(Capítulo com estopim para violência verbal,física,sexual,e infantil. Se você é sensível ou não se sente bem com esses temas,por favor não leia,mas se ler, respeite! Não é porque irei descrever essas cenas,que significa que eu sou a favor).
-Vitória Bianca
Não sei quanto tempo fiquei desacordada,mas quando acordei já estávamos dentro de uma cabana,ou depósito abandonado,não sei exatamente,só sei que estou como se estivesse no inferno. E o pior é que acho que possivelmente isso não seja nem o começo do meu verdadeiro inferno que irei enfrentar. Estou amarrada em uma barra de ferro perto da parede com as mãos para trás e com uma fita na minha boca,enquanto meus filhos ainda estão desacordados.
Ao olhar por todo local procurando alguma forma de conseguir fugir com meus filhos,vi em um canto escuro meu carrasco. O homem que atormentou meus sonhos por muito tempo. Meu pior pesadelo. Era como se aquela noite estivesse acontecendo novamente,mas de uma forma pior. Bem pior.
-Olha só se a princesa não acordou._Diz com um sorriso asqueroso_Gostou das acomodações?_Pergunta sinico. Tento responder alguma coisa mas não consigo,e ele vendo meu desespero apenas sorri.
-Você teve uma filha tão linda Vitória..._Ele faz uma pausa,se levanta de onde estava e se aproxima da minha filha,ele passa a mão levemente sobre a face pequena dela e começa a apertar_Ela é tão linda,eu deveria ser o pai dela. EU.Você preferiu aquele desgraçado,você vai se arrepender Vitória por isso. Eu já te subistimei uma vez,mas garanto que isso não irá acontecer novamente. Você irá sofrer. Você verá seus filhos morreram,e depois quando eu cansar de você,você morre. Ah,eu esqueci de dizer uma coisa incrível que aconteceu,a casa onde teu namoradinho morava explodiu com todos lá dentro. Sinto muito._Disse tudo na mais calma possível e com um sorriso sempre de lado. Ás lágrimas começaram a descer e me veio a imagem de Luana com seu sorriso contagiante e a imagem da casa explodindo e isso fez com eu tentasse de qualquer forma romper aquela corrente que me prendia naquela barra de ferro,fiz tanto esforço que no local onde as algemas estavam começara a ferir. Sentir mãos fortes me segurando,mais não era tentando me acalmar e sim foram alguns murros no meu rosto que fizeram com meu rosto virasse,e o sangue começou a escorrer pelo meu nariz e pela minha boca.
-Já chega tá legal? Agora que a festa vai começar a ficar boa de verdade,veja seus filhos acabaram de acordar_Disse ele me olhando de uma forma sombria._Agora você vai saber oque é sofrer de verdade,querida._Olhei para frente e vi meus filhos me olhando com seus olhos assustados,e consequentemente começaram a chorar e gritar me chamando.
-Mamãae. Sai de perto da nossa mamãe_Disse meus filhos,e vi quando um brilho perverso passou no olhar daquele homem.
-Vejo que os criou bem querida._Tentei gritar com ele mas era inútil,já que a fita impedia que os sons saísse_Oque disse? Won,desculpe. Você não consegue falar né?_Então uma gargalhada alta soou dele,e sua mão foi de encontro ao meu rosto._Fiquei aí quietinha e apenas observe oque irei fazer com seu queridos filhos._Disse e se afastou de mim,e se aproximou dos meus pequenos.
-Olá pequenos,qual o nome de vocês?_Eles não responderam,mas cuspiram na cara dele.
-Eu te odeio_Disse minha pequena.
-Ninguém machuca minha mamãe!_Completou meu pequeno. Ele limpou cuspe do rosto que não era muito e sorriu pra eles, logo em seguida chamou dois homens que se aproximaram,mas ao falar com eles,ele olhou diretamente pra mim e falou:
-Ensine essas crianças a terem modos e respeitar os mais velhos._Ao terminar se afastou e ficou me olhando,e vários chutes e socos foram desferidos sobre meus pequenos. Gritos e mais gritos deles eram ouvidos e eu não podia fazer nada pra impedir. Não sei por quanto tempo aquilo aconteceu mas eu já não escutava nenhum som deles,via apenas sangue e mais sangue ali. Fiquei tão desesperada tentando me soltar que sentir como se o osso da minha mão tivesse quebrado,e uma dor muito forte começou a me atingir no local. Olhei dois homens pegando meus pequenos nos braços de qualquer jeito e os levarem para algum lugar que não sei onde era. Até que um deles se aproximou de mim,e colocou um pano com algo no meu nariz e desmaiei.
Acordei sentindo fortes dores na minha barriga,e antes que conseguisse assimilar oque estava acontecendo fui acertada com um tapa no rosto,e outros socos na barriga,e então eu vi ela. A mulher a quem um dia havia pedido ajuda e ela simplesmente virou as costas e se foi.
