Cap.6 Toxic Friends

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P.O.V Angel 23:34 p.m.

Levamos alguns minutos até chegarmos na sua casa e me tremi na base ali mesmo. Porque ele me trouxe pra cá? O que vamos fazer aqui? Descemos em seguida e fiquei muito envergonhada.

- Por que viemos pra cá​? - Perguntei enquanto nos aproximávamos da porta.

- Você precisa limpar isso, vem. - Ele abriu a porta pra mim e entramos na casa, a mesma que estava escura.

Caminhamos até uma sala e ele ascendeu a luz, o que me fez perceber que era o escritório, o mesmo que ele me beijou ontem.

- Fica aqui, eu já venho. - Ele saiu do escritório e fiquei admirando aquele setor, era uma sala extraordinária, tinha umas estantes com bebidas e pareciam ser das caras, tinha dois sofás, tinha um espelho enorme na parede, tinha uma mesa e uma prateleira. Me aproximei dela e vi que por dentro tinha algumas armas, calibres e franzi o cenho ao ver aquilo ali. Confesso que não me surpreende mais ver uma arma. - Aqui. - A voz rouca do Justin surgiu no escritório e o vi com uma maleta de primeiros socorros nas mãos.

- Não precisava se incomodar com isso, Justin. - Fiquei envergonhada.

- Imagina, mas deve limpar antes que contamine, vem. - Me aproximei dele e suas mãos me agarraram pela cintura, me fazendo sentar na mesa do escritório. - Isso vai doer um pouco. - E se referiu ao algodão umedecido com soro fisiológico que queimou na minha sobrancelha ao ser tocada.

- Argh... - Gemi de dor fazendo uma careta enquanto ele limpava todo aquele sangue do meu rosto, cabeça e etc.

Eu olhava pra ele o tempo todo enquanto fazia o serviço e ficava me perguntando mentalmente como podia existir alguém lindo como ele. Não podia negar que ele despertou algo dentro de mim, estaria mentindo se eu dissesse que não.

- Ele já fez isso outras vezes, Angela? - Perguntou enquanto passava o iodo.

- Me chame de Angel, por favor. - Ele sorriu e fiquei boba, não pude me controlar

- Tudo bem, Angel. - Sorri falso e respondi.

- Não, foi a primeira... e a única vez que ele fez isso, eu tô cansada dele. - Falei decidida. Realmente eu tô cansada do Matt, ele passou dos limites.

- Bastante atrevido ele né, filho da puta. - Falou em um tom de rispidez e a limpeza do meu sangue ainda ia demorar, então vou puxar assunto.

- Bem... eu não conheço Atlanta de ponta cabeça, mas eu nunca te vi por aqui. - Ele respondeu com os olhos vidrados no que estava fazendo.

- Eu morava em Los Angeles.

- Sua namorada ficou lá? - Brinquei, e ele mostrou o que tinha de mais lindo, o sorriso.

- Não. - Falou, rindo. - Eu não tenho namorada, só vim morar com meu pai. - Concordei.

- Você tem quantos anos? - Agora me olhou sério e tremi ali mesmo, sei que tô sendo muito curiosa. - Desculpa, eu não vou perguntar o seu RG. - E deu uma risada linda, fazendo meu coração acelerar.

- Tenho 25 anos e você?

- 18.

- 18?

- Sim. - Franziu o cenho e voltou a fazer o seu serviço.

- Você não tem cara de quem tem 18 anos. - Franzi o cenho sem entender bem.

- Por que não?

- Deixa pra lá. - Ele riu e não falou, mas ele vai ter que falar.

- Fala. - E me olhou nos olhos, sorrindo.

- Quer um curativo? - Bufei rolando os olhos enquanto sorria e mesmo assim concordei com a cabeça.

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