. — Isso significa que se acertou com Nela novamente, uh?

— Por enquanto sim. Ele não presta mas infelizmente tem um físico muito agradável... Fica difícil.

— Espero que se trate apenas de físico mesmo. — Murmurei e revirei os olhos, grata por ela não poder me ver. — Eu gostaria muito de saber os detalhes, mas preciso aproveitar que estou sozinha em casa. DJ, é o seguinte, estávamos falando sobre isso ontem, mas ainda não sei como vou fazer para enrolar minha mãe hoje à noite para a festa da Ash. Sabe, aquela ideia de "ir estudar" na sua casa certamente não vai colar, porque além de ser estupidamente clichê e parecer que estou indo transar com alguém misterioso, ela está muito autoritária quanto a esse castigo, acho que facilmente iria perceber que estou mentindo. Vamos precisar de um plano melhor.

— Bom, Chancho, vamos combinar que você não mentiu sobre ir transar né? — Debochou minha amiga, e eu senti minhas bochechas ruborizarem imediatamente. — Não dou uma hora para você e alguma garota se enfiarem em algum canto para fazer amor.

— Dinah! — Gritei. — Isso é sério!

Ela soltou uma gargalhada, e mesmo que não pudesse vê-la, podia mentalizar facilmente suas expressões.

— Foi mal, foi mal... Não se irrita não! — Dinah novamente riu e eu soltei um suspiro impaciente, abrindo uma lata de refrigerante antes de dar a primeira mordida em meu pão recém preparado, que por sinal estava delicioso. — Acho que seria mais viável se você dissesse que precisa ir à minha casa para me ajudar a cuidar de meus primos, ou sei lá. A tia Sinu sabe a quantidade de pestinhas existentes em minha família, acho que ela acreditaria... — Sugeriu, me fazendo rir por conta de seu comentário enquanto eu me direcionava à sala, ligando a televisão em um canal qualquer. — E então você nem mesmo precisa voltar pra casa, apenas diga que passará a noite lá em meu apartamento e mande algumas mensagens em alguns momentos alegando que o que está fazendo, acho que pode dar certo.

Eu soltei um suspiro pensativa, tomando um gole de minha Coca-Cola enquanto processava as palavras de Dinah. Era um plano muito esperto, porém minha mãe conseguia ser mais.

— É uma boa ideia, mas não sei não... Minha mãe pode ser bem stalker quando quer.

— Ah, qual é, Chan. Será uma noite estrelada de sábado, sua mãe está de casamento marcado para a semana que vem... Ih! Acha mesmo que ela vai se preocupar com o que você está fazendo?! — Disse, e a princípio me senti levemente atingida pela sua forma de pensar. Então ela quis dizer que minha mãe não estava nem aí para mim, é? — Eu tenho certeza de que ela vai preferir mil vezes desfrutar de um bom vinho com o Senhor-rico-Jauregui do que ficar te perseguindo! Pode ser que ela até ache bom que você não esteja lá, sabe, mais privacidade, e tudo mais...