-Vadia,tu não tá em hotel cinco estrelas pra dormir tanto. Você vai se arrepender de ter matado meu pai sua vagabunda._Disse e deu mais alguns tapas no meu rosto,eu estava apenas com as mãos presa,mas minhas pernas estavam livres então usei uma e derrubei,não podia fazer muito,mas assim que ela caiu comecei a chuta-la,mas fui impedida de continuar quando um forte soco me acertou e eu bati com a cabeça na barra de ferro,e cai sentada.
-Sua vagabunda,tu tá louca seu caralho?_Outro golpe acertou minha barriga,outro,mais outro até fiquei sem forças e desmaiei numa poça de sangue.
Minha vida ali estava por um fio,oque me mantinha viva era meus filhos que também estavam ali passando o mesmo que eu,só que com uma intensidade menor.
Não sei quanto tempo se passou,dias,ou ate mesmo semanas. Não fazia ideia. Eu estava muito magra,fraca,e debilidata,não tomava banho,e estava fedida de mais,mas não me importava. Eles me davam apenas um pão seco por dia e um copo de agua. Não sei se era isso que eles davam para os meus pequenos,já que eles sempre levavam eles pra outro cômodo,só os traziam para quando era pra machuca-los na minha frente. Eles estavam mais magros também,mas não pareciam esta como eu. Porém tinha algo que me perturbava quando eles iam pra esse outro quarto,sempre que eles vinham de lá os olhilhos deles pareciam cada vez mais sem vida,e sempre que me viam começavam a chorar me pedindo ajuda e isso me matava.
Eles eram cruéis,meus pequenos eram crianças de cinco anos,eles nunca fizeram nenhum mal a ninguém. A cada dia que passava as maldades ficavam piores,e segundo Fernando isso tudo era pra mim fazer sofrer e me fazer pagar por tudo que fiz a ele e ao seu pessoal.
Não sei oque aconteceu,mas hoje ele estava diferente,seu olhar mais sombrio e com um brilho perverso.
-Princesa,você está horrível._Disse me olhando malicioso e sorrindo de forma asquerosa e nojenta._Hoje tenho um presente pra você especial. Então você vai ter que tomar um banho._Disse e soltou as algemas,um outro homem já estava esperando ele terminar e me segurou meu braço com força,desde que foi machucado em um ato de desespero ele parecia está menos inchado,mas ainda doia. Doía muito.Quando dei por mim,o homem parou e me empurrou com força para dentro de um banheiro pequeno,e jogou uma roupa limpa em cima de mim.
-Você tem dez minutos. Ou eu mesmo termino de te da banho._Ele não fechou a porta,mas ao menos virou de costas me dando um pouquinho de privacidade. Tava tão fraca,que quase não consegui me manter em pé. Fiz tudo que precisava,e troquei de roupa. Tinha um espelho pequeno e então olhei meu reflexo nele. Estava horrível. Meu rosto estava praticamente irreconhecível,estava todo machucado e inchado.Vários cortes no meu rosto devido a violência constante.
Me assustei quando o homem me puxou com força para fora. Ao chegar lá encontrei meus filhos que ao meu verem correram em minha direção me abraçando e chorando.
Não sei se aquilo era algo bom ou não,mas eu aproveitei e abracei meus filhos enquanto podia,mas fui arrancada com brutalidade de seus bracinhos,e alguém atrás de mim começou a bater palmas,então eu virei e vi as piores pessoas que alguém poderia conhecer algum dia. A mulher racista da escola do meu filho,Katy,Fernando,um outro homem que estava abraçando a racista, e vários outros homens estavam lá assistindo tudo.
-Diga olá para suas visitas Vitória,não seja mal educada._Fernando me olhou e deu sorriso nojento_Creio que você já conhece todas essas pessoas aqui,talvez não esse aqui_Disse apontando para o homem _Mas isso não importa,tudo aqui que importa é que todos eles tem algo em comum: todos te odeiam._Ele disse isso tão calmo,e isso fez meu desespero ficar maior ainda. Tentei me afastar e me aproximar dos meus filhos mas tava tão fraca que o homem que me segurava não teve nenhum trabalho em me deter.
-Vamos ao que interessa! Bem,querida esses dias eu observando você e seus filhos descobrir algo bem útil para vocês três. Você me daria um bom dinheiro com esse corpinho,muitos homens pagaram horrores pra passar uma noite que seja com você. Tu tem noção disso? _Por que ele estava fazendo isso comigo? Oque eu fiz de tão errado pra ele? Não conseguia segurar mais as lágrimas,preferia a morte a ter que me sujeitar a isso.
-Eu nunca vou fazer isso. Prefiro a morte!_Disse tão baixo que achei que eles não estivessem escutado,mas escutaram e uma "chuva" de risada foi ouvida.
-Querida,não precisamos da tua autorização._Disse Katy,me olhando e sorrindo_Só precisamos do seu corpo.
-Querida não complique as coisas,elas ainda nem estão no começo_Continuou e se aproximou dos meus pequenos,passou as mãos asquerosas na cabeça deles e em seus rostos e continuou_Seus filhos são lindos,não é? Por isso decidir que eles destinados a uma casa de prostituição infantil_Gritei tão alto que sentir minha garganta doendo.
