Kalyne Dias, 20 anos
■ ■ ■
Olhei pro relógio no meu pulso que marcava 17h30, tava no trabalho, eu trabalho numa loja de roupa, faz 1 ano já, e inclusive já tava na hora de fechar.
Fui pra trás do balcão e peguei as chaves, aproveitei e tomei um pouco de água, joguei o copo descartável fora e senti alguém atrás de mim.
Nanda: pegou as chaves?. - Assenti e entreguei a ela
Fernanda trabalha comigo desde que a loja abriu, ou seja, faz 1 ano que a gente se conhece.
Nanda: bora louca, vai ficar aí?
Lyne: calma, deixa eu pegar minha bolsa.
Peguei minha bolsa, sai da loja e esperei ela fechar a mesma.
Lyne: tchau amiga, até amanhã.
Nanda: te levo gata, tô de carro hoje. - nem recusei né, morava na rocinha e ela aqui no asfalto.
Ela me deixou no pé do morro e nos despedimos, subi o morro na maior preguiça do mundo, minhas pernas não estavam nem aguentando.
Acho que preciso de um carro, urgentemente.
Falei com alguns vapores que encontrava pelo caminho, cheguei no portão de casa e escutei um choro.
Abri a porta já nervosa, até tremendo eu tava, assim que abri a porta de casa vi minha mãe no chão da sala e a casa toda revirada, e a maioria dos móveis estavam quebrados, o chão estava cheio de caco de vidro.
Mais o que mais me preocupava ali no momento era minha mãe, que assim que me viu parada ali na porta chorou ainda mais.
Lyne: mãe. - fui até a mesma. - O que aconteceu aqui?
Ela não falava nada, apenas chorava e me deu um abraço apertado.
Lyne: mãe, fala por favor, tá me deixando nervosa. - eu já chorava também.
Carla: seu tio como sempre... - Suspirei. - Ele e o tal vício dele, ele me pediu dinheiro pra pagar as drogas que ele comprou, só que eu não tinha, ele disse que o dono do morro iria vim atras dele se ele não pagasse, ele é meu irmão, eu queria poder ajudar, mais eu não posso, não tenho dinheiro. - Chorou
Lyne: e por que a casa tá desse jeito?
Carla: eles vinheram atrás do seu tio, falaram que ele tava aqui, levaram ele pra boca, seu tio tava drogado, e falou que o dinheiro tava comigo, mais que eu não queria da. - Ela mal conseguia falar, de tanto soluçar. - Eles quebraram tudo, eles querem um pagamento, mais eu não tenho de onde tirar dinheiro.
Lyne: calma mãe, calma, eu vou da um jeito...
A única coisa que passava pela minha cabeça, era como? O que eu ia fazer? O meu salário era uma miséria, não dava pra nada, mal dava pra nós duas, mais eu tenho que dá um jeito.
Tirei ela do chão que ainda chorava, eu já estava no embalo também, eu não conseguia me controlar, só de ver minha mãe nessa situação.
Tudo isso por culpa do meu tio, nunca pensei que por causa desse vício, as coisas poderiam chegar a esse ponto.
Quando eu coloquei minha bolsa do outro sofá a porta se abriu.
E um homem tatuado entrou com um fuzil nas costas, atrás dele tinha outro moreno tatuado também.
Xxx: quem de vocês é a Kalyne?
Lyne: o que querem comigo? - eu não conseguia falar
Xxx: tu vem comigo. - me puxou pelo braço mais eu me soltei
Lyne: o que? - Minha mãe levantou do sofá com o rosto vermelho
Xxx: teu tio não tem dinheiro pra me pagar a dívida, ele disee que eu podia ficar contigo por enquanto que ele não consegue o dinheiro.
Lyne: como....? Meu tio me vendeu? - foi o auge, pra mim começar a chorar de novo
Xxx: arruma tuas coisas, e bora logo, tenho o tempo todo não
Lyne: eu não vou contigo, tá louco?
Xxx: vai sim. - me jogou no ombro e me tirou de casa a força
Lyne: me solta. - gritei e bati nele, mais não adiantava de nada. - MÃEEE
Carla: kalyne, minha filha. - vi ela na porta chorando e gritando meu nome
Ela até tentou correr até mim, mais o moreno segurou ela.
O outro me colocou dentro de um carro e deu partida.
➖➖➖
Deixem a estrelinha de vcs aí.⭐💖🥰
VOCÊ ESTÁ LENDO
Artigo 157
Teen FictionNão há nada que dure por muito tempo se não houver sentimento.