Capítulo 11 - Ensaio

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Vicente agarrou meus cabelos e continuou me beijando com urgência. Passei as mãos por dentro de sua camiseta e tive o prazer de ver Vicente gemer contra a minha boca. Ele apertou a minha bunda e me guiou até um cômodo escuro. Fomos caminhando sem nos desgrudar até que caí em um colchão macio. Eu estava na cama de Vicente.

Queria poder avaliar seu quarto, mas não consegui, pois Vicente se jogou em cima de mim e continuou me beijando. Ele roçava seu quadril contra o meu, me deixando ainda mais quente do que eu já me sentia.

Meu corpo todo tremia e eu não me lembro de já ter me sentido assim antes. Vicente sugou o lóbulo da minha orelha e mordeu de leve meu pescoço, fazendo com que eu me contorcesse de prazer contra ele.

Porém, apesar do desejo que eu sentia, eu me dei conta de que não podia continuar. Vicente tem uma longa lista de conquistas, e eu não queria ser só mais uma que ele levava para a cama.

— Vicente, eu não vou transar com você. — avisei, esperando que ele brigasse comigo ou algo assim. Ele parou o que estava fazendo para me encarar. Seu lábio estava inchado e convidativo, mas jurei para mim mesma que tentaria manter o controle dos meus hormônios.

— Tudo bem. — Ele respondeu tranquilo. — Mas eu posso fazer isso? — Suas mãos abaixaram um pouco a alça da minha blusa colorida, onde ele plantou um beijo no meu ombro. Fechei os olhos e arfei. — E isso? — Sua boca agora estava novamente na minha e eu esqueci de tudo, até mesmo do fato de que havia dito que não iria transar com ele.

Nós continuamos nos embolando em sua cama. As mãos de Vicente continuaram explorando meu corpo com desejo enquanto eu arqueava a coluna para trás a medida em que ele encontrava um ponto sensível em mim.

Sua coxa roçou de leve a minha virilha e soltei mais um gemido.

Madalena. — O som do meu nome em seus lábios era como um afrodisíaco. A sua voz estava rouca e o timbre que ele usou, como se meu nome fosse poderoso, mágico e maravilhoso quase me fez arrancar as roupas dele naquele instante.

Então, Vicente parou para me encarar. Ele estava tão ofegante quanto eu.

— O que houve?

— Você quer que eu pare? — Nós ainda estávamos com o rosto bem próximos. Lhe roubei um selinho, porque era quase impossível resistir aqueles lábios convidativos.

— Claro que não. — Vicente abriu um sorriso que abalou todas as minhas estruturas.

— Se eu fizer algo que você não queira, me avisa que eu vou parar imediatamente, tudo bem? — Fiz que sim com a cabeça, impressionada. Nenhum dos caras com que me relacionei teria feito isso. Sei que Vicente já provara diversas vezes que era um cara legal, mas agora eu tinha certeza de que ele iria respeitar os meus limites acima de tudo.

Nós nos agarramos novamente e assim ficamos por um bom tempo. Eu não conseguia parar de beija-lo e de sentir duas carícias, assim como ele também não parecia conseguir, mesmo sabendo que não passaríamos disso hoje.

O seu telefone começou a tocar de forma insistente, e Vicente foi atender de forma relutante. Me sentei em sua cama e acendi a luz. Quando olhei a hora no celular, quase caí para trás. Já era mais de 18h.

Vicente saiu do cômodo para conversar com sua mãe e eu aproveitei para dar uma boa olhada em seu quarto. Era espaçoso, até mais do que o quarto em que dormi quando fiquei bêbada. Tinha uma estante repleta de livros, uma mesinha de escritório com um notebook em cima e uma daquelas cadeiras giratórias estava enfiada de qualquer jeito embaixo da mesa. Também haviam alguns pôsteres de bandas que ele curtia espalhados pelas paredes e alguns quadros do tipo "Ligue o foda-se", "Good Vibes" e outros de heróis como Homem de Ferro e um quadro com uma máscara rindo e outra chorando.

Por trás da Máscara [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora