Fogueira

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Faltam 7 capítulos para o fim do livro.

Capítulo XXI


-Chamei vocês para me ajudarem e não para comerem meus soldados!- Aperto o osso de meu nariz e balanço minha cabeça, as duas bufam em sincronia e as encaro com raiva. -Se controlem, a comida está do outro lado do campo e não aqui!

-Não seja má, Saraya...- Sif pede olhando suas garras afiadas, levanto uma sombrancelha e bufo.

-Se controlem, ou eu as mando de volta de onde saíram!

-Tudo bem, tudo bem. Não quero perder toda a animação, vamos nos controlar!- Responde a aranha batendo suas pinças, suas crias a imitam em sicronia.

-Ótimo!- Falo dando as costas para as mesmas - Se preparem, senhoritas. Vamos, pessoal. - Chamo os líderes que me acompanham de perto, entre eles estão Mathew, Thoren e o supremo.

- Vocês gostam de fogueiras? -Pergunto ao puxar minha própria flecha até o máximo que consigo, o arco range, meu braço protesta, mas puxo até minha mão encostar em minha bochecha, rangidos atrás de mim comprovam que os restos dos soldados e até me...

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- Vocês gostam de fogueiras? -Pergunto ao puxar minha própria flecha até o máximo que consigo, o arco range, meu braço protesta, mas puxo até minha mão encostar em minha bochecha, rangidos atrás de mim comprovam que os restos dos soldados e até mesmo seus reis e rainhas preparam seus arcos.

- Eu gosto, ainda mais quando colocamos uma carne para assar em cima! - Dinah, rainha das ninfas fala a minha direita, rio baixo.

-Acho que essa carne vai passar um pouco do ponto...-Mathew fala na minha esquerda.

-Eu gosto quando fica meio tostada!- Thoren entra na conversa e faço uma careta.

-Bem, cada um com seu gosto, não é mesmo? - Dou de ombros.

-Pelo amor dos deuses, atirem de uma vez!- Brada Augusto, rio baixo da fala do supremo e atiro, minha flecha some no escuro da noite, outras flechas são lançadas logo em seguida seguindo a minha, as observo subir e fazer a curva começando a descida, nosso alvo está longe, do outro lado do campo.

-Bu!- Falo baixinho e na hora todas as flechas se incendeiam e atingem em cheio a cúpula ao redor do acampamento inimigo, as flechas encantadas ultrapassam a magia de proteção e atingem as cabanas e tendas, gritos e uivos de dor são como uma canção para mim, o fogo se alastra rapidamente e sorrio com isso.

-Bem...temos uma fogueira imensa aqui...-Começo a falar.

-E varias carnes assando!- Completa a rainha antes de nossos soldados atacarem novamente. Os lobos mais fortes pela lua vão a dianteira estraçalhando todos e qualquer inimigo, o resto dos soldados em formação vão atrás e no fundo estão Sif e Garat, deixo o arco sumir de minhas mãos e começo a andar. Me transformo lentamente, meus ossos estralam, saem e voltam pro lugar, minha pele coça quando o pelo começa a surgir, dou um salto e ja caio de quatro, completamente transformada em minha maior fera. Solto um alto rugido e corro, pronta para atacar.Para matar.

   Eu arranco cabeças, rasgo corpos, e deixo órgãos expostos por onde passo, ja está amanhecendo e agora as feras voadoras das ninfas haviam entrado nas lutas, nossa armadilha com os trolls deu certo e o chão cedeu debaixo dos pés de nossos inimigos que caíram em um imenso buraco com grandes lanças afiadas e envenenadas que estavam apontadas para cima, agora bombas mágicas explodem em lugares estratégicos, inimigos caem, assim como nossos aliados.

Cuidado,irmãzinha! Ouço e antes que eu pudesse me virar, ouço uma flecha ser lançada, tento desviar, mas não sou rápida o suficiente, a flecha envenenada atinge o peito, corta a carne e la se aloja, arfo e tropeço. Não...
  Caio no chão voltando a minha forma humana e me arrasto até o corpo do macho. Mathew, Mathew se lançou na frente da flecha direcionada a mim, a flecha que me mataria. Agora ele morre por mim.

