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Another Life: O "Coma"

Fiquei triste com todos julgando o Fugaku e o Gaara :( gente eles são vítimas aqui, as únicas pessoas más de verdade são as que vão aparecer daqui uns trinta/quarenta capítulos
Vocês não fazem ideia do que vai acontecer ainda, então por favor não julguem, por favor mesmo.

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— Não brinque com uma coisa séria dessas...

— Não estou brincando. - Sua voz estava calma diferente do tom de Sasuke. — O coma induzido é um estado cerebral onde a consciência está só, ele consegue ouvir mas não consegue retribuir pois perdeu os comandos do corpo. Com isso em mente, ele não pode fazer nada, como agora, está em um estado vegetativo. Por não ter tido sequelas graves em sua batida, ou pelo menos sequelas aparentes que deixariam marcas pelo resto da vida, suas chances de acordar variam de 5 meses a dois anos, pode ser menos mas se passa de dois anos pode ter certeza de que alguma sequela aconteceu ou, no caso, ele pode estar sendo induzido a continuar sem reação. Quando o cérebro dele está neste estado, onde não se conecta com o corpo, remédios de qualquer tipo injetados ou tomados podem se tornar uma droga que afete os neurônios e, dependendo do tipo de medicação, pode ser até que diminua o ritmo comum dos sentidos e células e até mesmo os neurônios, é como se ele perdesse a consciência várias vezes pela medicação. Neste ritmo, ele vai acabar perdendo a consciência de vez e morrendo por desaceleração do estado mental.

Sasuke estava escutando tudo com muita surpresa e estava atento ao que o noivo dizia.

— Se tirarmos a medicação, ele vai voltar a ter mais chances de voltar ao normal, mas será difícil. Se ele esteve recebendo remédios de tipo desconhecido por todos esses anos o corpo dele vai estar em dependência, como se precisasse do remédio para viver e vai começar, talvez, a reagir ou pode ser que o coração dele dispare demais, que ele trema ou dê alguns espasmos, isso é completamente normal e se acontecer significa que o corpo dele está reagindo ao tirar o remédio do corpo.

— Você não sabe o quanto está me dando esperanças. - Suspira, se sentando na poltrona novamente. — Eu não sei o que faria sem você.

— Eu só quero me redimir por ter te prendido nesse casamento. - Ele parecia triste. — Você tinha um futuro brilhante pela frente e certamente já tinha alguém, eu quero te ver feliz mesmo que isso não seja para mim.

— Você não tem culpa de nada. Mas acredite, você me torna mais feliz. - Afirmou. — E agora que meu irmão tem chances de voltar a acordar...

Suspirou sorrindo fraco, olhando o irmão que tanto amava e que poderia finalmente poder voltar para sua vida.

— Eu e meu pai vamos cuidar dele, eu prometo. - Afirmou. — Mas tenha em mente que se ele não acordar mesmo assim, o melhor a se fazer sempre é deixar ir. Não que eu esteja sendo negativo, óbvio que eu quero conhecer ele, ele parece ser o tipo de pessoa quieta mas com um bom coração.

— Itachi era o melhor irmão de todos. - Passou seus dedos pelo rosto levemente gelado do irmão pelo frio. — E eu sei que ele é forte e vai aguentar.

— Eu posso sair um segundinho? Vou falar com meu pai sobre isso e pedir a transferência rápida de Itachi. Com essa transferência eu quero dizer para sua casa, onde eu vou poder cuidar dele junto do meu pai. - Explicou.

— Mas e os aparelhos? - Franziu o cenho.

— Ele não vai precisar disso, acredite. Depois de tirarmos o remédio dele hoje, ele vai conseguir ficar sem os aparelhos. - Saiu da sala com a licença e ligou para seu pai. Os dois combinaram de conseguirem tudo isso hoje para que não tenham a chance de dar o remédio para Itachi e o voltar para aquele estado.

— Eu confio no Naruto, ele é extremamente inteligente. Eu vou fazer de tudo para que você possa o conhecer e ver a graça com quem eu vou me casar, mas eu prometo que só vou me casar quando você estiver do meu lado e se você partir, eu sei que vai estar me olhando do mesmo jeito lá no céu, até porquê você é um anjo. - Duas lágrimas caíram enquanto acariciava os fios longos do cabelo do irmão. — Eu e o Shisui vamos estar esperando por você, meu irmão.

— Com licençaaa... - Prolongou a palavra, abrindo um sorriso esplêndido. — Meu pai está vindo agora para entrar com toda a papelada e seu pai está com ele. Se tudo der certo pela noite o buscamos. Meu pai vai deixar um segurança aqui para que não tentem injetar nada nele e nem dar a ele algo que o prejudique.

— Você é um amor. - Se levantou e abraçou o loiro com força, que retribuiu. Ele queria ver Sasuke sorrir, sorrir como nunca e ser feliz como sempre fora quando estava com seu irmão. Talvez assim Naruto pudesse se sentir parte da família. Os dois se separaram parcialmente mas ainda se encaravam. Sasuke, sem entender o porquê se sentia assim, somente o fez. Segurou o rosto do noivo e o beijou, um simples selinho demorado que fez o loiro corar ao extremo, mas aproveitar a sensação nova.

— Você... - Uzumaki o encara surpreso.

— Me desculpe, eu não consegui segurar.. - Mordeu o lábio inferior. Os lábios de Naruto eram gostosos, eram macios e perfeitos. Combinavam com ele.

— Eu gostei. - Comenta. — Podemos fazer de novo, seja lá o que isso seja?

— Foi um simples selinho, Naru. - Riu. Ele se sentia feliz. — Nós podemos fazer quando sentir vontade.

— Selinho..? - Parecia confuso. — Compreendo.

— Você é fofo. Eu posso fazer de novo? - O loiro assentiu e seus lábios se chocam pela segunda vez, desta vez de modo mais profundo. Naruto não sabia bem o que fazer então imitava o maior, e logo enroscou suas mãos no cabelo macio do Uchiha. — Isso foi um beijo.

— É gostoso. Você tem gosto de menta. - Riu baixinho, doce como uma criança.

— E você tem gosto de morango. Parece até uma criancinha. - O embalou nos braços novamente. — Eu acho que estou gostando de você.

— Eu não sei o que é esse sentimento mas eu gosto de você de verdade, você é a única pessoa que eu convivi depois de anos trancado em casa e eu gosto muito de todas as sensações que você me causa. É como se só de estar perto de você meu coração se agitasse e diversas borboletas começassem a voar no meu estômago. - Explica confuso.

— Vamos descobrir juntos o que é esse sentimento. - Os dois trocam um selinho novamente. — Eu estou tão feliz....

— Eu também estou, só por poder te ver assim. - Diz sincero.