Cap.5 We Can Be Friends

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P.O.V Angel 17:04 p.m.

A tarde inteira passou voando e preparei minhas coisas cedo pra ir com o Matt na festa de noivado do pai dele.

Não é certo isso que estou fazendo. Estou alimentando a ilusão de darmos certo sendo que não vamos. Dois anos juntos, um ano somente flores e o outro somente um verdadeiro inferno.

Eu deveria ter sido sincera com ele, ainda mais sobre o beijo que aconteceu entre o Justin e eu... Bem, em relação a isso eu não sei se posso contar, o Matt é muito explosivo, pode acabar me matando ou o Justin. Ok, também é exagero, mas ele é capaz de arrumar a maior confusão e só irá sobrar pra mim.

O beijo...

Apesar de ter sido insignificante pra mim, claro, a cena de suas mãos em meu corpo e dos seus lábios se manuseando com os meus é algo que não consegue se distinguir da minha mente um segundo desde o acontecido.

E isso é errado, bastante, porquê independente de qualquer situação traição não é legal. E mesmo por eu ter falo pro Matt que havíamos terminado, eu tecnicamente não traí ele, mas acabei voltando pra ele mesmo depois de ter ficado com outro cara... E bem, isso na linguagem da sociedade me faz uma vadia.

E eu nem ligo.

Ninguém vai saber até porque não vou falar pra ninguém.

Então suspirei, soltando meus cabelos e apoiei meu rosto sobre as mãos no sofá, pensando inevitavelmente no Justin.

Ele foi legal comigo hoje no estacionamento. Me pediu ajuda e em momento algum demonstrou qualquer atitude maliciosa. Acho que as minhas amigas estão erradas em relação a ele, pois disseram que ele não tem interesse algum em mulher a não ser conseguir sexo com ela.

E bem, se isso sequer passou pela cabeça dele adoro dizer que não vai conseguir. De maneira alguma.

Meus pensamentos foram embora quando ouvir a campainha tocar. Me levantei do sofá e olhei pela janelinha da porta, vendo o Matt. Respirei fundo e abrir, fazendo ele sorri.

— Oi.

— Oi, posso entrar?

— Claro, entra.

— Obrigado. — Ele entrou e se aproximou do sofá.

— Você teve sorte de meu pai não está em casa. — Arqueou as sobrancelhas e deu uma risada.

— Por que?

— A Sophia me deduro e eu tive que contar tudo pra ele. Ele está furioso com você. — O Matt arregalou os olhos e dei uma risada, segurando na sua mão e o levei até o sofá.

— Então preciso conversar com ele... E me explicar. Pedi desculpas. — Falou, rindo e fiquei olhando pra ele por um tempo enquanto sentia um peso enorme na consciência.

— Matt... — Falei, respirando fundo e me sentei no seu abdômen, com uma perna em cada lado do seu colo. — Vamos... Vamos tentar fazer tudo dá certo novamente. — Pedi, olhando fixamente nos seus olhos verdes. — E se não der certo... Iremos acabar de vez e aceitar. Ok? — Ele respirou profundamente e colocou suas mãos em meu rosto.

— Angel, eu n...

— Promete? — Lhe cortei e o mesmo concordou.

— Claro. Se não der certo dessa vez prometo te deixar em paz. — Sorri pequeno e pus minhas mãos em seu rosto, tocando nossos lábios devagar. — Eu queria que as coisas fossem diferentes, mas não sei o que aconteceu pra entrarmos nesse inferno. — Murmurou acariciando meus cabelos e fechei os olhos, aconchegando minha cabeça no seu ombro. — Desculpa se te magoei.

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