Gata, não deixe uma nota
Ela pode conseguir qualquer uma embaixo
Permissão não aprovada
Ok, está sob controle
Mostre-me, soprano, porque você dá conta, garota
-
Whistle, Flo Rida.
Sua aproximação foi tão desconfortável para mim, que logo me soltei de seus toques e saí dali, ouvindo apenas tua voz me chamando pelo nome.
Subi as escadas descalça, com o shorts na mão, fui ao meu novo quarto, fechei a porta rapidamente e deixei o ar sair de meus pulmões, fechando os olhos, risadas soavam pelo cômodo, Pâmela e Melanie, me encarava rindo alto, bufei:
—Parece que não foi tão fácil com o bonitão lá, né?—zombava a ruiva.
—Ai, meu Deus—reclamei caminhando para minha cama passando por elas.
—Não sei como consegue resistir a ele, sério—falava Mel, vestindo apenas uma toalha enrolada no corpo de frente a penteadeira secando o cabelo.
—E eu não sei o que vocês vêem nele...—soltei meio indignada.
—Vocês não, que prefiro mulher—respondeu Verônica saindo do banheiro enrolada também em toalhas.
Mentalmente me perguntei como seria ser lésbica num lugar aonde você tinha que ser acompanhante de luxo para homens.
—Antes que se assuste, eu sou bissexual—Vee se explicou rindo, tirando minhas dúvidas—Pau é bom, sim, porém buceta é bem melhor.
—Nossa, Verônica, seja mais meiga, não espante a novata—falou Kayla se retirando do banheiro apenas de lingerie preta.
—E ela consegue, Kay?—debochou Melanie brincando.
Demos risadas, peguei um roupão pendurado em minha cama e fui tomar um banho.
Tranquei a porta, tirei o biquíni, deixando-o pendurado junto com os das meninas, entrei no chuveiro sentindo apenas a água morna caindo sobre meu corpo, causando conforto, lavei o cabelo, me esfreguei e desliguei.
Saindo do toalete, observei que as meninas já estavam se arrumando para ir a tal boate, no guarda-roupa encontrei um vestido vermelho, com um decote em V, que ficava justo e tinha duas fendas , Pamy me mostrou aonde ficava os sapatos, peguei um salto alto nude com a sola da cor do vestido e uma calcinha de renda branca.
De frente ao espelho, vestida, pude ver meu reflexo, Vee apareceu atrás de mim ajeitando teu vestido preto:
—Caiu bem em você, em?—elogiava a tatuada.
—Obrigada, você também tá bonita—elogiei ela.
A mesma sorriu e se afastou, sentada de frente a penteadeira peguei uns brincos de argolas brilhantes, finalizando os últimos detalhes.
Me virei, vendo que as meninas já estavam todas prontas, com seus vestidos de gala sexy.
Alguém batia na porta:
—Tá na hora, meninas...—falava Nicholas a fim de nos avisar.
As moças saíram na frente, me deixando para trás, já que me sentia meio em desespero por ter percebido o que iria acontecer daqui algumas horas, respirei fundo umas cinco vezes, dizia para mim mesma que iria ficar tudo bem, mesmo indo para um local aonde teria de trabalhar com o corpo.
Minhas mãos suavam frio, observei a porta aberta do quarto, tentei ir, mas parecia que minhas pernas travavam, Melanie apareceu, veio até mim, se abaixou calmamente:
—Eu sei que você está meio assim, porque é uma puta mudança do que já está acostumada, mas não precisa fazer nada se estiver desconfortável, Daddy—lembrei dele falando que queria ser chamado assim—não te obrigará a nada, tá?—sobrepôs sua mão quente sobre a minha, numa forma de me tranquilizar.
—Tá...—respondi num fiapo de voz.
Ela me ajudou a se levantar, entrelaçou seu braço no meu e descemos juntas para o hall de entrada da casa esperando para sair.
Mais calma, reparei no lugar em que nos encontrávamos, um jardim bonito bem cuidado, a casa vista de fora era maravilhosa e grande.
Nicholas vestia um terno preto, um relógio de ouro, sapatos sociais, cabelo bem arrumado e o cheiro que exalava dele era ótimo, parado encostado no seu carro mexia no teu celular distraído, fiquei o encarando e quando ele percebeu olhou em minha direção sorrindo, desviei o olhei.
Na nossa frente parou uma limosine na cor preta:
—Para a felicidade de vocês, hoje não vai ser de van e sim de carrão, não se acostumem—dizia o moreno autoritário, abriu a porta do automóvel para a gente.
Fomos em direção ao carro, porém Nick parou na nossa frente, me olhou de cima abaixo, passou o dedo polegar em tua boca suavemente, senti arrepios de novo:
—Melanie pode entrar, essa aqui vai comigo—mandava, sem reação alguma da minha parte, a loira me deu uma última olhada passando confiança e saiu.
Ele pegou em minha mão me levando para tua BMW na cor preta, abriu a porta do mesmo para mim, entrei e ele também.
A viagem pareceu durar uns trinta minutos, foi silenciosa, paramos em frente dessa casa de show, um homem vestido com seu uniforme de manobrista veio abrir para eu descer, Nicholas entregou a chaves do carro para ele, pegou em minha cintura e assim ingressamos para dentro.
Homens bem vestidos, o cumprimentavam de longe e perto, alguns tinham idade para seu meu pai, o cara da minha lateral permanecia com a mão pesada em minha cintura, parecia querer me mostrar.
Fiquei incomodada com aquilo, ele percebendo persistiu no teu modo de agir, depois de sua gracinha, me levou a uma mesa, nos sentamos e o sujeito finalmente referiu a palavra a mim:
—Você tá muito linda, sabia?
—Obrigada, Nicho—interrompi ao notar seu olhar—Digo, Daddy...
—Boa garota—passou a mão pelo meu rosto segurando meu queixo e soltou.
Um outro rapaz veio até nós, perguntou o que iríamos beber:
—Quero whisky com gelo e limão e ela uma água gelada—respondeu o tatuado.
Sim, além de mandão, demonstrava querer mandar em qualquer atitude que queríamos tomar, odiava aquilo.
—E água gelada?Para aguentar ficar aqui vou precisar de cachaça—provoquei o fitando.
Ele riu com deboche, fiquei irritada:
—Você só vai beber hoje, se eu quiser que beba—respondeu arqueando a sombrancelha.
Revirei os olhos e bufei.
—Não revire os olhos para mim, Luara.
—Ah, pronto.Quer mandar até nas minhas expressões faciais?
—Sabe...eu não gosto das tua atitude, acho que devia ter punir...—ele se aproximou do meu ouvido sussurrando, com a mão pousada em minha coxa apertando-a.
Queria sair de perto dele, mas meu corpo parecia não reagir, isso me frustrava ainda mais.
—Hum, para quem é bem difícil, até parece estar gostando do que estou fazendo—revelou ainda com a boca colada em meu ouvido e pescoço, senti tua mão apertando mais minha coxa.
"Isso é bom.Mais que bom."—passava pela minha mente, queria me bater por ter esse pensamento
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Destinado a acontecer 🔥
Teen Fiction"Quando Luara Souza decidiu morar em outro país para estudar, não imaginaria que tal coisa aconteceria contigo. Um acaso poderá mudar sua vida e te trazer algo que nunca pensou que iria tirar desse acontecimento."