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Nossa trama está em prática há mais de uma semana. Daniel vem aqui em casa quase todos os dias e dá em cima de Hailey, algo que ele concordou em fazer de bom grado depois que eu contei quem ela verdadeiramente é, pois ele odeia fãs descontroladas.

Quanto a Corbyn, o loiro não falou muito comigo esses dias e na única vez que tentei conversar com ele, o garoto disse que ainda não queria e sequer abriu a porta do quarto. Às vezes Jack liga e me pergunta se estou bem, então sei que é a pedido do meu namorado, isso me acalma.

No momento, estou observando Daniel flertar com Hailey, enquanto como morango com chantilly no balcão da cozinha. Me encosto no objeto, com um grande sorriso vitorioso no rosto.

— Hoje a noite? — O garoto pergunta, ao se levantar. Hailey cora e assente, o que me faz soltar uma risadinha baixa.

Daniel sai pela porta, mas não sem antes me lançar uma piscadela. Ao que parece, tudo vai acabar mais rápido do que eu imaginei.

— Ele é um sonho! — A morena saltita na minha direção e eu lhe ofereço um sorriso falso. — Tem certeza de que não se importa de eu estar ficando com ele?

— Imagina! Eu namoro um dos melhores amigos do Dani, não faria sentido criar caso por causa de vocês. — Como o último morango, ao passo em que me afasto para botar a tigela na pia. Hailey suspira atrás de mim.

— Achei que fosse brincadeira quando ele pediu o meu número. — Comenta.

— Ele é direto, né? — Finjo simpatia, ao que volto a sentar de frente para ela.

— Bastante, mas eu gosto disso. — A garota pisca para mim e apesar do arrepio que percorre a minha espinha, sorrio mais largo.

Deixo Hailey sozinha na cozinha, quando ela começa a jogar verde sobre a minha gravidez, com a desculpa de que estou meio cansada e subo correndo para o meu quarto. Me jogo na cama e fico encarando o teto, pensando no único em que consigo pensar.

Aqueles olhos azuis me perseguem. Sem falar do sorriso, das mãos...

De repente, começo a pensar nas mãos grandes de Corbyn percorrendo todo o meu corpo. Faz muito tempo que não transamos e agora que ele não quer me ver, me arrependo de não ter aproveitado mais enquanto podia.

Meus dedos finos e leves percorrem o meu corpo; primeiro tocam o meu pescoço, em seguida meus seios e descem lentamente pela minha barriga. Será que ele atenderia se eu ligasse?

Sem pensar duas vezes, pego o celular e disco o número do cantor. Ele rejeita duas chamadas, mas atende na terceira vez.

O que foi? — Sua voz soa preocupada.

— Preciso de você. — Digo, ao passo em que abro o meu short e deslizo os dedos por dentro da minha calcinha. — Sinto tanto a sua falta. — Minha voz sai manhosa, tenho certeza disso.

Como assim? — Ao ouvir o timbre dele ficar mais rouco, percebo que ele entendeu do que se trata.

— Você sabe. — Falo, em seguida solto um gemido baixo, ao sentir meus dedos tocarem devagar o meu clitóris que há tanto tempo não recebe carinho.

Você é inacreditável. — Corbyn diz, com a respiração entrecortada. — Eu deveria desligar na sua cara.

— Você... — Gemo alto, ao que acelero os movimentos dos meus dedos. — Faria isso? — Quando percebo que ele não tem resposta, sorrio sozinha. — Queria que fosse o seu pau. — Coloco um dedo fundo.

Droga. — Imagino que ele esteja abrindo a própria calça, pois ouço o barulho do cinto. No momento seguinte, meu namorado solta o ar de forma pesada, provavelmente ao tocar a própria ereção. — Você anda sendo tão má comigo.

Acho que mereço ser castigada. — Sussurro.

Merece. — Consigo ouvir o barulho molhado de sua mão trabalhando lentamente, e isso me deixa ainda mais excitada. — Se eu estivesse aí, você apanharia no seu belo rostinho, pra aprender a não falar bobagem.

Ah... — Fecho os olhos e me concentro na fala suja de Corbyn. Enquanto uma das minhas mãos trabalha na minha vulva, a outra segura o celular com força e desconta no aparelho, todo o prazer que estou sentindo.

Coloque mais fundo, meu bem. — Obedeço o meu namorado e enfio mais os dedos, a ponto de sentir claramente as minhas paredes vaginais se contraírem ao redor deles.

Passamos alguns minutos trocando gemidos e ele me dá ordens, algo que faz muito bem, e então quando sinto que não aguento mais, me desmancho chamando pelo nome do loiro. Poucos segundos depois, ele faz o mesmo.

No momento em que me recupero e penso em dizer algo, Corbyn desliga. Confusa, miro a tela do celular e bufo.

eu

muito doce da sua parte desligar na minha cara

Ocean eyes 💙

mais tarde a gente conversa

eu

Jogo o celular de lado e me levanto, na intenção de tomar um banho. Mal entro debaixo do chuveiro, quando percebo uma movimentação do lado de fora, no meu quarto. Me esquivo até a porta, sem ligar para a água sendo gasta atrás de mim, e miro pela brecha. Como eu esperava, encontro Hailey com o olhar. A garota está vasculhando debaixo da minha cama, a procura de algo que sirva como a prova que ela precisa de que eu estava grávida.

— Perdeu alguma coisa? — Digo, ao abrir a porta. A morena dá um pulo, ao passo em que fica de pé e coloca as mãos para trás do corpo. Estou nua, então ela me olha de cima a baixo.

— Eu... — Quase consigo ver fumaça saindo pelas orelhas dela, ao que seu cérebro trabalha em busca de uma boa desculpa. — Eu tava procurando o Levine, minha amiga é fã do Maroon 5 e eu ia mostrar ele pra ela. — Suas palavras saem entrecortadas, a medida em que ela vai estruturando a mentira.

— Ah, — Sorrio, fingindo acreditar. — ele não apareceu por aqui hoje. Você sabe como gatos são independentes. — Hailey sorri também, de maneira forçada.

— Sei.

— Vou voltar pro banho, boa sorte em achar aquele pestinha. — Pisco e retorno para dentro do banheiro, mas antes, ouço a garota suspirar de alívio e preciso prender uma risadinha.

𝒄𝒍𝒊𝒄𝒉𝒆 ↺ corbyn bessonOnde histórias criam vida. Descubra agora