Um capítulo bem curtinho, que escolhi subdividir do próximo.
Uma semana já havia se passado desde o primeiro dia que viemos juntos para a biblioteca... E desde o beijo daquela noite. Após aquilo, Elly agia como se nada daquilo tivesse acontecido, me tratando como sempre.
Fazia também uma semana que eu estava dormindo no quarto vago de Sadsa, o que deixava tudo ainda mais estranho e confuso.
Desde então, não parei de frequentar a biblioteca um só dia. Quando Elly saía para o trabalho, eu seguia para a biblioteca e continuava a pesquisa.
Após todos esses dias, Moggra e eu ficamos amigos e ele me permitia usar as salas mesmo na ausência de Elly. Alegava ser sua forma de se redimir pelo fato de nunca ter me visitado desde a morte de meu pai.
Com isso, pude continuar a ler livros diversos ao longo do dia e quando dava fome, ia comer num restaurante da Cidade Inferior. Apesar de serem simples refeições com pão e sopa, ela custava apenas 4 Cobres. UM ALÍVIO PARA MEU JÁ VAZIO ALFORJE. Devia agradecer Moggra por me apresentar tamanha economia numa cidade com custo de vida tão alto.
Além da leitura dos vários livros, Elly também começou a usar parte do nosso tempo hábil para estudar magia comigo. Depois de me fazer treinar diversas magias de Sombra, eu havia começado a decorar algumas das mais básicas, uma vez que ela já estava até mesmo tentando me empurrar livros de magia elemental avançada.
Nós descobrimos pelos testes, que minha magia ficava mais forte quando a Lua Nova estava no céu, exatamente o oposto de como funcionava o meu poder de mimetização.
De forma geral, a pesquisa havia feito pouco avanço, e por isso hoje, que era um dia de folga de Elly, resolvemos passar o dia na biblioteca e chamamos Amélia para nos ajudar.
Enquanto Amélia buscava informações sobre Jarior. Elly e eu continuávamos na busca de informações sobre Randir. Além disso, para entender melhor minha origem feérica, Elly me convenceu a ler sobre a história da criação do mundo.
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No início, as deidades da Ordem e do Caos dividiam o poder da criação entre si e eram a balança que mantinham o mundo em equilíbrio. No início pouco mais que meros conceitos, sem formas físicas, corpos ou mesmo consciências, eles apenas coexistiam no vazio.
Juntos, eles davam forma ao mundo: suas terras, rios e seu relevo. Quanto mais criavam, mais suas consciências evoluíam.
Deixavam de ser entidades desconhecedoras de sua própria existência e percebiam que o mundo de sua criação os enobrecia com vida e propósito.
Quando o mundo por eles criado finalmente assumiu sua forma, convenceram-se da necessidade de criar existências análogas a sua própria.
Das partes por eles mais valorizadas de sua própria essência, vida trouxeram àqueles que seriam seus servos e primeiros subordinados. Seres conhecidos como Semidivinos. Ou semideuses.
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Legado de Sangue Feérico
Fantasy"Se meu segredo for revelado, facilmente poderei perder a vida, mas não sinto que ela valha o esforço." - Pensa Nidav olhando para si. Após a morte de seu pai, o jovem se vê sozinho e perdido, carregando um fardo que o atormenta todas as noites. Qua...