Shinwon

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O impossível não é um fato: é uma opinião.
                       -Mário Cortella, filósofo
                                Brasileiro.

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Após o beijo, os dois começaram a se encarar. Ainda com os braços envoltos e entrelaçados, o silêncio tomou conta do espaço. Não era um silêncio constrangedor e nem uma lacuna entre os dois, mas apenas enquanto eles estavam juntos, o tempo parava, e tudo que eles conheciam cogelavam com apenas o toque leve de seu olhar sobre seus rostos. 

Seus corações, apesar de acelerados, entravam em um compasso único. A sinfonia daquele amor tocava a música de fundo dessa cena. Era como se os dois estivessem sendo exposto ao seu orgulho, e travavam uma guerra com as maiores dúvidas de dentro de seu ser.
  

Shinwon chegou mais perto da garota, e em seu ato de roubar mais um beijo dela, parou e ficou vidrado, olhando fixo para os lábios alheios chamativos. Fez um carinho no cabelo de Yenjin e sussurrou as três palavras que a garota nunca pensou que precisaria ouvir de Shinwon, o novo e eterno dono de seus pensamentos.

O segundo beijo, o terceiro, o quinto, todos tiveram um jeito diferente. Alguns de desejo, outros de profunda solidão, de medo e todos os outros sentimentos que poderiam ser sentidos.

Com o fim da tarde chegando, aqueles minutos viraram horas. O celular do Ko tocou, informando que os garotos precisariam dele, e Shinwon preguiçosamente se levantou, fazendo Yenjin segurar a mão do mais velho.

-Shin, você... Você realmente está trabalhando duro para me ajudar? -ela pergunta com a voz falha.

-É claro que sim! -ele responde animado, o que faz a Kim sorrir minimamente. Ela adimirava o jeito dele; sempre tentando ser positivo e ajudar as pessoas não importava qual fosse o nível de dificuldades. -Eu sei que você precisa dos tratamentos urgentemente, e eu prometo que irei ser o mais rápido possível com o projeto majin.

-Majin? -ela pergunta confusa.

-Eu sei que é tosco, Taehyung mesmo já me disse. -ele comenta rindo. -Majin é a junção de máquina, mais o seu nome. -Yenjin pôde sorrir largamente dessa vez. Ela realmente amava a criatividade de Shinwon, e aquele amor não se estendia apenas pela criatividade, ele estava indo bem mais do que isso. Ela não podia imaginar que amaria rapidamente aquele garoto maluco. -Eu preciso ir, falo com você mais tarde. -Shinwon dita, deixando um beijo casto na boca da garota, que sorrir com tal ato.

Ao sair da casa da Kim, Shinwon correu apressado para a empresa. A noite já estava chegando e o céu continha uma cor laranja tão bonita. O garoto observava o tráfego de alguns dirigíveis que estavam no ar, o que o fez pensar que do século passado, para o século atual que ele vivia, muitas coisas mudaram com a ajuda da tecnologia e dos novos recursos com o passar dos anos.

Chegando em sua empresa, Shinwon se apressou a chegar onde os garotos estavam, no terraço do prédio.

-O que houve? - O Ko pergunta ofegante, por ter corrido bastante.

-Não estamos tendo um avanço, hyung. A princípio, nossa tese estava certa. Mas parece que tem algo dando errado. -Hyunggu comenta, enquanto Taehyung analisava o grande cilindro em sua frente, ainda totalmente inofensivo. Shinwon suspira frustrado e bagunça nervosamente seu cabelo.

-Pessoal, desistir não é uma opção, ok? Taehyung, Hyunggu, vocês sabem a importância disso, certo? -os dois mais novos concordaram, trocando olhares tensos. O Ko olha para o alto, pondo as mãos em sua cintura, enquanto pensava. -Vocês podem ir, eu ajeito tudo o que está pendente por aqui. -O mais velho diz.

The Black Hall - PENTAGONOnde histórias criam vida. Descubra agora