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Another Life: Abortivo

Não revisado

— Fico feliz que tenha acordado. - Naruto ouviu uma voz desconhecida e olhou em volta. Quarto de hospital, um lugar que já esteve diversas vezes.

— O que... Meus filhos, eles...

— Estão bem. O abortivo não surtiu efeito. - A enfermeira o olha como se ele fosse o culpado por algo tão horrível.

— Eu não fiz isso! - Exclamou. — Onde... meu marido..

— Seus familiares estão do lado de fora esperando o resultado dos exames. Se tivessem demorado mais cinco minutos seus filhos não estariam mais aqui. E nem você. - Ainda o olhava do mesmo jeito.

— Eu não tomei abortivos, eu nunca faria isso com os filhos que eu tanto quis ter. - Defendeu-se. — Poderia chamar meus pais?

— Certo. - Saiu da sala. O loiro suspira. Abortivos? É óbvio que não! Ele sabe que esse tipo de remédio pode acabar com as vidas que vivem dento dele e com ele! Mas os efeitos surgem de imediato... O que significa que ele foi envenenado por alguém ou enquanto dormia ou....

— Filho! Que bom que vocês estão bem. - Minato abraça o menor enquanto choramingava.

— Eu fico feliz que estejam bem, e muito aliviada. - Kushina entra no abraço.

— Foi ela, não foi? - Foi a primeira coisa que pergunta.

— Ela? - Os dois se separam dele confusos.

— Foi a Sakura quem me envenenou, não foi? Eu liguei todas as possibilidades. Se fosse enquanto eu dormia, eu teria quase abortado na cama com Sasuke ao lado, mas foi quando eu desci. - Estava pensativo. — Ela tomava café e eu fiquei com vontade de tomar café com leite, eu pensei que tínhamos nos resolvido mas ela foi dormir e eu comecei a sentir toda essa dor.... Pensei que tinha os perdido.

— Ainda bem que não. - Minato suspira. — Mas se foi ela, com qual objetivo? Não tem muita lógica ela ter feito isso.

— Quando a conheci eu estava indo entregar para o Sasuke o presente de aniversário de casamento. Ela me barrou, disse depois que iria ser a esposa dele. Claro, isso era óbvio. Fomos todos bestas. - Riu amargurado. — Ela se infiltra na família como boa moça, com raiva por Sasuke estar feliz comigo decide acabar com a minha vida e a dos nossos filhos porquê sabia que Sasuke ficaria desolado e devastado. Iria se aproximar dele e o iludir, fazendo-o imaginar que estava apaixonado por ela e viverem felizes para sempre. Como eu fui burro de não perceber?

— Você é bom demais para este mundo, meu filho, por isso você preferiu acreditar na mudança dela. Mas nem sempre é o que esperamos. - A Uzumaki suspira. — Pelo menos agora sabemos quem é o culpado. Mas não levantaremos suspeitas de que sabemos ainda, definitivamente não. E nem contaremos ao Sasuke.

— Eu concordo. - Minato olhou para o filho, concordando com a mulher. Era o mais certo a se fazer.

— Ele ficaria estressado e agiria por si mesmo, precisamos de um advogado e faremos tudo isso em segredo..... Espera, o Shisui é advogado! - Naruto os olha. — Alguém pode chamar ele e o Itachi?

— Eu chamo. - Minato saiu da sala rapidamente.

— Vamos pegar essa vadia e mostrar para ela o que acontece quando se mexe com os Uzumaki! - Kushina parecia empolgada, fazendo o filho rir.

— Quando eu poderei ter alta? Eu odeio hospitais. - Fez um bico.

— O médico ainda quer te analisar, pelo menos o suficiente para termos certeza de que nada vai acontecer. - Amenizou.

— Ainda quero café com leite. - Olhou para sua barriga. — É, meus amores, não foi desta vez que a mamãe pôde proteger vocês. Mas eu prometo que vou ser mais cauteloso. Falando nisso, mãe, cadê o Sasu?

— Em uma reunião com Fugaku com o Conselho. É hoje que ele se torna líder por direito e no papel, essa semana, pelo que Itachi disse, tem a cerimônia e precisamos todos estar presentes. O Clã Uchiha está vindo para cá, todos eles. - Naruto assente, ainda alisando a barriga. — Ficou com medo de perdê-los, não é?

— Muito. Mas eu prefiro perder minha vida e deixar que Sasuke cuide deles do que viver sem eles. A vida deles é mais importante, eu não me importo de morrer para salvar eles e definitivamente não ligo em dar tudo o que eu tenho para que eles vivam confortavelmente. É o dever de um pai. - Kushina acabou deixando escorrer algumas lágrimas pois se lembrou de quando estava grávida de Naruto. As palavras de Minato ecoaram em sua cabeça.

"— Eu... estou morrendo... Minato, se nada der certo... - Kushina estava fraca, perdendo muito sangue.

— Você vai ficar bem, se mantenha acordada por favor, nosso filho precisa de você. Lembra do que prometemos? Iríamos cuidar dele com todo o amor do mundo. Eu não me importo com o que meu pai ou os seus querem, nosso filho precisa de nós, e se for para ele viver, eu posso dar minha vida por ele. É o dever de um pai."

— Mãe... - Suspirou enquanto a mesma chorava em seu peito.

— Com licença... Minha linda, tudo bem? - Minato foi até ela e a mesma o puxou para um abraço.

— O garoto nasceu tão parecido contigo que falou a mesma coisa para mim que você disse no dia em que ele nasceu. - Murmurou chorosa.

— Eu acho que podemos...

— Preciso da ajuda de vocês em silêncio. - Naruto limpou as lágrimas da mãe. — Não deixem ninguém saber disso.

— Acho que me chamaram justamente por eu ser advogado, né? - Shisui se senta na poltrona com Itachi em seu colo. — Pode dizer.

— Eu tenho certeza de que Sakura me envenenou. Ita-kun, lembra quando eu disse na sua sala que ela me disse que seria a futura esposa do Sasuke? Tudo isso não passou de um plano dela para me tirar da vida dele e também tirar nossos filhos. Ela viu que todos estavam contentes com a minha gravidez e que Sasuke estava feliz como nunca comigo, e provavelmente com raiva, deve ter comprado abortivo, já que esse tipo de remédio é incolor e indolor. Eu, pela madrugada, acabei acordando com a minha bexiga minúscula de grávido e achei ela tomando café enquanto trabalhava. Fiquei com desejo de tomar café com leite e aceitei de bom grado o que ela me deu. Pois bem, estou aqui agora. A minha sorte foi o segurança ter chegado mas depois disso eu não lembro de mais nada. - Explicou pensativo mas centrado.

— Se isso aconteceu, não podemos nem sonhar em contar para o meu irmão. Ele ficaria irritado e tentaria se vingar por conta própria. - Itachi olhou para o noivo. — Então é sua deixa, amor.

— Vamos resolver isso sem que ele saiba.