dezessete

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s/n

— minha tia vai estar nos esperando na rodoviária. — boris fala guardando o celular no bolso.

— eu não aguento mais ficar nesse ônibus... — resmungo deitando a cabeça em seu ombro.

— vamos ficar aqui por mais duas horas. — ele bufa me abraçando de lado.

— amor, as aulas voltam daqui a pouco. — falo me lembrando da escola.

— win disse que ia cuidar disso, fica tranquila. — diz. — nossa vida vai ser muito diferente daqui pra frente, sabe disso, né? — indaga.

— sei... e estou com medo, confesso. — respondo. — mas... só de estar com você, eu fico mais tranquila. — beijo sua bochecha.

comecei a me lembrar de jaeden, e de todas as outras pessoas que deixei na cidade.

meus pais me expulsaram de casa, e eu duvido muito que me procurem.

mas e o jaeden?

— no que você tanto pensa, hein? — boris pergunta.

— será que jaeden vai nos procurar? tipo, a gente meio que brigou mas... eu e você sumimos do nada. — falo.

— ele provavelmente iria procurar você. — responde.

— é, talvez. mas... eu invento uma desculpa qualquer coisa. — falo. — sua tia mora com alguém? — pergunto mudando de assunto.

— eu acho ela nem casou, então provavelmente mora sozinha. e win era a única irmã da minha mãe, meu pai era filho único e... não tenho nenhum primo.

depois disso, nós ficamos em silêncio, só aproveitando a companhia um do outro.


— é aquela ali? — aponto para uma mulher, encostada em um carro.

eu e boris tínhamos acabado de chegar em new york, e agora, estávamos procurando sua tia.

— é sim. — responde segurando minha mão.

fomos até ela.

— boris! — exclama ao ver o menino.

ele sorri fraco, e sua tia o abraça.

— e você deve ser a s/n. — me olha sorrindo. — se deu bem, boris, ela é muito bonita. — diz.

boris da um sorriso bobo e me olha.

— prazer... — digo tímida.

— o prazer é todo meu querida. — me puxa para um abraço. — entrem. — aponta para o carro.

guardamos as malas, e boris sentou no banco de trás comigo.

— então, crianças. — win começa. — só tem um quarto disponível na casa, os outros dois estão ocupados... se importam de dormirem juntos?

eu e boris nos olhamos.

— não tem problema. — nós respondemos em uníssono. — mas... posso saber quem está ocupando o outro quarto? — o garoto ao meu lado pergunta.

— meu filho. — responde.

— filho? — boris franze o cenho.

— sim, eu adotei um menino da idade de vocês, o nome dele é theodore, mas eu chamo ele de theo.

— que legal. — boris sorri.

ficamos mais uns 10 minutos andando de carro.

— chegamos. — winona estaciona o carro. — eu levo as malas, podem entrar. — entrega uma chave para boris.

— boris, você contou para ela sobre o noturno, né? — pergunto.

— sim, win ama gatos. — responde abrindo a porta.

andamos um pouco, e chegamos na sala.

— vocês devem ser boris e s/n. — um garoto loiro fala se levantando do sofá. — sou o theo. — estende a mão.

— prazer. — boris o cumprimenta.

faço o mesmo.

— vou mostrar o quarto de vocês. — ele começa a andar.

— eu acho que ele é gay. — boris sussurra no meu ouvido.

— como você sabe? — indago no mesmo tom.

— tenho um gaydar, e ele é muito bom. — responde segurando minha mão.

subimos uma escada, e theo nos guiou até um quarto.

— fiquem á vontade, daqui a pouco win trás as malas. — diz saindo dali.

— essa cama é maravilhosa. — falo me jogando na cama.

— eu já vou aí tes... — boris é interrompido, pelo seu celular tocando. — hey, freddy. — diz sorrindo.

olho para o chão, e vejo noturno ali.

boris trouxe ele no colo e eu não vi?

pego o gatinho no colo, e começo a brincar com ele.

— adivinha quem vem pra cá? — boris indaga, se sentando ao meu lado.

— quem?

— nossos amigos. — responde sorrindo.

— todos? — pergunto sorrindo.

— todos. — responde.

— eles sabem o que aconteceu? — pergunto baixo.

— ainda não, mas quando chegarem, eu conto. — me abraça de lado.

— eles vão ficar aonde quando chegarem?

— pelo que eu entendi, até acharem uma casa, vão ficar em um hotel.

— mas... eles vão conseguir achar uma casa tão fácil assim?

— aham, freddy conhece umas pessoas que trabalham com isso e... a maioria deles são maior de idade, eu diria que você é a caçula do grupo. — fala rindo.

— ei, eu faço dezoito ano que vem! — me defendo.

— e os que ainda não tem dezoito, vão fazer até o final do ano... — implica.

— vai se foder. — resmungo.

— só se for com você.



5K DE LEITURAS?
AAAAAAAAA MUITO OBRIGADA GENTE
EU AMO VOCÊS DEMAIS
gnt eu odiei esse capKKKK
talvez eu apague a

 middle of the night, boris pavlikovsky+youOnde histórias criam vida. Descubra agora