Capítulo 10

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Dia 24

Se passou mais um dia desde que chegamos a está casa, mas não podemos mais ficar aqui. Está casa não é nossa e será questão de tempo até que aquelas criaturas cheguem aqui e, se isso acontecer estaremos totalmente desprotegidos, por isso decidimos que seria melhor abandonar este lugar.

Ainda é de manhã, não sei em especifico que horas são. Desde que tudo isso começou estamos ficando cada vez mais perdidos no tempo, não que isso faça muita diferença agora. Estávamos prestes a sair, esperávamos por Ana. Ela decidiu escrever uma carta para os donos dessa casa agradecendo e também pedindo desculpas por termos invadido e levado algumas coisas, como água, comida e alguns outros itens que nos ajudassem de agora em diante. Temo que essa carta nunca será lida.

Ana deixou a carta presa a geladeira com um imã e se juntou a nós que a esperávamos na varanda. Dou uma ultima olhada no interior daquele lugar e fecho a porta. Ao me virar, me deparo com a expressão preocupada de todos que me olhavam.

— Para onde iremos agora? — Lukas pergunta.

— Para a cidade. — Tinha decidido isso ontem a noite, não consegui dormir direito, então me pus a pensar sobre diversas coisas que passamos e que poderemos passar daqui para frente. Todo e qualquer passo dado agora precisa ser planejado.

— Está brincando, né? Aquele lugar está cheio daqueles monstros. — Jorge falou com um olhar confuso estampado em seu rosto.

— E também está cheio de tudo que precisamos para sobreviver de agora em diante. Comida, remédios, água, armas, carros. Tudo que não temos nos escondendo aqui. — Começei explicar calmamente a minha ideia.

— Você tem algum plano? Não acho que será uma tarefa fácil entrar lá e sair com todas essas coisas. — Lukas me perguntou cruzando os braços e me encarando enquanto se apoiava em uma pilastra de madeira acinzentada.

— Sim! E vou precisar da ajuda de todos. Por hora apenas precisamos retornar à cidade, explicarei no caminho o que deveremos fazer.

***

Caminhavamos de volta a cidade, sempre fazendo pequenas pausas para não ficarmos cansados demais e tendo cuidado para não acabar de uma só vez com nossa água. A atenção e o silêncio também eram necessários para não sermos surpreendidos por nenhuma daquelas criaturas.

Passavamos agora pelo ônibus que tínhamos deixado para trás, continuava imóvel no mesmo lugar. Os corpos dos mortos deixados lá estavam exalando um odor insuportável, o estranho, nenhum abutre se aproximava deles. Gostaria de poder investigar isso com mais calma, porém não tínhamos tempo, eu precisava encontrar minha família e precisávamos nós preparar pra enfrentar esse novo mundo. A cena daquele lugar deixada para trás emanava uma aura sombria que me provocava arrepios. Foi naquele ônibus que tudo começou.

O calor aumentava cada vez mais, Ana começava a perder o fôlego e suava bastante, isso é preocupante. A outra garota que ainda não se recuperou e nem sabemos o nome dela, juntamente com Alex se mantem firme. Decidi diminuirmos a velocidade, não aperentava ter riscos naquele lugar, por sorte não demos de cara com nenhum zumbi até agora.

Um pouco mais de duas horas se passou desde que saímos daquela casa, já avistávamos a cidade, a fumaça ainda continuava forte. A nossa água já estava acabando, a partir de agora precisávamos ser extremamente cuidadosos, não sabíamos muito sobre aquelas criaturas, mas precisávamos enfrenta-las para conseguir sobreviver.

— Droga! Se escondam rápido. — Falei adentrando dentro da mata ao lado da estrada.

— O que vamos fazer agora? Tem um monte deles, não da pra passar por aqui. — Perguntou Lukas.

O Dia Z: O Prelúdio Do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora