Capítulo 11

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-Paulo Daniel

A vida nem sempre é fácil como aparenta ser,nem as famílias são como em comerciais de margarina,a minha vida pelo menos sempre foi dura mas tudo piorou quando minha irmãzinha nasceu e minha mãe faleceu no parto dela,e meu pai por ter perdido a mulher que amava começou a não cuidar da gente,assim ele acabou se isolando do mundo e desistindo de si mesmo, eu tive que assumir a responsabilidade de pai pra minha irmã,não foi nada fácil ter que cuidar de um bebê recém nascido,da banho,vestir,da comida,botar pra dormir e acordar altas horas da noite com seu choro .
Em dois  anos  muita coisa havia mudado,meu pai chegou em um tal ponto que nem parecia aquele homem forte e saudável e aos poucos foi desfalencendo até que ele  veio a óbito. Depois disso as coisas  complicaram,tentaram tomar a guarda da minha irmã a qual coloquei o nome de Luana Maria,alegando que eu era novo e irresponsável para cuidar de uma criança,mas não conseguiram, e acabei virando seu responsável, nosso pai nunca quis a pegar no colo,só ficava olhando de longe,assim então ela não teve quase nenhum contato com ele e com ela começou a me chamar de papai,no começo falava pra ela que eu era somente irmão dela mas não adiantou nada. Como uma criança de menos de dois anos vai entender que uma coisa assim? Então com o tempo parei de tentar convencer e apenas aceitei.
A coloquei numa creche próximo a minha casa,e quando menos esperei já estava envolvido com drogas,não eram coisas pesadas, usava mais maconha pra mim fazer relaxar e assim poder continuar com minha luta diária,com a morte da minha mãe e do meu pai ficou uma pensão bem gorda que dá pra mim e a Maria viver sem nos preocupar. Existe uma pracinha meio abandonado que fica um pouco afastada do movimento de outros que eu sempre gosto de ir lá pra fumar e ficar só e pensar sobre a minha vida.
Eu tenho 21 anos, branco, com os cabelos preto,olhos castanhos e um e setenta e oito de altura. Foi em uma dessa minha ida aquela praça que vi uma menina sentada num banco chorando de forma desesperada,quando a vi meus pensamentos foram direto pra minha irmã e sentir um aperto no coração,então com esses pensamentos me aproximei dela e tentei conversar com a mesma,mas eu percebi que ela não tava bem então me sentei ao seu lado e falei um pouquinho sobre mim até a hora de ir na creche buscar minha irmã.
-Oi princesa_Falei assim que a vi e a peguei no colo.
-P-pa-pai_Falou de um forma enrolada,então a levei pra casa,dei banho arrumei,dei comidinha e brinquei com ela até a hora que a babá chegasse pra mim poder ir ao meu serviço,não ganho muita coisa mais é o suficiente pra mim,e com minha irmã uso uma parte da pensão,enquanto a outra deixo pra quando ela tiver maior e ajudar na faculdade,eu trabalho por meio período de garçom em um restaurante aqui na cidade mesmo, oque é ótimo pra mim que tenho uma irmã pequena.
Quando chego em casa,não da tempo de fazer mais nada,apenas de ver minha irmã e ter certeza que não aconteceu nada,e pro meu quarto mim jogar na cama e dormir,essa é minha rotina desde que minha irmã fez seis meses. No dia seguinte quando acordo minha irmã já tomou banhou, comeu  e esta arrumada apenas me esperando pra levar-la pra creche com a babá ao seu lado como em todas as manhãs.
-Obrigada Diana,até a noite_Me disperso da babá e saio.
Ao anoitecer deixo minha irmã com Diana e vou pro serviço,mas quando termino e estou voltando pra casa começa uma movimentação estranha próximo ao lago da cidade, antes que alguém me veja acabo me escondendo,então de dentro do carro alguns homens saiem arrastando um corpo e simplesmente o jogam dentro do lago e saiem de lá cantando pneu.
Ao notar que eles tinham se afastado o suficiente me aproximei cautelosamente pra ver quem era e se a pessoa ainda estava viva,ao me aproximar o suficiente pulei no lago e puxei o corpo para o seco ,e para o meu espanto e horror era a mesma menina que estava na pracinha,ela estava totalmente machucada e com vários cortes no corpo e apenas de calcinha,estava quase irreconhecível então a peguei e coloquei no carro e a levei pra casa.
