Um bilhete

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Tinha sido uma missão muito complicada para Harry, e por mais que ele quisesse prender Voldemort, ele não estava acostumado com aquele mundo da mesma forma que os outros membros da Fênix. Claro que ele não usava isso como uma desculpa para não se esforçar e dar o seu melhor. Apenas... Tudo estava consumindo ele de uma forma intensa demais.

Harry não deixaria que suas fraquezas o impedisse de lutar, pelo contrário, ele daria a vida se precisasse para salvar a sua família.

Quinze dias se passaram desde que resgataram Cedrico. Remus estava cuidando dele, ficou com ele no hospital, mesmo sem a real necessidade, afinal, Harry curou o menino completamente, ele apenas estava muito cansado.

Lupin assim que viu o garoto melhor, tomou o depoimento dele, atrás de informações sobre o lugar em que foi mantido preso e também, é claro, tentou descobrir onde a família do menino morava, para que ele pudesse voltar para eles.

Infelizmente o policial descobriu que o único familiar vivo do garoto, teve um terrível destino. Os traficantes de órgãos humanos, extraíram do jovem pai, tudo o que puderam e Diggory ficou sozinho no mundo.

O garoto se sentiu abençoado por ter sido salvo por Harry, antes que ele fosse comprado por outra pessoa, e sabe se lá o que poderia ter acontecido com ele.

Remus se sensibilizou com a história do rapaz, prometendo a ele que o ajudaria a encontrar um trabalho e um emprego para que ele pudesse se manter.

Lupin estava mais obstinado do que nunca em acabar com Voldemort, o homem responsável pela morte de seu amigo e da doce Lily. Ele se amaldiçoava por não ter passado muito tempo com os amigos. Se conheciam desde criança, mas seus pais se mudaram para o outro lado da cidade, assim seus encontros ficaram esporádicos, se viam muito pouco, mas graças à internet, mantiveram contato, mesmo que distante.

Ele não conhecia Pedro pessoalmente, então foi tranquilo realizar a missão sem medo de ser reconhecido. Mas fazia um esforço Hercúleo para não voar em cima daquele ser asqueroso. Que a sua moral policial não o ouvisse, mas ele desejava acabar com a vida daquele homem com as próprias mãos.

- Obrigado, Remus! - O jovem Cedrico agradeceu humildemente ao policial.

- Sem problemas garoto, pode ficar aqui o tempo que precisar.

Sim, agora o policial estava ficando doido, logo que Cedrico foi liberado pela polícia e sem ter para onde ir, o detetive ofereceu que ele ficasse em sua casa até conseguir um emprego e um lugar para morar.

- Eu prometo que não vou te atrapalhar... Sei também que já dei meu depoimento, mas se houver algo que eu possa ajudar você e ao Harry, eu vou ficar feliz em poder ser útil.

Remus fechou os olhos e suspirou. Cedrico tentava se fazer de forte, mas era perceptível o quanto o sequestro havia traumatizado ele. Com toda a certeza o detetive incentivaria ele a fazer um acompanhamento psicológico.

- Tudo bem... Pode ficar à vontade, vou sair para encontrar Harry e os outros. Volto mais tarde.

Se despediu e se sentiu mal por deixar Cedrico para trás, mas não podia arrastar ele para a ordem, era melhor que ele ficasse em sua casa, descansando.

***

O final do dia no príncipe estava agitado, os prazos finais se aproximavam e a correria no departamento estava formada.

Telefonemas, papéis, impressões, tudo era uma loucura. Menos para Harry, que tinha um escritor meticuloso e cuidadoso, Draco já lhe tinha entregado os manuscritos antes do prazo, então ele era o único que estava tranquilo em sua mesa.

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