setenta e seis

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>esse capítulo pode causar gatilho em algumas pessoas<

boris

acho que s/n viu percebeu que eu fiquei desconfortável ao falar do novo professor.

mas tem uma coisa que nem ela... e nem ninguém sabe. tirando eu, obviamente...

enfim, aquele cara é muito nojento...

flashback on

gente, eu vou no banheiro. — aviso meus amigos.

eles assentem e eu saio do refeitório.

quando passo em frente ao banheiro feminino, vejo uma garota saindo de lá assustada.

até tentei chamá-la, mas ela começou a correr.

franzi o cenho e voltei a andar até o banheiro masculino.

enquanto fazia xixi, escutei a porta abrindo.

eu estou no banheiro da escola... nem sempre vou estar sozinho.

após ajeitar minha calça, virei para a pia, para lavar as mãos e tomei um leve susto ao ver o novo professor ali.

— olá, boris. — me cumprimenta.

— como sabe meu nome?

— você é meu aluno.

— mas eu não me apresentei pra você.

— eu guardo o nome dos meus alunos mais especiais. — fala e eu reviro os olhos.

abro a torneira e pego um pouco de sabonete líquido.

enquanto lavo as mãos, sinto uma mão em minha cintura.

— se você contar isso para alguém, se considere um garoto morto. — gabe leva suas mãos sujas para a parte de baixo do meu suéter.

continuei lavando as mãos, tentando ignorar aquilo.

quando ele foi abaixar suas mãos, um zelador entrou no banheiro com vários materiais de limpeza.

o professor se afastou de mim rapidamente e saiu dali.

— você está bem? — o zelador coloca a mão em meu ombro. — parece distraído.

— estou bem sim, é só fome. — dou um sorriso falso.

o homem assente e pega alguns materiais de limpeza que estavam com ele.

seco minhas mãos saio daquele lugar.

flashback off

eu estou com um sentimento horrível... e tenho medo de falar isso para alguém.

eu preciso me distrair.

— vamos sair? — pergunto para s/n, que estava deitada em meu colo enquanto mexia no celular.

— pra onde? — me olha.

— qualquer lugar... eu só preciso me distrair. — murmuro.

— ei, o que aconteceu? — pergunta, com um semblante preocupado.

— eu só estou entediado, amor. — falo.

— bom, o draco tem que sair um pouco... a gente podia ir em um parque, o que você acha?

— pode ser. — sorrio.

— eu só vou colocar outra roupa, estou ficando com calor. — se levanta.

— tá bom, eu vou pegar as coisas do draco. — levanto do sofá.


— eu cansei de andar com ele. — falo ofegante.

s/n dá risada e segura a guia de draco.

o sorriso dessa garota é perfeito... só ela pra me fazer ficar bem.

— deixa que eu ando com ele agora, descansa um pouco. — aponta para um banco e sai dali junto com o cachorrinho.

me sento no banco e abro a garrafa de água que tinha trazido, tomando um gole do líquido, que agora não estava tão gelado.

— já? — questiono, ao ver s/n aparecer na minha frente.

— eu não andei direito com ele, mas eu vi um moço vendendo pipoca doce, você quer? — questiona.

— quero. — me levanto. — vamos lá.

— você não tava cansado?

— onde esse cara está? — ela aponta para um homem ao lado de uma árvore, ele não estava longe. — não é longe, eu vou com você. — seguro sua mão livre.

andamos até lá e pedimos dois saquinhos de pipoca.

— boris! que surpresa encontrar você aqui! — escuto uma voz conhecida.

olho para o lado e vejo gabe encarando eu e s/n.

— professor... — murmuro.

— ah, não precisa me chamar assim, não estamos na escola. — ele sorri. — quem é ela? — aponta para s/n.

— minha namorada.

— muito bonita. — ele praticamente comia s/n com os olhos.

senti s/n apertar minha mão e comecei a ficar com mais nojo daquele professor.

a garota usava uma regata, estava calor para caralho.

aquele filho da puta estava olhando os peitos dela!

— aqui. — o moço das pipocas me cutuca e entrega o que pedimos.

s/n agradecer, pega o dinheiro e entrega para o homem, que fala um "obrigado" e sai dali.

— bom, eu tenho que ir. — gabe tira o olhar de s/n e leva ele até mim. — até amanhã. — acena e sai dali.

— eu não fui com a cara dele. — minha namorada murmura, após ele sair de perto. — ele é nojento. — sussurra irritada.

— é mesmo. — concordo. — vem, vamos voltar para o banco. — falo.




mais um pq simK
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 middle of the night, boris pavlikovsky+youOnde histórias criam vida. Descubra agora