Ao chegar a peguei no colo e entrei com ela,Diana já estava dormindo com a minha irmã então a levei para o meu quarto e cuidei de todos os seus ferimentos,a limpei e vestir nela uma calça e uma blusa minha de moletom para ela ficar mais confortável. Quem poderia ter feito algo assim? E por que justamente com ela?Oque aconteceu? Quem eram aqueles caras? Será que eles voltarão caso souber que ela sobreviveu? Várias perguntas rondavam minha mente...Não conseguir se quer pegar no sono e quando amanheceu tomei um banho bem gelado e levei minha irmã na creche,passei em uma  comprei alguns remédios e voltei pra casa para cuidar da menina. Será que eu fiz certo? E se descobrirem que ela tá aqui? E se quiserem se vingar na minha irmã? Essas perguntas não paravam de rondar minha cabeça,fiquei o dia inteiro esperando ela acordar mais nada aconteceu.
Quatro dias depois eu estava preparando o  almoço pra mim e minha irmã quando vejo minha irmã vindo correndo ao meu encontro com o rostinho assustado.
-P-pa-pai a a mo- moça lá_Disse de forma enrolada.
-Quem meu amor?_Perguntei.
-A mo-mo-ça p-pai_Disse.
-A moça acordou?_Ela confirmou com a cabeça,então a peguei no colo e fui para o quarto chegando lá ela estava sentada na cama.
-Oi_A chamei_Tá melhor?_perguntei.
-Você?Oque fez comigo?Onde eu tô?_Disse já chorando.
-Te acalma,eu não fiz nada contra você,ou melhor eu te salvei_Respondir.
-Me salvou? Como?_Perguntou já mais calma.
-Alguém te jogou dentro do lago da cidade toda machucada e apenas de sutiã._Contei a ela então vi mais lagrimas descerem.
-Gabriel..._eles o...mataram_Disse e se desesperou oque acabou fazendo minha irmã se assustar_Eles vão me matar,preciso sair daqui_Se levantou de supetão oque não foi uma boa ideia e acabou caindo pra trás em cima da cama.
-Você tá bem? Ninguém vai te machucar eu tô aqui pra ti proteger. Confia em mim,te acalma!_Falei,então ela desabou em lágrimas.
-Eles vão mim matar igual fizeram com o Felipe Gabriel... Me ajuda por favor,me ajuda a sair dessa cidade sem ninguém saber._Pediu.
-Primeiro  me fala qual é teu nome,e quem é esse Felipe Gabriel e porque querem te matar!_Exigir,não poderia colocar minha irmã em perigo.
-Tudo bem eu falo. Meu nome é Vitória Bianca,tenho desesete anos e o Felipe foi meu grande amor..._Ela então me falou tudo oque aconteceu. Então tomei uma decisão e sair da cidade junto com ela decididos a não olhar mais para trás.
               4 anos depois
Hoje vejo que ter mudado de cidade foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado,minha irmã ama a nova cidade e a Vitória também a qual a chama carinhosamente de tia,nesse tempo eu e a Vitória nos tornamos melhores amigos e moramos juntos desde a mudança,três meses após nos mudarmos ela descobriu que estava grávida,foi uma gravidez bem complicada e com vários problemas por conta de tudo oque havia acontecido com ela,mas graças a Deus deu tudo certo e ela conseguiu ter os bebês . Desde então cuido dela como se fosse minha irmã e dos seus filhos como se fosse meus sobrinhos,eles são um casal lindo de gêmeos.



Amei escrever esse capítulo😍
Queria agradecer a todos por estarem lendo o meu livro.
Queria oferecer esse capítulo em especial para um amigo,Alexandre. Sei que não é fácil ter amizade hoje em dia, ainda mais entre um homem e uma mulher...As pessoas tendem a julgar os outros através de seus próprios erros e acham que todos são iguais. A nossa amizade vai muito além disso,e eu agradeço muito a ele por isso,ah e hoje é uma data especial pra ele,hoje ele faz 19 anos,um novo ciclo se inicia e com ela novas responsabilidades e deveres,continue sendo essa pessoa incrível que tu é❤ Parabéns e muitas  Felicidades seu Alêh❤👏 Te gosto muitão😘❤💕


E se  fosse real?Onde histórias criam vida. Descubra agora