The Black Hall - PENTAGON

ChangGu

Capítulo escrito e revisado por Liss F.H©
Espero que gostem. Sweet kisses e boa leitura.

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As aulas foram chatas e cansativas, mas tudo melhorava para ChangGu quando ele lembrava do quase beijo com Seunhye. Um sorriso bobo brotava em seus lábios apenas com o pensamento de beijar Seunhye, saber quão bom seria e se ela tinha lábios macios como aparentavam ser.
Já era tarde quando finalmente todos foram liberados. O professor havia falado sobre experiências do futuro e ele tinha certeza que isso seria parte do seu seminário já que o professor havia se empenhado tanto em falar daquilo. Certeza que teria boa nota se seu trabalho tivesse tudo, ou quase tudo, que ele havia dito.

- ChangGu! - o garoto parou ao ouvir a voz de Seunhye. Ela se apressou para alcança-lo e ele disfarçou um sorriso de satisfação. - Eu estava esperando você sair.

- Aconteceu algo? - ele perguntou a ela estranhando tal ato de sua parte.

- É sobre Yang Hongseok.

ChangGu ficou sério na mesma hora. Estava realmente tarde para ficar ali e não havia muitos lugares para onde pudessem ir e conversar tranquilamente.

- Bom...quer ir até minha casa? Podemos falar disso lá. - ele ofereceu um pouco hesitante já que não costumava levar ninguém a sua casa.

- Certo. - ela concordou e ele assentiu.

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A viagem da faculdade até a casa de ChangGu foi silenciosa. Seunhye parecia tensa e preocupada deixando o rapaz da mesma forma, além de ansioso para saber o que deixava ela assim e que tinha ligação com Hongseok.

ChangGu estacionou o carro assim que chegaram em sua casa. Seunhye parecia um pouco deslumbrada com sua casa e não conseguia disfarçar isso. Ela olhava atentamente para tudo e sorriu ao ver uma foto de ChangGu com sua família, num porta-retratos que estava na sala.

- Você era adorável. - ela comentou com um tom de voz divertido.

- Eu sou mais adorável agora, não acha? - ele perguntou com os braços cruzados e uma sombrancelha erguida em desafio.

- Eu não posso opinar sobre isso. Seria comprometedor. - foi o que ela respondeu antes de virar o rosto, mas não antes de ChangGu ver seu rosto corado. - Posso abusar de sua hospitalidade e pedir um copo com água?

- Eu ia dizer para jantar aqui. - ele confessou a ela que o encarou parecendo um pouco surpresa e hesitante.

- Não quero abusar tanto assim. - ela murmurou envergonhada.

- Eu insisto. Você ficou esperando até agora por minha causa, então nada mais justo que eu lhe dê pelo menos o jantar. - ele insistiu.

Seunhye respirou fundo e assentiu.

- Vou apenas avisar meu irmão. - ela respondeu e ChangGu assentiu com um sorriso convencido.

A garota se afastou com o celular na orelha e ChangGu começou a preparar as coisas que usaria para fazer o jantar, dessa vez seria um pouco mais já que tinha visita. Ele estava concentrado e fazia tudo de forma ágil. Quando Seunhye voltou ele sequer percebeu sua presença ali, então ela apenas aproveitou para observar o rapaz a sua frente usando um avental num tom de cinza escuro.
Ela não podia negar que ChangGu era lindo, mas vê-lo assim a deixou ainda mais encantada com sua beleza. Suas mãos fortes empunhavam a faca que cortava os legumes de uma forma suave, algo que ela não esperava ver. Seu cenho estava franzido enquanto ele se mantinha concentrado no que estava fazendo.

- Posso ajudar? - ela perguntou com a voz suave para não assustar o garoto.

ChangGu sorriu. Um belo sorriso, ela pensou.

- Não precisa, mas se te deixar mais confortável, venha. Pegue um avental ali. - ele indicou um canto específico perto da porta e Seunhye foi até ele.

Já de avental e mãos lavadas, Seunhye trocou as funções com ChangGu e ela ficou com os cortes enquanto ele preparava um suco simples de fruta.

Em meia hora tudo estava pronto. Eles riram e conversaram durante todo o preparo deixando a casa tão silenciosa mais animada. Depois de arrumarem tudo na mesa, ambos sentaram para desfrutar do seu trabalho.

- A conversa está realmente muito boa, mas eu vim aqui para contar algo sobre Hongseok, o seu amigo. - Seunhye falou de forma séria novamente e ChangGu assentiu para que ela continuasse. - Eu soube que ele gosta de você, não apenas como amigo...por isso estavam lá naquela hora, ele tentou algo e você o dispensou, certo?

ChangGu respirou fundo e novamente assentiu, dessa vez para afirmar a pergunta de Seunhye.

- A questão é: eu soube também que isso pode ter sido bastante prejudicial para ele e sua mentalidade. Você sabia que ele faz consultas psicológicas?

- Não... - ChangGu respondeu em um murmúrio.

- Ele faz. Não sei exatamente com quem, mas faz. É algo que ele mantém em discrição, mas eu soube quando conversei com a secretária do reitor. Ele pediu para sair mais cedo aquele dia e alegou que tinha uma consulta com sua psicóloga, foi então que ela anexou isso em sua ficha para o caso dele precisar novamente de liberação. E eu soube disso quando perguntei o que estava acontecendo para que ele estivesse tão abalado.

ChangGu se sentiu culpado na mesma hora. Ele havia sido duro demais com Hongseok? Tanto que o garoto precisou sair mais cedo para visitar sua psicóloga?

- ChangGu... - Seunhye o chamou. Ele parecia disperso em pensamentos de culpa, mas voltou assim que sentiu a mão de Seunhye em seu ombro lhe passando conforto. - Sei que deve estar se culpando por algo, mas não pense assim. O que deve fazer é conversar com ele, explicar as coisas e pedir desculpas se foi duro demais com ele. Não sei por quais tipos de problemas ele passou para precisar desse tipo de ajuda e nem quanto tempo precisou, mas sei que para o bem dele você deve fazer com que ele se sinta alguém querido, alguém que você não tenha nojo ou repúdio.

Ele assentiu, sem saber o que dizer.

- Obrigado por ajudar. - ele agradeceu depois de algum tempo sem dizer nada.

- Não me agradeça ainda. Apenas faça o que é certo e o que seu coração diz para fazer, faça sua parte para que depois não haja arrependimentos.

- Eu farei isso. Agradeço pelo conselho, Seunhye.

Seunhye sorriu gentilmente.

- Não há de que. E pode me chamar de Hye. - ela se afastou e notou um sorriso satisfeito de ChangGu ao ouvir que poderia chamá-la mais informalmente. - Agora vamos comer, a comida vai esfriar.