Perigo a espreita

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Harry acordou naquele dia decidido a descobrir o que estava acontecendo com o primo. Mal dormiu a noite por estar preocupado.

Na cozinha, Harry começou a fazer pão caseiro, já havia acordado cedo, seria bom cozinhar algo do tipo.

Passou um delicioso café e quando acabou de fechar a garrafa térmica, sentiu os braços fortes de Draco envolver sua cintura e os lábios pressionarem sua nuca.

Harry girou no abraço e deu um grande beijo de bom dia no namorado.

Nunca haviam falado aquela palavra em voz alta, mas era o que eram, e ontem depois de ter falado, viu a felicidade em Draco ao ser apresentado assim.

- Eca Harry! Melação logo de manhã! - Duda entrou e Harry riu do comentário se separando do escritor.

- Bom dia Duda! Dormiu bem? - indicou a cadeira para que se sentasse.

- Dormi, que nem bebê! - Harry riu.

- Bom dia Draco! - se obrigou a falar com o namorado do primo.

Não é que Duda não gostava do loiro, na verdade mal o conhecia. Mas nunca imaginou que o primo namoraria alguém assim e ainda mais já estaria morando junto.

Ouviu falar muito de Draco em suas mensagens, mas realmente não sabia que ele morava ali junto de Harry.

Já Draco tentava controlar sua irritação, porque o moleque parecia fazer questão de testar sua paciência.

- Harry! Você fez pão? Eu amo seu pão! Estava com saudades! - disse animado e logo que Harry colocou o tabuleiro na mesa, Duda foi se servir, mas queimou os dedos.

- Ainda está quente cabeçudo! Espero pelo menos um pouco, se não nem a mão vai conseguir colocar – repreendeu o primo.

O café ocorreu bem, mas Harry percebeu as esquivas do primo, ele estava evitando conversar sobre o motivo de estar ali, mas o moreno não iria mais deixá-lo fugir.

- Duda, agora me conte o que aconteceu com você! - pediu sério.

Ouviu um longo suspiro do primo.

- Eu estou com problemas. - Soltou de uma vez – Meu pai veio me procurar pedindo dinheiro, desesperado, eu disse que não tinha – sua voz tremia um pouco – mas ele insistiu, disse que estava devendo pessoas muito importantes e que precisava pagar a eles. Brigamos e ele saiu do apartamento transtornado.

- Que tipo de pessoas? - Duda deu de ombros.

- Eu vim te encontrar porque quando eu saí de casa, percebi que estava sendo seguido, associei a visita do meu pai, sua dívida e... - agora estava aterrorizado, era inteligente de ter percebido a perseguição, apenas pegou o primeiro ônibus para onde Harry morava e se sentiu sortudo por ter despistado quem quer que seja que o estava seguindo.

Potter ficou nervoso, precisava ajudar o primo.

- Você veio então pedir dinheiro ao Harry! – O tom de Draco foi quase acusador e Harry lhe olhou com repreensão.

- Claro que não, se eu der dinheiro pro meu pai não vai adiantar nada, eu só não sabia o que fazer.

- Está tudo bem agora Duda... – Consolou e cercou o primo em um abraço que imediatamente se colocou a chorar.

- Harry, me desculpa, eu só fiquei assutado e você é a única pessoa que eu pude pensar.

- Você pode sempre contar comigo primo. Agora eu quero que você faça exatamente o que eu te pedir.

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