• Capítulo 2 •

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Eu achei que já havia me machucado antes
Mas nunca ninguém me deixou tão ferido
...
Agora preciso de alguém para me trazer a vida
Sinto que estou afundando
Mas eu sei que conseguirei sair vivo
...
Você me vê sangrar até que não possa mais respirar

Eu estou tremendo, caindo de joelhos
-

Stitches, Shawn Mendes.

Na hora eu só conseguia chorar e questiona-los o motivo daquilo, imaginei minha morte e mais outras coisas horríveis em minha cabeça, seus rostos estavam cobertos por máscaras não dando para identificar eles.

Nenhum deles diziam nada, demonstravam frieza e eu que não sou nada religiosa pedia ajuda para Deus mentalmente, um dos caras ao meu lado, levantou a manga da minha blusa, tirou uma seringa com algo dentro, soltei mais gritos de desespero, sentindo a espetada da agulha na minha veia, olhei em volta com a vista embasada por conta das lágrimas e rapidamente perdendo a consciência.

Acordei num quarto escuro, numa cama de casal, na onde havia um guarda roupa, banheiro e cômoda.

Levantei, ainda meio perdida por conta do que haviam injetado em mim, olhando em volta percebi que estava sozinha, demorou uns minutos para me tocar do que tinha acontecido, me aproximei da porta fechada e a mesma permanecia trancada, só me fez perceber que realmente tinham me sequestrado.

Mais uma vez lágrimas molhavam o meu rosto, minha bolsa não estava comigo, não sabia onde me colocaram, o medo tomava conta do meu corpo, eu tremia e chorava sem parar.

Ouço a porta sendo aberta, uma figura masculina entra, acende a luz, me mostrando que era o mesmo cara que trombei correndo na orla da praia, para minha surpresa, ele chegou mais perto, me fazendo se encolher na cama, deu um sorriso de lado:

—Não precisa chorar, Luara, não irei te machucar...—ele dizia olhando diretamente para mim, passando as mãos em meu cabelo—Só se me desobedecer—riu, se sentou na cama.

—O-o-que você quer?!—perguntei gritando querendo voar em teu pescoço.

—Primeiro, que se eu fosse você não gritaria comigo, não sabe do que sou capaz de fazer com pessoas mal educadas—estremeci e engoli o choro—Segundo que irá trabalhar para mim, sendo exclusivamente minha...

Encarei o mesmo sem entender nada.

—Daqui a pouco te contarei como, me dá a tua aliança de namoro?

Olhei para minha mão onde ficava ela, lembrando do meu namorado, que nem devia imaginar o que se passava comigo.

—Pra quê?—perguntei e para meu desespero o homem me empurrou e subiu em cima de mim.

—Por que você é minha agora—ele sussurrou em meu ouvido me causando arrepios e com brutalidade tirou a força o anel do meu dedo guardando em teu bolso, se afastou—Relaxa, você não irá precisar mais disso, meu amor, não tente fazer nada que se arrependa depois, vou resolver coisas e já volto—ele me dá um beijo na bochecha e saí do quarto.

Voltei a chorar, imaginando o que seria daqui para frente e se algum dos meus próximos iriam atrás de mim.
Passei a mão aonde ficava a aliança que o monstro me tomou, aumentando a intensidade da minha aflição, eu iria perder o meu relacionamento de um ano e dez meses, meu primeiro namorado, talvez iria perder a vida também e aquilo me assustava.

Desesperada, comecei a gritar por socorro e nada, olhei para o teto, para as paredes, caminhei em direção ao guarda roupa, procurando algo que faria eu pelo menos ter noção do que estava acontecendo ou me ajudar a fugir dali e nada, tirei tudo de dentro e só tinha roupas masculinas, perfumes, relógios, toalhas, deixei algumas coisas jogadas no chão.

Andei até a cômoda encontrando nas gavetas mais vestimentas, sem desistir fui para o banheiro e lá não tinha uma janela que dava para tentar passar, voltei a mexer na mobília, encontrei maconha e uns malotes de dinheiro, a porta se abre novamente, olhei em direção vendo um cara gordo e velho parecendo muito bravo, vindo em minha direção com os punhos cerrados:

—Não é para você mexer aí, sua puta!—e me acertou um soco certeiro no rosto fazendo me desequilibrar—Eu tenho ódio de gente bisbilhotando as coisas que não devia—mais soco, minha visão ficou turva e senti sangue quente escorrendo pelo meu nariz e boca, sua voz parecia estar se afastando, a dor se alastrava, levei mais uns chutes na barriga e acabei desmaiando.

                        *-*-*-*-*

Nicholas narrando:

Depois de ter pedido para colocar a nova submissa em meu quarto, fui terminar de resolver alguns assuntos pendentes.

Pedi para um dos meus ficar de olho nela, pois com certeza iria tentar fugir ou fazer algum escândalo básico, mal ela sabia que só iriam sair dali quando eu me cansasse dela e olhe lá, trabalhariam para mim querendo ou não, sendo minha, outra forma que uso para ficar mais rico e honrar o nome dos meus antepassados.

Terminando tudo e se passando umas duas horas, decidi ir ver como a novata estaria, brincar um pouco com ela ou quem sabe apenas mostrar como tudo funcionava.

Caminhei pelos corredores, passei em alguns outros quartos para ver os que as outras estariam fazendo, cumprimentei alguns homens que estavam esperando pelas moças e chegando perto do quarto onde Luara estava, vi que James havia dormindo no sofá do lado da porta.

Tranquilamente, abri a porta e vi a mesma deitada no chão, com a cara manchada de sangue, espantado tentei acorda-lá:

—Ei, acorda!—supliquei com teu corpo mole em meus braços—Vamos!

Eu não acreditava que aquela babaca tinha feito isso com uma de minhas meninas, sabendo que sou mega explosivo e que odeio o fato de mexerem com elas.

Luara não respondia por meu chamado, mas ainda respirava, peguei ela e coloquei na cama com cuidado.

Muito nervoso, fui até James e o acordei nos gritos:

—Eu já disse para não mexer com elas, filho da puta!—avancei no mesmo que me olhava assustado, distribuíndo socos e chutes pelo seu corpo enorme e ridículo fazendo o mesmo gemer de dor—Como você acha que tem o direito de machucar a minha novata!?Hein, seu idiota burro!—só parei de bater no mesmo ao ouvir o barulho dela se movimentando na cama.

Rapidamente entrei no cômodo e me aproximei dela que demonstrava estar sentido dor pela expressão facial.

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