-Não...- Sussuro ignorando a luta ao nosso redor e seguro seu rosto em minhas mãos- Mathew, Mathew, você está bem, está tudo bem, eu vou te ajudar!- Ele sorri para mim, seus dentes vermelhos pelo sangue, lhe abraço e sinto meu corpo levitar levemente, quando abro os olhos, estamos de volta ao acampamento, quilômetros longe da luta.

-Rubi...-Me chama, mas ignoro e abro sua camisa, a flecha ultrapassou sua armadura e se cravou diretamente na carne, onde fica o coração, com dificuldade tiro sua armadura e observo, veias negras começam a surgir ao redor do ferimento e aumentam a cada segundo. Sinto meu próprio coração doer e as lágrimas acumulam em meus olhos. -Rubi...

-Vo-Você vai ficar bem... - Gaguejo e escuto os passos de curandeiros se aproximando.

-Sabe que não, nos sabemos que não...-Estreme em meus braços - Qua...Quando Matheus e eu de-descobrimos que tinhamos a a mesma protegida, sabíamos que-que um de nós seria sacrificado pa- para su-sua salvação, não tenho medo de-de morrer por sua vida, tenho orgulho! Sa-Salve o mundo, pequena Lua!- Seus olhos se reviram, seu rosto pálido fica coberto de veias negras, ele morre em meus braços, mas morre sorrindo para mim.  Abraço o corpo de meu amigo e estremeço, lágrimas escorrem do meu rosto e caem sobre o seu, grito, choro em desespero e quando minhas lágrimas secam, so sobra o luto e a raiva. Deixo um último beijo na testa de Mathew e em um movimento rápido arranco a flecha de seu peito, também tiro seu medalhão de guardião e em um movimento rápido o coloco no pescoço junto com os meus próprios medalhões, eu pensava que a dor de ser rejeitada era horrível, mas a dor de perder seu guardião é pior, doi em todo o meu ser, em meu corpo e alma, é tortura, lenta e horrível.  Olho para os três curandeiros que haviam mantido distância em sinal de respeito.

-Levem seu corpo para minha tenda..- É a única coisa que falo.

Pisco e logo estou de volta a guerra, minha roupa licantropica novamente em meu corpo, assim como minhas armas, armas...tiro minha espada a enfiando no estômago de um inimigo que havia tentado me atingir por trás,   a espada flamejante queima dourada em minhas mãos, e queima mais ainda quando a enfio no chão que estremece.

-Achou que eu estava brincando, irmazinha?! - Sussuro, mas sei que ela ouve. -Você não viu nada ainda!

Asas, grandes e douradas e flamejantes descem do céu grudadas a um corpo masculino, ele desce com rapidez e agilidade, quando está proximo do chão, começa a planar, por onde ele passa, corpos se acumulam no chão. O bater de suas asas faz com que todos ao nosso redor se afastem e então ele se ajoelha em minha frente, sempre tão fiel...

-Minha deusa, quais as ordens? - Pergunta de cabeça baixa, mas suas asas ainda batem afastando todos e qualquer um que tentem se aproximar. Me levanto tirando minha espada do chão e com a mão livre giro o pulso, uma outra  espada, maior e feita do próprio fogo surge em minha mão direita, a estendo para ele que aceita ainda submisso.

-Mate nossos inimigos!-Ordeno e consigo ver um sorriso macrabro aparecer em seu rosto.

-Como desejar, minha deusa! -Turo abre suas enormes asas e em um só movimento de sua envergadura está de volta aos céus. Sei que não é um fenômeno natural, mas sorrio quando sangue começa a chover.

Entardecer ⊶Rejeitada Pelo Alpha⊶ 𝑳𝒊𝒗𝒓𝒐2Onde histórias criam vida. Descubra agora