Cap.36: Past Waters

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Atlanta - GA

P.O.V Angel 17:39 p.m.

O Justin dormia sobre meu busto, podia-se ouvir sua respiração baixinha sobre minha pele. Minhas mãos acariciavam seu macio e cheiroso cabelo, causando dentro de mim uma sensação de paz, me certificando de que eu não queria nunca mais sair do abrigo dele.

Observei seu quarto um pouco escuro. Ele dormia feito pedra depois do longo e demorado amor que fizemos. Estava exausta, admito, mas não me importaria nenhum pouco de acordá-lo pra fazer tudo novamente.

Me importaria sim.

Ele dormia parecendo um anjo e confesso que ficou mais exausto do que eu, então deixei ele dormir um pouco mais.

Foi quando ele se moveu e pareceu acordar atordoado, olhou em volta do quarto e fixou sua visão em mim.

— Oi.

— Você não dorme? — Ele perguntou, saindo de cima de mim e dei um sorriso amigável.

— Quando sinto sono, sim. — O vi rolar os olhos e joguei um travesseiro na sua cara. — São quase 18hrs, preciso ir pra casa. — Tentei me levantar, mas ele me agarrou e me deitou na cama novamente, ficando sobre meu corpo.

— Não vai pra lugar nenhum, o combinado era passar o dia inteiro comigo. — Lembrou. Dei uma risada quando ele beijou meu pescoço e sentir suas mãos em meus peitos novamente, os amassando.

— É sério, passei o dia longe de casa. — Ele riu e prendeu minhas mãos em cima da minha cabeça, dando uma chupada no meu seio. — Falo sério. Preciso mesmo ir. O Carl deve tá louco.

— Ele sabe que está aqui comigo.

— E é esse o problema. — Em seguida me encarou sérios por alguns segundos e mordeu os lábios, voltando a me beijar lentamente. — Acredite, eu moraria aqui pelo resto da vida, mas eu tenho um pai protetor e uma irmã louca que estão à minha espera em casa.

— Admito que não tô gostando de dividir você com eles não. — Enruguei a testa. — Eles te prendem muito.

— Ah... Bem, o Carl nunca me impediu de ir pra tal lugar. De fato eu sempre peço permissão e ele sempre me deixa ir, mas tenho hora pra chegar. — Isso pareceu nem fazer diferença pra ele. — Nos vemos amanhã, então? — Me sentei na cama e ele passou uma mão no cabelo, também ficando em pé.

— Claro... Está com fome?

— Estou sim, mas eu como alguma coisa em casa. — Vestir a minha blusa e ele me agarrou, amassando minha bunda e me beijou, contornando sua língua em meus lábios.

— Vou descer e fazer algo pra você comer antes de ir. Precisa acumular energias depois dessa tarde. — Dei um tapa nele que saiu do quarto rindo e fiz um coque no meu cabelo. Procurei minha calcinha pelo chão do quarto e a encontrei pendurada no abajur, dei uma risada e me aproximei pra pegar, quando vi o celular do Justin sobre o criado mudo aceso e tinhas várias mensagens.

“ Por quê não me responde, inferno?"
" Ameacei o Chaz pra me dá o seu endereço, mas ele não me deu. Seus amigos ficaram uns cuzões.”
" Precisamos conversar sobre aquele dia da batida. Eu te juro que não foi porque eu quis"
"Soube que ainda foi no hospital. Me desculpa."
" Por favor me responde, sinto muito sua falta e quero muito conversar com você"

Essas eram as mensagens que estavam na barra de notificações. O celular dele tinha senha e era a biometria, claro que não ia xeretar, mas isso foi o suficiente pra eu juntar direitinho as peças daquele dia do seu quase acidente.

O Chris não falou o que de fato eu queria ouvir naquele dia, lembro que ele e o Justin logo desconversaram do assunto. Depois os vi entrando no escritório e o Justin não tocou mais no assunto do acidente.

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