Destinado a acontecer 🔥

• Capítulo 27 •

"... Minha bunda, ela gosta de agarrar
Pijamas de aniversário combinando
O cuspe dela tem gosto de fruta suculenta
Ela faz aquilo que costuma fazer
Soletra meu nome com a língua dela, tipo (uh)..."
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Slumber Party (feat. Nokia Princess) Ashnikko

O final de semana havia chegado e como de costume teríamos de fazer algo para ganhar dinheiro.Nesse meio tempo, tudo que eu conseguia ganhar escondia embaixo do meu colchão de uma forma que ninguém notasse.
Acordei com uma puta dor de cabeça, que com certeza deveria ser pelas bebidas de ontem.

Podia se dizer que apesar de ter me acostumado com a rotina da casa, as meninas e Nicholas, eu queria algo diferente, talvez um que rendesse bastante lucro, uma sensação nova.

Eu havia descido para a sala, parecia que todos haviam saído. Entediada, resolvi ir para o escritório do Daddy, por que, sei lá, quem sabe encontraria algo para descobrir o motivo de tudo isso, já que ainda não obtive respostas objetivas.

A cada momento que me aproximava da porta, meu coração demonstrava que iria pular pela boca, conseguindo ficar apreensiva o suficiente. Mas alguma coisa dentro de mim, avisava para seguir em frente.

Como se não quisesse nada, dei uma batida, para ter a certeza de que estaria vazio, não tendo uma resposta entrei, a fechando logo em seguida certo cuidado.

Seu notebook em cima de mesa aberto, me fez se sentar rapidamente, quebrando a cabeça para pensar no que poderia ser a sua senha de usuário.

Não fazia ideia do que aconteceria se o dono me achasse ali, sem sua permissão. E naquele momento, talvez eu queria descobrir. Então continuei, até por fim lembrar da vez que me contou sobre ser um astrólogo e bingo, ao digitar desbloqueou.

Revirando pasta por pasta, achei fotos suas antigas do lado de uma mulher mais velha mostrando traços parecidos com o dele, na escola com outros alunos em sua infância, tabelas com altos valores e informações, mas o que me chamou a atenção foi uma específica com meu sobrenome.

Nessa tinha muitas imagens minhas, de todos ângulos possíveis, documentos meus, dados e a maioria sendo bem pessoal. Para mim não fazia o menor sentido daquilo, Nicholas nunca se mostrou obsessivo por mim, sempre me tratou igual as outras, mesmo após termos nosso envolvimento.

Uma notificação de um novo e-mail, começou a apitar na tela, curiosa acabei o abrindo.

Estava escrito assim:

"Como estão as coisas por aí?
E aquela moça, Luara o nome dela, né?
Já contou para ela o que conversamos?
Bom, eu acho que deveria já.
Luara me parece ser esperta o suficiente para o cargo planejado.
De qualquer forma, me avise.

Com amor, mamãe."

Surpresa fiquei parada ali, tentando absorver o que acabei de ler, minhas mãos suavam e eu sabia que tinha mais alguma coisa por vim, porém acho que talvez me encontrava pronta para isso.

Ouvi barulhos no andar de baixo da casa, desligando assim o notebook, tentando ser mais silenciosa possível, caminhei para meu quarto, aonde voltei a pensar no que a mãe dele o tinha enviado.

Perguntas sem respostas foram se formando na minha cabeça, me deixando ainda mais confusa, mas com extrema vontade de dar continuidade para saber melhor sobre o que seria esse cargo planejado.

Parei de focar nisso, ao ouvir baterem na minha porta chamando pelo meu nome, Pamy:

—Pode entrar—falei tentando disfarçar ao máximo.

Logo a ruiva se locomoveu e sentou ao meu lado da cama:

—Ooi—sorriu—era para você ter ido com a gente também, saímos às nove e meia, tivemos que participar de um coquetel de um lounge, foi bem tranquilo...Mas Nicholas não quis deixar eu e as outras beber—me encarou cruzando as pernas, esperando minha resposta.

—Nossa, eu acho que acabei dormindo demais mesmo—pensei e achei interessante contar a ela sobre a noite anterior—ontem a Vee falou de dormir aqui comigo...

—Mentira—soltou formando uma expressão de surpresa rindo.

—Então—ri—até fumamos juntas, minha primeira vez, a gente se beijou...—contei tendo poucos flashes do nosso beijo e sendo interropida pela ruiva .

—Até você?Vee é uma fofa, gosto do jeito dela,  mas sei lá, as vezes ela é meio estranha, do nada se isola e fica sem fala com todo mundo, teve até uma vez que Daddy, deixou ela sem trabalhar por um tempo...—soltou se aconchegando melhor.

—Acho que as vezes precisamos todos de um tempo, Pamy—afirmei.

—Concordo...—ela soltou um riso.

O assunto entrou no quarto, sem bater, olhou para nós duas sem se expressar:

—Vamos lá embaixo, toma um banho de piscina?

—Eu topo—respondi, indo se trocar.

Olhei minhas peças, escolhendo um preto discreto, entrei no meu banheiro e o coloquei, pegando uma camiseta larga pondo por cima. Amarrei o cabelo em um coque, pegando por último um óculos de sol.

Quando terminei as meninas, não estavam mais lá, imaginei que também deveriam estar se trocando, então desci as escadas calmamente, indo para a cozinha procurando Anne, uma moça que trabalhava arrumando a casa:

—Boa tarde—a cumprimentei sorrindo.

—Olá, senhorita Luara, precisa de algo?—me encarou enxugando as mãos num pano de prato.

—Sim, quero que vá ao bar do Daddy, pegar um whisky para mim com gelo de água de côco, por gentileza, estarei ali fora—falei, afinal, não sabia exatamente aonde ficava suas bebidas  direito e eu sabendo do seu bom gosto, queria uma dele.

—Qualquer coisa irei falar que você me pediu, mas logo eu levo—ela disse saindo.

Peguei uma água e me sentei numa cadeira de Sol, tirando a camiseta, ficando de costas, estava com saudade de pegar marquinha, algumas das outras meninas também permanecia ali, como Ashley e suas mais próximas. As vezes, a mesma tentava me provocar, mas quase não dou moral e ignoro, pois sei que não vale a pena.

—Aqui está, Luara, foi fácil, já que o Sr. Hayes, não está.Aproveite.Qualquer coisa é só me chamar, estarei na cozinha—avisou Anne, deixando meu copo, a garrafa, de uma bebida importada, com um baldinho de gelo.

Me sentei, tomando um gole, apreciando o quente da garganta, como eu gostava dessa sensação.

—Oii, cachaceira—me chamou Mel, se sentando ao meu lado segurando uma cerveja na mão.

—Oii, temos que aproveitar, né?—ri me sentindo calma.

—Claro, principalmente, se não sai do nosso bolso—ela riu fazendo eu começar também.