Cap.18: Sunday

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5 dias depois...

P.O.V Angel 05:04 A.M.

Por incrível que pareça sim, eu estava acordada aquele horário e tudo pra quê? Pra lavar o meu carro em casa. Andei vendo o Carl bastante preocupado e olhando muito pra papéis sobre sua cama, o que logo constei ser dívidas. Então não quis pedir dinheiro pra ir ao lava jato e resolvi lavar meu carro, pelo menos por fora, pra tirar toda aquela aparência suja e empoeirada.

Havia marcado com o Justin, melhor, o Justin quem marcou comigo de vir lavar o seu carro comigo, coisa que acho muito difícil porque o sol nem estava fora ainda, estava cedo e era óbvio que ele não iria sair de casa pra vim lavar talvez a Ferrari dele aqui, sendo que ele pode muito bem ir a um lava jato.

Mas bem, ele é um homem de palavra e eu preciso reconhecer isso... Desde que passamos a tentar alguma coisa juntos que ele sempre honra suas palavras, então acho que em relação a isso posso confiar.

Então desci as escadas devegar enquanto vestia meu casaco marrom. Afinal, estava fazendo um pouco de frio e um lembrete importante: era domingo.

Faltava pouco pras férias e eu estava animada. Quero muito ir pra Seattle visitar a minha avó e ficar com a Sofia. Sinto saudades.

Fui até a despensa e peguei dois baldes de plástico, procurei esponjas e sabão. Depois voltei em silêncio e saí de casa pela frente vendo o meu lindo e sujo carrinho a minha espera.

Me aproximei da torneira que ficava na parede do lado direito e quando pensei em girar ouvi barulho de carro ali perto, então me virei e pra minha surpresa era ele... Ele veio. Vibrou o meu subconsciente e passei a caminhar até seu carro.

Sorrir ao ver o Justin descer e ele usava uma roupa básica. Uma calça moletom cinza de algodão, um tênis da nike básico e uma regata branca por baixo da sua jaqueta de couro. Ele era estiloso sem muito esforço... Sem contar que tava muito gato com aquela cara inchada e cabelo assanhado.

— Bom dia, pelo visto venceu a luta com a cama. Pensei que não viria. — Brinquei me referindo a ontem. Abracei ele bem forte e o cheiro natural dele... Por Deus.

— Eu disse que viria, quando dou minha palavra nunca quebro. — Franzi o cenho, sorrindo e concordei. Eu adorei saber isso.

— Que ótimo, então vamos? — Ele sorriu e pegamos o necessário para lavar, nossos carros. Mangueiras, baldes e tudo mais.

Começamos a lavar os carros e eu como era uma tagarela resolvi puxar assunto com ele que estava bem empolgado. Acho que ele não tava nem aí por tá fazendo o serviço.

— Sei que deve ser chato isso, mas é que eu realmente não queria pedir dinheiro pro meu pai pra ir lavar num lava jato. — Falei e ele me olhou. — Você não deve entender... Mas as vezes a situação aperta aqui em casa.

— Ei... — Ele me cortou e me olhou indiferente. — Eu já fui pobre, antes de fazer o que faço, eu não tinha nada Angel... Nem mesmo amor dos meus pais. — Engoli em seco e ele acrescentou. — Poderia ter me falado, eu teria pago o serviço.

— De modo algum. Você não tem porque gastar seu dinheiro comigo... — Ele arqueou as sobrancelhas. — E também ele não está tão sujo por dentro. — Me referi ao carro. — Por fora é o essencial. Assim não fica parecendo que invadi uma casa abandonada repleta de poeira. — Arranquei uma risada dele e o mesmo ficou me olhando por alguns segundos. Então parei de passar a esponja na porta e apoiei meu braço acima do carro. — Pois não?

— Quero que hoje você vá almoçar comigo lá em casa. — Arregalei os olhos e surtei, meu Deus?

— Sério? — Havia ficado gelada.

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