-Não! Nãaao! Meus filhos não. Faça oque quiser comigo,mas com eles não. Por favor...
-Obaa,agora sim está entendendo. Mas é uma pena,que isso não depende de você e sim de mim,e já decidi isso._Meu mundo parecia ter acabado,e lágrimas grossas começaram a rolar no meu rosto,e comecei a me debater de forma desesperada tentando me soltar,mas era difícil me soltar,meus filhos choravam muito,mas eles não conseguiam fazer nada pra sair,apenas sair._Só pra você ver que não estou de brincadeira,vou te da uma demostração do que vai acontecer com eles,e lembre-se: isso é tudo por sua culpa. Tudo!_Disse isso e mais um homem veio me segurar. Cada um segurava meus braços e um deles segurou meu rosto pra olhar fixamente para onde meus filhos estavam. Um homem alto e forte se aproximou e levou meu filho pra outro lugar e deixou apenas minha pequena,e um outro homem começou a se aproximar e passar as mãos no corpinho dela,lágrimas e mais lágrimas começaram a descer,o desespero da minha filha me acabava,principalmente por eu não conseguir fazer nada pra impedir oque estava prestes a acontecer.Ela ficou tão desesperada que ela vomitou nos pés do homem e ele lhe deu um forte tapa seguido por outros. A jogou no chão e começou a tentar rasgar a roupa que ela estava usando e a passar as mãos por baixo do que restava,os gritos que ela soltava era tão alto que minha alma doía,em um ato de desespero tudo ficou escuro e não conseguia mais assimilar a dor que sentia fisicamente,com a dor a dor que sentia na alma,e em um ato de desespero absoluto,escutando apenas os gritos da minha filha e as risadas das pessoas presentes ali consegui me soltar e pegar a arma que estava no cós da calça de um dos que me seguravam,e corrir em direção da minha menina e disparei três tiros na cabeça do homem que estava tentando abusar da minha filha,o sangue espirrou e sujou ela,mas não me importei,então ele caiu morto ao seu lado. Segurei minha filha em meus braços e a abraçei apontando a arma para os que estavam ali, a protegendo de qualquer um que quisesse machucar-la mais uma vez.
-Ninguém vai encostar mais em você meu amor_Disse baixinho só pra ela escutar,ela continuava chorando muito,tentava acalmar-la._Se afastem. Saem!Sai agora de perto da gente_Gritei com eles,mas parece que eles não estavam ouvindo e começaram a sorrir de mim,então disparei mais um tiro na direção do Fernando,mas ele se desviou e o tiro passou de raspão na Katy,então todos pararam de sorrir,e a Katy começou a gritar.
-Acabem com isso seus porras. Peguem ela!_Gritou Fernando.
-Não se aproximem,ou eu vou atirar mais uma vez._ Mas eles não escutaram,dei mais um tiro e acertou um outro homem,e quando tentei atirar de novo a arma falhou e então percebir que as balas haviam acabado,então eles me agarraram e me jogaram no chão juntamente com minha filha. Tentei proteger ela a todo custo,mas não consegui,eles a tiraram de perto de mim e começaram a me espancar. Chutes e socos me acertavam em todo lado,tentei proteger meu rosto mais não adiantava muito,procurei minha filha com o olhar e a vi em canto chorando.
-Caralho Vitória,por que você faz as coisas ficarem mais complicadas?!? Mais uma vez tu acabou com meus planos. Porra, era tão difícil apenas ficar quieta e apenas ver?!? _Ele falava e muitos outros socos eram desferidos em mim,mas ainda assim consegui dizer.
-Prefiro a morte,a ter que deixar minha filha ser estrupada._Dizendo isso sentir uma dor muito forte nas minhas pernas,e percebir que eles haviam me furado com uma faca,e fizeram o mesmo na outra perna.
-Eu queria muito que fosse diferente querida. Mas você não me deixou outra opção. Ah,e não adiantou nada todo esse sacrifício pela sua filha,no final ela e seu filho vão acabar sendo o brinquedo de vários homens que amam se saciar com criancinhas._Dizendo isso ,tudo pareceu rodar em câmera lenta,vi a arma sendo engatinhada e minha filha correr em minha direção,até que escutei um som bem alto de tiro na minha direção e minha filha caindo em cima de mim cheia de sangue,e uma forte dor no ombro,e logo em seguida apaguei.Esse foi o capítulo mais difícil e complicado pra mim escrever,principalmente por abordar esses assuntos delicados. Sei que não é fácil pra ninguém. Mas se você é sensível com esse assunto e mesmo assim leu,mesmo depois de ter visto o aviso no início,não é minha culpa,e sim sua.
Obrigada.
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E se fosse real?
RomanceO que aconteceria se você acordasse e nada daquilo que você conheceu estivesse lá,e se tudo que você achou está sonhando realmente existisse?!? Felipe Gabriel após acordar e se deparar em um quarto branco, com leves lembranças de seu suposto sonho...