O caos foi instaurado na cidade. As poucas pessoas que ainda ousavam permanecer na Cidade Baixa começam a fugir para as escadas que levam à Cidade Alta, mas muitos acabaram sendo vítimas do exército que corria pelas ruas da cidade profanada.
E ao som de gritos de horror as tropas tentavam se organizar.
Um esquadrão de magos havia sido enviado como reforço e os jovens aprendizes tentavam invocar barreiras, magias elementais e até animais para tentar combater o avanço do exército.
Quando os feridos foram sendo levados na frente, os que tinham condição de combate tiveram de permanecer e enfrentar o problema.
Pudemos ouvir a voz de Sylthaytashuã, ordenando o grupo que entraria em combate com o gigante.
– Todoss Aventureiross. O gigante é prioridade! Aquele que o abater levará um prêmio de 300 Platinass e um ano de "is-zensssão" de imposstoss. Por Elute! Sssegure-oss pelo direito de viver o amanhã!
Eis que agora não havia mais opção. Nossas tropas foram as designadas para permitir a fuga dos demais. Conhecendo o destino de basicamente todos que vi lutando até agora, o medo tomou conta do meu corpo.
"Eu vou morrer, não vou?"
Enquanto eu sentia o coração parando de bater, minha respiração falhava.
"Não! Pelo amor dos criadores, não é hora de ter uma crise, não é hora de ter uma crise!"– Pensava, atônito.
Foi uma bicuda de Roufus que me trouxe de volta ao mundo. O exército Daermânico havia nos alcançado.
Face à inevitabilidade da batalha, eu começava a sentir o peso e o horror da guerra. Será que era o efeito do álcool estava passando? Não. Era meu medo que superava tudo.
Lutava lado a lado com Roufus e dois homens, um Caníneo e um Borkon. Atrás de mim dois homens davam cobertura com suas lanças. E uma mulher usando uma besta. À nossa frente: dezenas de homens ensandecidos pelo frenesi da guerra.
Dois deles avançaram contra Roufus, que os segurou com o escudo e rebateu um deles com seu martelo. Um deles lançou-se contra mim. Eu não tinha escudo e a estocada da minha lança errou o alvo, permitindo que ele penetrasse em minhas defesas.
O homem acertou meu queixo com o escudo. Eu vi estrelas e quase perdi a consciência. Não tivesse o Borkon ao meu lado impedido o homem de pegar um impulso adequado, eu provavelmente estaria morto. Mas sentia estar apenas adiando o inevitável.
Com o bafo de um fedor terrível, ele agarrou meu rosto e a ponta de sua espada chegou a perfurar meu ombro antes que o Borkon ao meu lado desse um tabefe nele com seu escudo, afastando-o.
Com o susto, recuperei o equilíbrio e o ataquei com a lança. Quando o fiz, notei algo:
Meu ombro não doía.
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Legado de Sangue Feérico
Fantasy"Se meu segredo for revelado, facilmente poderei perder a vida, mas não sinto que ela valha o esforço." - Pensa Nidav olhando para si. Após a morte de seu pai, o jovem se vê sozinho e perdido, carregando um fardo que o atormenta todas as noites. Qua...