Manhã seguinte

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O dia chegou com um céu azul-claro, livre de nuvens, uma leve brisa levava as folhas secas para dançarem na paisagem, rodopiando e planando antes de chegar a grama molhada com suaves gotas de orvalho, do alto de um prédio, Harry observava com calma a natureza que a vista de sua janela o permitia ver.

O mais novo membro da Ordem da Fênix estava inquieto, primeiro lugar porque dali a algumas horas conheceria algumas pessoas que trabalharam com seus pais, alguns membros novos e principalmente, estaria mais perto do seu objetivo de fazer justiça e livrar o mundo do maior traficante de todos os tempos.

Sinceramente não fazia ideia de como conseguiria realizar seu objetivo, mas não desistiria. Ainda mais agora que Snape disse que Voldemort estava voltando.

A reunião seria apenas depois do almoço, Severus mandou uma mensagem para Harry, com o pedido de que ele e Draco seguissem para a empresa, logo que almoçassem.

Em segundo lugar, Draco dormia no quarto ao lado, o que estava deixando o homem quase perturbado. Na noite anterior foram atacados, acabou contando de suas habilidades para o loiro, além de descobrir qual a função do mesmo na ordem, era difícil imaginar que alguém tão gentil e doce (na opinião de Harry) fosse um exímio assassino.

Mas ficou aliviado pela forma como o outro lidou com tudo o que ele podia fazer, e concomitante ao sentimento de querer Draco perto, o desejava longe, o homem despertava em si um fascínio inusitado, se perdia em suas feições e sua determinação, certamente o admirava, viu um pouco do que o loiro passou, mas certamente era só a ponta do iceberg.

E esses sentimentos aqueciam seu coração, mas, por mais que fosse caloroso e confortável, temia o que o outro passaria ao seu lado, provavelmente suas visões sobre ele aumentariam, era sempre assim, sempre que se afeiçoava demais a alguém, as visões começavam de forma desconfortante, sendo boas ou ruins e ele não poderia fazer nada para evitar. Apenas esperava que visse coisas boas e que o que fosse ruim, que tivesse forças para protegê-lo! Definitivamente não suportaria perder Draco, ainda mais agora que ele e Snape o acolheram como sua família.

- Bom dia Harry!

Harry deu um pulo no lugar, assustou-se com o outro.

- Bom dia Draco, está com fome?

- Um pouco.

- Ótimo! Farei um café pra nós!

Draco sorriu para Harry e o acompanhou até a cozinha, sentando no banco do balcão da cozinha enquanto observava o outro .

- Dormiu bem?

- Sim, e você? - indagou o loiro.

- Ah! Tive uma noite agitada, mas nada demais, apenas alguns pesadelos – deu de ombros e colocou a água pra ferver, colocando algumas colheres de açúcar na água e o pó no coador – meu café é mais forte que o da empresa, espero que não se importe.

- Sem problemas! – Sorriu.

- Você gosta de torradas com requeijão? - perguntou enquanto arrumava o grill para o pão de forma.

- O que você quiser fazer está bom para mim! E precisa de ajuda?

- Tranquilo, mas se quiser pode pegar o requeijão na geladeira, a faca na primeira gaveta daquele armário e um pano na terceira gaveta para forrar a mesa.

- Claro! - Riu internamente, e foi fazer o que foi pedido.

Harry passou o café e levou a garrafa para a mesa.

- Fique a vontade!

Serviram–se e comeram em silêncio, mas era agradável.

- Nunca achei que encontraria alguém que gosta tanto de café quanto eu! - o loiro comentou sorrindo, terminando de despejar os últimos goles de café em sua caneca.

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