Depois que Jinho se dirigiu até a recepção, deu e pediu informações para a secretária que estava alí, ele foi informado que teria que esperar por alguns minutos, já que os enfermeiros teriam que cuidar do ferimento de Minhe. O Cho, preocupado, começou a andar de um lado para o outro, depois que o mesmo já estava na parte de fora da ala de emergência.
Assim que o rapaz foi liberado para entrar, seus olhos analisaram aquela sala de imediato. Ela era tão diferente, tão mais detalhada e bonita do que o hospital do seu século. Aquilo era moderno de mais para ele, que nunca imaginou existir aqueles aparelhos todos, coisas que estavam bastante melhorados e com tantas funções novas que ele desconhecia.
Ao se aproximar da cama em que Minhe estava, seu coração acelerou, observando a forma vulnerável que Hyojong havía deixado a Kim. O Cho sentou-se ao lado dela e segurou em sua mão, fazendo a garota abrir seus olhos lentamente. Jinho abaixou seu olhar e sentiu lágrimas descerem lentamente.
— Obrigada... -Minhe murmurou com certa dificuldade, por conta do respirador sobre sua boca. O que fez com que o Cho voltasse a olhá-la.
— Por que está me agradecendo? - Ele pergunta com a voz falha, porém a Kim apenas sorrir, enquanto abaixava o respirador de seu rosto.
— Não se culpe... A culpa não foi sua, senhor Cho. -ela dita, enquanto manteve contato visual. Não porque ela precisava ler os lábios dele, mas porquê ela jamais vira Jinho com um olhar tão triste e tão longe, como ela estava vendo naquela hora.
— Se eu não tivesse caído, poderia ter ajudado você, poderia ter sido eu, e não você... Por minha causa você está nessa situação.
— Por favor, pare. Eu não quero que você se culpe. Já disse que não foi culpa sua... -A Kim ditou fraca, e se forçando a sorrir. Jinho suspirou, abaixando o olhar, e concordou mesmo contra sua vontade. Apenas para parar de falar naquele assunto. — Aliás...como chegamos aqui? Este lugar é tão...
— Estranho? — o Cho falou e Minhe sorriu.
— Eu ia dizer diferente e caro, mas estranho também serve. — ela olhou em volta os aparelhos modernos e depois voltou a olhar para o Cho. — Onde estamos?
— Este é um hospital de um tempo mais a frente do nosso. — ele explicou calmamente. — O senhor Shinwon foi quem lhe carregou até aqui, mas foi uma Senhorita quem te ajudou. — e na mesma hora ele se arrependeu de citar a jovem parecida com Minhe.
Droga.
— Mesmo? Devemos agradecer a ela depois. Onde ela está? — Minhe perguntou e viu Jinho ficar tenso e inquieto. — O que houve?
— Falaremos com ela depois, sim? Por enquanto descanse, o médico disse que você perdeu bastante sangue e deve descansar.
De fato, Kim Minhe parecia uma boneca de porcelana de tão branca e frágil, seu esforço para falar era nítido e por isso Jinho teve de pensar rápido e fazê-la dormir. Ele tinha que perguntar ao médico como ela estava de verdade e por que ainda parecia tão pálida como se estivesse quase sem sangue em seu rosto. A Kim adormeceu rapidamente e sua respiração estava serena e tão imperceptível que o Cho teve de olhar por longos segundos para ter certeza que ela respirava. O aparelho fazia uma barulho constante e em sua tela haviam várias informações que o Cho decidiu decifrar.
As batidas do coração dela estavam fracas e pelo que entendeu, estava realmente muito ruim sua situação.Jinho decidiu sair para procurar um enfermeiro ou até mesmo o médico que a atendeu, mas esbarrou feio em alguém e foi ao chão pelo impacto.
— Oh meu Deus, me perdoe!
O rapaz alto parecia atordoado. Ele parecia um pouco perdido e pelo tombo que levou, também estava com muita pressa.
— Está tudo bem. Estou bem. — o Cho se levantou e sorriu para o rapaz que o encarou brevemente. — Algum problema, senhor?
— Senhor? Não sou tão velho assim, pelo menos acho que não tanto assim... — ele respondeu um pouco envergonhado. — Me chamo Yeo Changgu, estou procurando uma paciente chamada Kim Seunhye.
Oh, aquela garota!
— Eu a conheci mais cedo, ela ajudou minha amiga e eu não sei dela. Por que não tenta perguntar aos companheiros dela na sala de espera?
— Eles não podem saber que estou aqui, seria complicado explicar... — o Yeo murmurou a última parte e Jinho sorriu.
— Sinto não poder ajudar.
— Mas...posso perguntar? Que roupas são essas?
É claro, claro que perceberiam que Jinho era deslocado e inusitado naquela época com tais vestimentas. Se não queria prejudicar Shinwon, ele teria de fazer igual ao Ko e fingir que apenas estava perdido, pelo menos por hora.
— Longa história. Eu não trouxe nada e nem pude me trocar...estou esperando meu amigo para saber o que faremos já que ele trouxe sua... — o Cho pausou e pensou o que dizer para não parecer definitivamente de outro século. — sua garota. Ela precisa de ajuda e por acidente minha amiga foi esfaqueada.
O Yeo parecia um pouco confuso. Jinho não sabia mentir e estava extremamente desconfortável fazendo aquilo, mas Changgu abriu um largo sorriso para o Cho.
— Diga aos seus amigos que eu quero ajudar. Podem ficar na minha casa por enquanto...imagino que não tenham onde ficar, certo? — Jinho assentiu lentamente. — Então está resolvido. Chegando em casa, posso lhe emprestar algumas roupas para trocar e se sentir mais confortável.
— Muito obrigado, Yeo Changgu! É muito gentil de sua parte ajudar um estranho.
O Yeo riu.
— Eu sinto algo estranho, como se já te conhecesse, e se essa sensação diz que eu posso confiar, então devo te ajudar. É o que amigos fazem. — ele falou gentilmente. — E pode me chamar de Changgu. Nem de senhor, nem de Yeo, apenas Changgu já está bom.
— Obrigado, Changgu. — ele agradeceu novamente e se corrigiu. Era estranho falar do forma tão informal com um estranho, mas Changgu exalava uma aura tão tranquila e de confiança que Jinho não pode evitar sorrir. — Agora eu preciso mesmo ver um médico...minha amiga não está nada bem.
— Então vou te ajudar e depois procuro quem vim ver, está bem?
— Bem, se é assim... Vamos. —Jinho responde e olha para o lado, onde avista Shinwon conversando, -ou tentando se explicar- com alguns rapazes. Seriam eles os guardiões da tal moça Seunhye? Ele hesitou, se deveria ou não ir até o Ko. Mas achou que seria mais sábio de sua parte, ficar longe. Já que sua presença alí poderia causar mais um furdunço.
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Capítulo escrito e revisado por Lolo e Liss. Se estão gostando, já sabem né?
Kissus
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The Black Hall - PENTAGON
Fanfiction"O salão negro, é o lugar onde quero me esconder de todos os problemas. Os problemas que envolvam ela..." -Yeo Changgu "Se eu só tenho você amor, ficaria louco por você. " -Cho Jinho "Os tormentos rondam minha mente, porém cada um deles tem um nome...