Entardecer ⊶Rejeitada Pelo Alpha⊶ 𝑳𝒊𝒗𝒓𝒐2

Apenas Amigos

Faltam 11 capítulos para o livro acabar!

Capítulo XVII

Rubi narrando...

Tropas, armas, comida, treinamento, tropas...

Minha mente roda, roda e roda e nunca para no lugar, faz dois dias que Thoren chegou, nesses dois dias outros aliados chegaram e esperamos que Trivan, irmão de Thoren chegue hoje com a segunda leva de soldados. A cada dia que passa, sinto o poder de trevas aumentar, a cada dia mais aumento meu poder e a cada dia mais eu me afasto de todos ao meu redor, isso machuca e doi, mas é a melhor escolha, tenho que planejar tudo aos mínimos detalhes, um erro e tudo acaba...

Rosno e seguro o pescoço de quem tocou inesperadamente meu ombro.

-Calma, sou eu, sou eu!- Diz levantando as mãos para o alto, os olhos arregalados, sinto cheiro de sangue e rapidamente o solto observando uma gota de sangue escorrer pelo pescoço de meu irmão mais velho.

-Desculpe...-Peço desviando o olhar e voltando a encarar o mapa místico das terras sobrenaturais a minha frente, hesitante o mesmo se aproxima e se senta do meu lado -Eu não queria...Não percebi que entrou e...

-Shhh- Me interrompe envolvendo meu corpo com seus braços e me fazendo encostar minha cabeça em seu peito -Está tudo bem, foi apenas um acidente! -Beija minha cabeça com carinho, seguro um soluço que ameaça escapar, Brad, assim como Max, haviam viajado nesses dias para avisar nossos aliados mais distantes da guerra que se aproximava, não sabia que o mesmo voltaria hoje.

-Esses dias tem sido estressantes, tudo me deixa alerta, eu não durmo direito, minhas feras arranham meu crânio para saírem e correrem atrás de Treva... Eu estou uma pilha! -Falo saindo de meu confortável casulo e suspirando, meu irmão suspira comigo e me encara tristemente.

-Tudo está mudando lá fora, as florestas estão morrendo, larva negra queima o solo e servos das trevas estão soltos matando qualquer um que encontram. Está um terror, todos estão com medo. -Volto a encarar o mapa, alfinetes estão distribuídos em todos os locais, os pretos são tão mais abundantes quando os brancos que representam minhas frotas e aliados.

-Tudo tem de estar dentro dos planos, o restante de nossos aliados talvez não cheguem a tempo para o primeiro conflito...

-E qual é o plano?-Pergunta e sorrio de lado, ninguém além de mim sabe totalmente do plano.

-A primeira frota será conduzida pelo supremo e encontrará nossos inimigos por trás, a segunda e terceira frota irão pelos lados e minha última os encontrará pela frente, as outras cinco frotas irão atacar por terra, água e ar e ajudarão a socorrer os feridos, os curandeiros estarão no acampamentos, o resto de nossos aliados será nossa tacada final, eles chegarão depois do primeiro ataque com soldados com mais energia.

-E quando você acha que acontecera o primeiro conflito?

-Em uma semana, no máximo...- Um estremecimento me corre a espinha e arregalo meus olhos sentindo os mesmos arderem com a mudanca de cor- Menos! Trevas esta se movimentando rapidamente em nossa direção, são muitos, 13 frotas, chegarão em quatro dias!-Engasgo ao ser balançada e saio do transe o qual estava, encaro a todos os rostos que haviam entrado no escritório. Mathew, Trohen, o supremo, Dereck, Sebastian e meu irmão me encaram assustados, o escritório inteiro está congelado em consequência a minha perca de controle.

-Arrumem as tropas...-Digo,minha voz rouca-Partiremos amanhã!- O gelo derrete e some, volto a encarar o mapa, em minha mão surge um alfinete maior que finco nas terras podres, é a localização de minha irmã... Encaro os homens por escanteio e rosno baixo com insatisfação -Estão SURDOS?!- Brado, Sebastian é o primeiro a sair, Mathew logo em seguida, o supremo franse o cenho e sai, meu irmão beija minha bochecha e também saí.

-Não se perca, Cometa!-Pede Trohen antes de sair me fazendo engolir em seco.

-Dereck, precisamos conversar!-Digo ainda sem encara-lo, o mesmo suspira e fecha a porta, sabendo, pelo meu tom de voz, o que eu quero.

-Não faça isso, Lua...-Pede -Não faça isso comigo, com a gente!-Balanço minha cabeça para os lados, ele não entende, ninguém entende, nunca entenderão.

-Eu não consigo, Dereck, não vou conseguir entrar naquele campo de batalha e me sentir ligada a alguém, sentir que minha morte fará alguém ficar tão triste ao ponto de enlouquecer!-Mordo os lábios e o encaro - Eu não consigo!

-Você me ama?!-Se aproxima e se ajoelha em minha frente -Se case comigo, agora mesmo! Eu te imploro! - Acaricio seu rosto com carinho -Se você morrer eu morro também, eu quero me casar com você, finalizar nossa ligação agora mesmo, Rubi, se você morrer, eu morro!- Nego com a cabeça e o mesmo soluça forte, lágrimas começam despontar de seus olhos, um click na porta baixo denúncia que usei meus poderes para trancar a porta.

- Eu não poderia nunca me perdoar se soubesse que seria responsável pela morte de alguém que significa tanto para mim...

-Você me ama?-Abraça minhas pernas, fecho os olhos para não chorar, não posso fraquejar.

-Amo!-Respondo, e abaixo meu tronco para encontrar o seu - Mas posso ser morta por minha irmã, e nunca me perdoaria se te privasse de ter uma vida boa se eu te levasse a morte...

- EU MORRO SE VOCÊ FAZER ISSO COMIGO! -Grita tentando se levantar, porém o impeço o segurando pelos ombros.

-Porque te amo que falo essas palavras que doem tanto mais em mim quanto em você...Eu...

- Não!

- Eu, Rubi Stuart Winter, filha da Lua, rejeito meu companheiro, Dereck Will Song, alpha da alcatéia Lua negra, sem dor, sem humilhação, apenas a finalização da separação de nossas almas já quebradas pela sua rejeição. - O mesmo chorava enquanto abraçava minhas pernas, tremo enquanto me forço a não abraça-lo de volta.

Com o coração pesado e a mente quebrada o faço me encarar, e em fim falo as palavras que sei que vão machuca-lo, mas o manterá longe de mim.

- Ainda...ainda podemos ser amigos...-Falo engolindo em seco, me forço a gravar sua expressão, ele endurece, depois levanta e me olha frio, seus olhos estão avermelhados e inchados pelo choro, sem dizer uma palavra o mesmo destranca a porta e saí.

Mordo os lábios e fecho as mãos em punho com força, tudo nos planos, tudo nos planos, volto a encarar o mapa, tiro o alfinete maior de onde o mesmo estava e o movo meio centimentos mais próximo do ponto que marca nossa localização.

-Estou te esperando, vadia! -Falo e me permito deixar uma única lágrima escapar de meus olhos.