Reconciliação

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- Severus! Pare de me ignorar! Não acredito que ainda está bravo! - Sírius andava atrás do moreno buscando sua atenção.

- Não sei o que você ainda está fazendo aqui! - Parou subitamente expondo seus pensamentos. – Vá para sua casa!

- O quê? Eu estou em casa! - Fechou a cara, descrente com a forma com que era atacado.

- Você ficou muito tempo longe, pode continuar assim. - Suas palavras foram findadas e apenas dirigiu-se para seu quarto, deixando um Sírius estressado para trás!

O único motivo de Sírius ter viajado e ficado meses longe, era porque a ordem recebera uma missão difícil, era ele ou Snape a ir, não queria deixar Draco sozinho e muito menos que a vida do homem que agora o estava desprezando fosse colocada em risco.

Subiu as escadas e entrou sem nenhuma cerimônia no quarto que conhecia tão bem!

- Você sabe porque eu fui! Eu estava trabalhando! Se não fosse eu a ir, você que iria! - Exasperou-se e apenas viu os olhos questionadores sendo dirigidos diretamente para seus olhos, sorriu internamente, conseguiu a atenção que queria. – Eu não queria que você fosse...

- Você é um egoísta filho da puta! - Snape reagia ao que ouviu de forma a gradualmente perder a paciência, mas aos poucos ia cedendo. – Eu não queria que você fosse naquela merda de missão! Eu te disse que daria um jeito, depois, quando eu fui procurar você, já estava em outro país!

- Severus...- Sírius se aproximou, a voz branda, tentando acalmar o nervosismo que era evidente na voz profunda do homem – Eu fiz o que julguei melhor para a ordem, mas principalmente o que eu julguei melhor pra você e o Malfoy, não queria que vocês ficassem meses afastados...

Os olhos escuros transmitiam que o homem lentamente estava a se acalmar. Sentiu a cama afundar devido ao movimento realizado, era encarado, não queria sorrir, sentiu tantas saudades daquele idiota, já não queria mais ficar longe dele.

- Me desculpe... Não queria que vo... - sua fala foi impedida pela boca de Severus que de forma avassaladora tomou a sua, foi empurrado com brusquidão, sentiu o corpo do outro o pressionar de forma necessitada.

O beijo foi inesperado, mas assim que Sírius se deu conta de que foi perdoado, não perdeu tempo e suas mãos apertaram o corpo alheio tão firme, que ouviu o gemido abafado pelo beijo.

- Estava com saudades, príncipe! - Conseguiu proferir assim que Snape começou a beijar seu pescoço.

Severus parou as sequências de beijos para ameaçar:

- Cale essa sua boca! Se você falar alguma coisa sem que eu tenha feito alguma pergunta, eu paro! E não importa onde seja! Entendeu?

A voz rouca fez seus pelos da nuca arrepiarem.

- Sim! - Arfou quando a boca do outro voltou para seu pescoço e a mão cobriu a sua ereção.

Sírius ajudou ao outro a desabotoar sua calça, gemeu quando sua ereção foi agarrada!

- Já está duro? - Provocou. - Sentiu a minha falta?

- Senti! - Suspirou.

- E?...

- E você está me deixando muito excitado!

Snape riu por entre os dentes, sentiu as mãos afoitas na barra de sua blusa, ajudou a retirar a peça e assim que ela passou por sua cabeça, sentiu a língua no seu mamilo esquerdo, enquanto o direito era beliscado pelos habilidosos dedos.

Os mamilos eram castigados, Sírius só foi para o outro quando o mamilo ficou inchado pelos chupões que distribuiu.

O líder da ordem estava sentado sobre as suas pernas esticadas, suspirava, gemia e quando sentia um espasmo de prazer mais forte, puxava os fios da nuca, o que só deixava o outro mais excitado.

As roupas foram retiradas, os corpos se entrelaçavam, deitados de frente um para o outro, Sírius apertava e arranhava a bunda do outro, envolveu a perna no quadril, friccionando as ereções, jogou a cabeça para trás ao gemer, seu queixo foi mordido, sentiu o outro sentar sobre o seu quadril e teve o peito levemente arranhado.

Viu que Severus começou a se masturbar, era golpe baixo, ele sabia que adorava ver seu amor se tocar.

- O que vai acontecer é o seguinte! - Começou com uma voz sensual.

Sírius Black sentiu uma fisgada maior em seu membro, apenas com a expectativa do que aconteceria a seguir.

- Eu vou foder a sua boca, e depois eu quero que você me foda gostoso, pode fazer isso?

- Claro príncipe! Vem! – Chamou de forma manhosa e necessitada, viu que ele levantou minimamente para abrir a gaveta da mesa de cabeceira para pegar um tubo do que julgou ser um gel lubrificante.

- Sabe o que fazer...

Entregou o gel e se posicionou com os joelhos em baixo dos braços de black, direcionou o seu falo para a boca alheia, passando levemente nos lábios, sentiu a língua passando em sua glande, colocou a ponta para adentrar aquela cavidade quente e úmida, gemeu ao sentir que era chupado naquela área tão sensível, a língua circulava na cabeça do seu membro, lentamente começou a entrar e sair daquela boca que o estava tratando tão bem, sentiu um dedo com lubrificante pedir passagem em seu interior, relaxou um pouco mais, parou seus movimentos, mas sentiu a mão em seu quadril e entendeu que deveria continuar.

Estava enlouquecendo, seu membro era sugado com tanta volúpia e sua próstata era acariciada por dois dedos que entravam e saiam em sintonia com oral que recebia, mais um pouco e chegaria lá.

- Chega! Preciso de você!

Foi deitado e teve as pernas apoiadas no ombro daquele homem que amava, sentiu vergonha por estar tão exposto ao outro. Tinha muito tempo que não faziam aquilo, mas Black foi cuidadoso e logo o desconforto foi embora, os gemidos preenchiam o quarto, beijos desesperados eram trocados e quando estava quase no limite, sentiu seu pênis ser masturbado e lágrimas desceram por seu rosto de tão embriagado que estava pelo desejo, gozou e depois de mais algumas estocadas sentiu o outro vir.

Sírius deitou puxando-o para seu peito, beijou o topo de sua cabeça e deu um longo sorriso.

- Eu senti a sua falta! - Confessou e sentiu dedos enrolarem-se em uma mecha de seu cabelo

- Também senti a sua... - Respondeu Snape.

Ficaram mais um pouco assim, até que Sírius o chamou para tomarem um bom banho e depois descansar. A semana seria longa, tinha muitas perguntas para fazer, mas queria primeiro aproveitar o calor de seu príncipe.

***

- Meu lord! - uma reverência sucedeu a frase – Senhor, seu plano saiu exatamente como planejado! Aquele insolente foi devidamente preso juntamente com alguns de seus colaboradores, mas a maioria foi morta no confronto, ele perdeu várias de suas mercadorias, mas isso já estava previsto!

- Excelente! - O sorriso macabro marcava o rosto pálido. – Agora poderemos colocar ordem nessa bagunça!

- O que o senhor deseja? Qual é o seu próximo passo!

- Ora Rabicho, tudo está indo perfeitamente bem! Quero que você distribua nossos comensais para organizar cada distrito! E por enquanto quero que mantenha tudo conforme já está.

- Por que senhor? Não é melhor começarmos a instalar o caos de uma vez?

- Não seja apressado meu caro! Eu vou fazer com que tudo aconteça de forma silenciosa, para quando eles perceberem, a cidade estará tomada em ruínas.

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