sessenta e dois

2.2K 266 383
                                    

(gente, eu sou muito lerde e não organizei algumas coisas para essa história, mas esses últimos capítulos estão se passando em outubro, ok?)

boris

— o que nós podemos fazer? — s/n pergunta, após sairmos de casa.

— eu não sei, vamos só... andar pela cidade e aproveitar essa madrugada. — entrelaço nossos dedos.

começamos a andar pelas ruas de mãos dadas.

— o que você acha da gente comprar algum energético? eu estou começando a ficar com sono. — a garota ao meu lado sugere.

— pode ser. — começo a olhar em volta. — vamos ali. — aponto para um mercado que estava aberto.

— aberto vinte e quatro horas... vamos. — s/n me puxa para dentro do estabelecimento.

tinha algumas pessoas lá dentro e elas me encaravam de uma forma estranha... provavelmente por causa do meu rosto, que estava todo fodido.

mas eu não ligo.

fomos até a área de bebidas e compramos alguns energéticos.

— porque eu não trouxe uma mochila? — s/n resmunga.

— verdade... eu nem pensei nisso. — começo a andar até o caixa.

— o que dois adolescentes fazem fora de casa? — a moça do caixa indaga.

— não é da sua conta. — s/n revira os olhos e entrega o dinheiro.

— você é muito mal-educada, sabia? — a moça indaga, pegando o troco.

— e você intrometida. — minha namorada retruca, pega os energéticos e sai do estabelecimento ao meu lado. — mulher chata do caralho. — fala me fazendo rir.

pego um energético e abro a latinha.

— pra onde nós podemos ir agora? — s/n indaga.

— tem uma praça ali. — aponto. — vamos lá?

ela assente e nós começamos a andar até lá.

— isso aqui tá me lembrando aquela noite que você me desenhou... — fala após se sentar em um banco.

— é verdade. — sorrio, me lembrando daquele dia.

— que dia é hoje mesmo? — ela pergunta.

— vinte.

— de que mês?

— outubro.

caralho... passou tão rápido assim?

— porra... passou tão rápido. — ela suspira.

— verdade.

— eu nem tinha percebido... mas o povo já está enfeitando as casas. — aponta para uma casa qualquer, que tinha uns enfeites de bruxa na frente.

— eu adoro halloween. — tomo um gole de energético.

— eu também... — deita a cabeça em meu ombro. — o que você acha de nós sairmos dia trinta e um com nossos amigos?

— para pegar doces? já somos mais velhos...

— e daí? nós não precisamos pegar doces... mas só sair fantasiados por aí, vai ser legal, amor.

— e que fantasia nós vamos usar?

— não sei... eu tive essa ideia agora. — murmura. — a escola ainda está fechada e eu nem percebi que estávamos em outubro, aquele lugar é o único que me faz lembrar os dias direito. — ela da risada.

— será que tem alguma loja de fantasia aberta agora? — pergunto.

— é claro que não, se bocó. — dá um tapa em minha nuca. —
são quase duas e meia da manhã.

— e se tiver alguma?

— você tá me pedindo para andar até achar uma loja de fantasia? não era você que não queria se fantasiar?

— eu mudei de ideia... vamos, amor. — seguro sua mão.

— e vai ter uma loja de fantasia aberta agora?

— talvez... o povo dessa cidade é meio doido.

— eu to com preguiça de andar... — resmunga.

— sobe nas minhas costas então. — sugiro e me levanto.

s/n solta uma gargalhada.

— eu não acredito que nós vamos fazer isso...

s/n

— achei! — boris exclama.

— tá brincando? — ele me coloca no chão. — é sério que tem uma loja de fantasia aberta agora?

— vem, vamos entrar. — boris me puxa para dentro da loja.

— olá, em que posso ajudar? — uma moça aparece.

ela parecia feliz para quem estava trabalhando na madrugada de uma... pera aí, que dia da semana é hoje?

ah, foda-se!

— nós queremos ver fantasias. — meu namorado fala.

— alguma preferência? — a moça pergunta.

— não... — eu e boris respondemos.

— bom... como podem ver a loja está cheia de fantasias. — aponta para os lados sorrindo. — fiquem a vontade, qualquer coisa me chamem. — diz.

pelo menos essa mulher não vai ficar na nossa cola

— o que você acha dessa? — boris aponta para uma fantasia de batata frita.

— pra quem?

— você... seria legal te ver vestida de batata frita.

— porque eu usaria isso?

— porque você é gostosa. — pisca.

solto uma gargalhada.

— não foi dessa vez, tente novamente mais tarde. — dou duas batidinhas em seu ombro.

ele revira os olhos e volta a olhar as fantasias.

— e essa?

— eu não vou me vestir de anjo... muito sem graça.

— você é chata, puta merda.

— cala a boca, seu merda. — falo rindo.

até que essa madrugada não está sendo tão chata...



hello
gente, eu escrevi esse capítulo enquanto morria de cólicaK
então, me desculpem se tiver ficado ruim

 middle of the night, boris pavlikovsky+youOnde histórias criam vida. Descubra agora