vinte e cinco

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boris

— o que tá acontecendo? — pergunto, quando um alarme começa a tocar.

— é o alarme de incêndio, todos pra fora! — o professor exclama.

todos nós pegamos nossas coisas, e saímos da sala.

ensinar corria pelos corredores, encontrei meus amigos.

— vocês viram a s/n? — pergunto preocupado.

— não! — respondem.

— que merda...

— ela já deve estar lá fora, fica tranquilo. — mike fala, me puxando para a saída.

eu não posso perde-lá, não pode acontecer nada com ela!

— s/n? — chamo seu nome, ao sair da escola.

olho para todos os lugares possíveis, mas não a encontro.

— ainda tem gente lá dentro! — escuto alguém falar.

fodeu...

olho para a escola, e vejo o fogo se espalhando cada vez mais.

— boris, onde você vai? — freddy pergunta, ao me ver andando em direção ao prédio em chamas.

— eu não posso ficar aqui! vou procurar a s/n.

— os bombeiros estão chegando, não se arrisca desse jeito. — theo fala.

— eu não vou deixar a única pessoa que eu amo nessa merda de mundo morrer! ninguém pode me impedir de salvá-la! — grito saindo dali.

escutei eles chamando meu nome, mas ignorei.

professores e funcionários tentaram me barrar, mas eu não deixei eles me pararem.

quando levei a gola da camisa até o nariz, escutei o caminhão de bombeiros chegando.

foda-se, eu vou atrás dela mesmo assim!

— você não pode entrar. — um homem tenta segurar meu braço, mas eu lhe dou um chute, fazendo ele me soltar.

entro correndo na escola, e começo a olhar para os lados.

começo a correr ainda mais, e quando viro para ir o outro corredor, vejo s/n apoiada na parede.

— s/n! — corro até ela.

— boris... sai daqui. — fala com dificuldade.

olho para seu corpo, e vejo sua barriga sangrando.

— que merda!

— alguém atirou em mim... deve ter sido a mesma pessoa que causou o incêndio... — fala com lágrimas nos olhos. — sai daqui, boris! — pede.

finjo que não escutei, e pego ela no colo.

— aguenta firme, meu amor, por favor. — peço chorando.

corro para fora do prédio, e encontro bombeiros e paramédicos ali.

— deita ela no chão! — alguém grita.

coloco a garota no chão com cuidado, e seguro sua mão.

— b-boris... segura isso. — me entrega a pulseira. — guarda com muito carinho, tá? — pede com os olhinhos cheios de lágrimas.

assinto chorando.

— você vai ficar bem. — falo quando vejo paramédicos se aproximando.

eles colocam s/n em uma maca.

— boris... eu te amo... — ela fala chorando. — nunca se esqueça disso, ok?

— eu também amo você! — aperto sua mão.

— precisamos de alguém para ir com ela até o hospital. — um homem fala.

— eu vou. — me aproximo dele.

— o que você é dela?

— namorado.

— ok, pode ir. — aponta para a ambulância.

vejo três pessoas colocando a maca que s/n estava dentro do veículo.

— se sente ali. — uma moça aponta para uma espécie de banco que tinha ali dentro.

faço o que ela mandou, e após me sentar, respiro fundo enquanto sinto as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

outros dois homens fecham as portas da ambulância, e o veículo começa a andar.

— sua namorada vai ficar bem. — um paramédico fala me olhando.

— tem certeza? — pergunto chorando.

— tenho sim, garoto... pode ficar tranquilo.

seguro a mão de s/n novamente, e dou um beijo ali.

eu espero que ela fique bem.




aiai eu odiei esse capítulo com todas as minhas forças
vcs gostaram???

 middle of the night, boris pavlikovsky+youOnde histórias criam vida. Descubra agora