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Júlia Miller

Entrei no meu quarto e já tirei minha roupa para tomar banho, eu estava muito cansada do show. Meu celular começou a tocar, vi no visor e era o Payton.

– Oi? – Atendi.

– Preciso da sua ajuda.

– Em que? – Perguntei desconfiada.

– Posso ir ai na sua casa e te explicar?

– Por que? Já é quase meia noite.

– As melhores coisas acontecem à noite.

– O quê? – Fiquei confusa.

– Eu estava brincando, vou ir ai.

Antes que eu pudesse falar algo ele desligou na minha cara. Ele vai vir aqui então? Qual a necessidade?

Tomei um banho e coloquei pijama, desci as escadas e fui comer algo, por que estava com fome.

Meu primo estava jogado no sofá dormindo e Vinnie mexendo no celular.

– O que você está fazendo?

– Nada. – Ele se levantou. – Tô com fome.

– Come alguma coisa ai. – Comecei a preparar um sanduíche com nescau para mim.

– Onde tem prato? – Apontei para os armários.

– E você vai dormir aqui?

– Por que quer saber? – Ele cruzou os braços sorrindo de canto.

– A casa é minha. – Peguei minha xícara e comecei a preparar o meu nescau. Vinnie veio atrás de mim e pegou na minha cintura. – Ei. – Me virei assustada.

– Eu só vim pegar o prato. –
Ele disse e estendeu os braços até o armário, ele estava aproximando nossos rostos cada vez mais, e em minha defesa, eu estava escorada na pia, não tinha saída.

– Cheguei. – Ouvi uma voz e virei o rosto na direção que vinha, era Payton ele estava com um sorriso no rosto mas após nos olhar ele mudou de expressão na hora.

– Payton. – Empurrei Vinnie para o lado. – Tudo bem? – Fui até ele.

– Sim, eu estou bem. – Ele abaixou a cabeça.

– Payton, por favor. – Ergui seu rosto. – Não fica assim. – Coloquei alguns fios de cabelo para trás que caia sobre o seu rosto.

– Eu só... – Ele não encontrava palavras para falar. Peguei nas mãos dele e subi até meu quarto.

– E o seu pão? – Vinnie perguntou lá da cozinha.

– Pode comer. – Falei e tranquei a porta do meu quarto. – O que você queria?

– Você vai rir. – Ele se jogou na minha cama envergonhado.

– Claro que não, pode me falar. – Me senti na cama e observei ele.

– É que... – Payton tapou o rosto com as mãos. – Eu não consigo falar.

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