Pesadelos

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- Como assim? - indagou soltando a sua mão e o conduzindo até o sofá para descansar. A facada que levou não foi tão profunda, não, e pela adrenalina, mal sentiu dor, não queria que Harry fizesse isso, mas não podia negar ao pedido e como o próprio disse, só funcionava se ele quisesse passar por aquilo.

- Eu estava com uma sensação ruim... Quer dizer, você não estranhou o fato de que foi fácil demais? Que essa denúncia que fizeram à polícia continha informações específicas demais? - o loiro estreitou o olhar e pareceu pensar melhor no assunto.

- Não cheguei a estranhar, porque as vezes a denúncia vem de alguém de dentro do próprio estabelecimento... Mas realmente, foi muito detalhado.

- Foi o que eu pensei, e isso estava me incomodando desde que entramos naquela boate.

- Mas como você sabe que foi Voldemort quem nos deu a dica?

-Ah, Draco... Isso foi quando eu fui curar você, eu vi que o líder estava sendo ameaçado por um homem, e que se ele não entregasse o domínio do território, que o outro ia se arrepender.

Draco prestava atenção em cada palavra.

- O homem o chamou de Lord das Trevas e desdenhou da ameaça... Depois vi brevemente ele fazer a ligação para a polícia...

- O padrinho precisa saber disso, Voldemort está mais perto do que imaginávamos.

- Está certo, mas antes descanse um pouco, pode dormir no quarto de hóspedes.

- Vou aceitar, porque eu imagino que seria inútil falar com ele agora...

- Ele e meu padrinho estão juntos?

Draco o olhou surpreso.

- É que quando ele chegou a sua casa pareceu com bastante ciúmes ao me ver abraçado ao Severus.

- Hahaha! É a cara dele!

- Seu padrinho parece gostar bastante dele, acho que vão se acertar!

- Provavelmente sim! - Sorriu ao pensar nos dois.

- Bom! Tome o seu banho e descanse!

- Fizemos algo bom hoje! Amanhã pensamos melhor sobre como lidar com essa situação toda.

- Certo, certo! Preciso mesmo relaxar!

Harry separou uma toalha e roupas para Draco, entregou-as e foi para o próprio banheiro tomar um gostoso e relaxante banho.

Terminou antes de Malfoy, decidiu por fazer algo para os dois comerem. Fez uma sopa de carne moída com batata e ainda de costas ouviu um elogio a respeito do cheiro da comida, Harry virou sorrindo e precisou disfarçar o fascínio em ver o loiro de pijamas, com os cabelos úmidos e a toalha no pescoço, Harry ficou sem ar.

Sentaram à mesa e terminaram de jantar em meio a conversas amenas, com sorrisos leves um para o outro, Harry se sentia feliz de poder estar ao lado de Draco, mas quando estava sozinho, se pegava pensando nos beijos trocados com o outro, queria de novo, mas tinha medo da rejeição.

Draco ficava hipnotizado pelos olhos verdes e brilhantes do amigo, o sorriso vinha fácil, sentia o coração aquecido com a presença do outro. Queria o proteger de tudo e todos, tinha medo do outro se afastar, por isso não mencionou os beijos trocados! Imaginou ter assustado Harry e achou melhor deixar para lá.

Lavaram a louça e Draco sugeriu um café antes de irem dormir, Harry concordou animado e ambos estava a desfrutar da bebida quente no sofá da sala.

- Harry, obrigado pela janta e o café!

- Disponha Draco! Está ficando tarde, vamos dormir?

- Eu ia falar isso agora mesmo! Vamos!

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