middle of the night, boris pavlikovsky+you

sessenta e oito

s/n

— boris, não faz barulho, por favor. — peço.

eu, boris, theo e freddy tínhamos acabado de chegar em casa.

— eu quero vomitar. — meu namorado murmura, levando a mão até a boca.

ele corre para um canto da rua e começa a vomitar.

— merda... — resmungo e corro atrás dele.

seguro seus cachos e acaricio suas costas levemente.

— eu nunca ma... — ele vomita novamente. — ai, foda-se. — limpa a boca com o braço. — eu só quero a minha cama. — se apoia em mim.

— a gente vai entrar em casa agora, por favor não faz nenhum barulho. — peço, segurando sua mão.

entramos em casa, tentando não fazer nenhum barulho.

subimos as escadas e eu parei na porta do quarto.

— quer ajuda, s/n? — freddy pergunta, parando em frente a porta do quarto de seu namorado.

— não precisa. — sorrio fraco. — durmam bem.

— vocês também. — theo retribui o sorriso e entra no quarto junto com freddy.

— amor... eu acho que v-vou vomitar. — boris leva a mão até a boca.

abro a porta do quarto rapidamente e o garoto corre até o banheiro.

vou atrás dele e volto a segurar seus cachos.

— eu nunca mais vou beber... — murmura.

assinto com a cabeça. todo mundo sabe que isso é mentira.

— você tem que tomar um banho... vai ligando o chuveiro que eu vou pegar uma roupa pra você. — peço.

saio do banheiro e escolho uma roupa confortável para boris.

volto para o cômodo e vejo o cacheado entrando no chuveiro.

— me ajuda? — pergunta.

— ajudo. — respondo.

eu vou me molhar também... então não vai adiantar eu ficar de roupa.

tirei a roupa que usava, mas preferi continuar de calcinha e sutiã.

entrei no box junto com boris e comecei a ajudar o garoto.

☽

— amor, pode se deitar, eu vou terminar de tomar banho. — falo para o cacheado.

— tá bom, vida. — ele assente e sai do banheiro.

tirei minhas roupas íntimas e tomei um banho rápido.

voltei para o quarto enrolada em uma toalha e vi que boris já tinha se deitado.

peguei minhas roupas e me troquei ali mesmo.

— amor... eu quero cafuné. — boris murmura.

— espera aí, eu acho que a água do draco acabou. eu já deito com você. — digo.

pego o potinho de água do cachorrinho e saio do quarto sem fazer barulho.

fui até o andar debaixo e coloquei água no potinho do cachorro.

quando estava subindo as escadas, escutei um barulho na porta.

fui até a porta e olhei pelo olho mágico que tinha ali.

vi um homem alto olhando para os lados e franzi o cenho.

espera... esse é o mesmo cara de hoje mais cedo! é o mesmo que parou eu e sydney na rua.

senti meu coração acelerar e minhas mãos começaram a tremer.

resolvi voltar para o quarto.

— o que está acontece... — sou interrompida por outro barulho na porta.

acabei levando um susto com o barulho e tropecei na escada.

— que merda. — resmungo, ao cair sobre meu braço.

— s/n? — escuto a voz de win.

olho para a cima e vejo a mulher vindo em minha direção.

— o que houve, querida? — pergunta, me ajudando a levantar.

— eu tropecei. — faço uma careta, ao sentir uma dor forte em meu braço.

— se machucou? — ela tira o potinho de água da minha mão.

— não sei... o meu braço está doendo. — respondo.

— que droga... consegue mexer? — nego com a cabeça. — nós temos que ir para o hospital.

— win... não precisa.

— é claro que precisa, s/n!

— o que aconteceu? — escuto a voz de boris.

porque ele não continuou deitado?

— nada, amor. — respondo.

— você tem que ir pro hospital. — winona fala para mim.

— porque? — o tom de voz de boris estava preocupado.

— eu cai na escada... e provavelmente quebrei o braço. — respondo.

— você tem que ir para o hospital, amor. — ele fala com a voz baixa, dava para ver que estava morrendo de cansaço.

— tá bom, eu vou... mas só se você voltar para a cama e descansar. — falo.

— ok, patroa. — fala rindo. — tia, qualquer coisa me liga.

— pode deixar... agora vai descansar.

— até depois. — o cacheado volta para o quarto.

winona foi até seu quarto para pegar as suas coisas e eu voltei para a porta.

olhei novamente, e o cara não estava mais lá.

pelo menos eu não o vi...

aiai eu odieiK