A Ilha 2

054 ツ

"Nem tudo que acontece em Vegas, fica em Vegas"

Júlia Miller

Eu mal conseguia abrir os olhos e o quarto estava escuro, nem me pergunte como eu cheguei aqui, por que eu também não lembro

Me espreguiçei ainda com os olhos fechados e senti alguém do meu lado, deve ser o Payton. A semana passou rápida e daqui alguns dias nós íamos voltar para Los Angeles

Me levantei da cama e fui até o banheiro, me olhei no espelho eu estava com cara de drogada, ontem à noite fomos em uma balada e eu bebi muito

Não me lembro de quase nada da noite anterior, exceto de eu ter caído de um palco, ou algo do tipo. E ter lembrado de várias coisas, segundo Avani eu recuperei a memória mas para mim parece que eu apenas acordei de um sonho

Fiquei sem reação quando vi um anel de ouro no meu dedo, puta merda! Eu não posso ter comprado isso?! Meus pais vão me matar

– Mas se bem que você é bonitinho. – Sorri para o anel, fodase meus pais, eles não vão surtar por causa de um anel caro, né?

Fiz minhas higiene e voltei até o quarto, Payton continuava dormindo igual uma pedra. Olhei pelo quarto e estava uma bagunça, a cama estava quebrada e tinha uma garrafa de bebida vazia no chão

Me fodi. Tinha um documento em cima da mesinha de centro. Nem preciso ler para saber que é o certificado de um casamento. Estava tão óbvio com o anel, como eu não pensei antes?

– Payton, acorda. – Me sentei na cama e comecei a balançar ele que estava ao meu lado. Ele murmurava e escondia seu rosto no travesseiro. – Levanta logo!

– Júlia?! – Ele perguntou confuso enquanto abria os olhos lentamente. – O que você está fazendo no meu quarto?

– Esqueceu que eu estou dormindo aqui a uma semana?

– Esqueci. – Ele sorriu. – Nem me lembro de ontem, tirando a parte de você gemendo no meu ouvido.

– Por que eu estou usando esse anel? – Mostrei minha mão para ele.

– Não! Cadê meu anel? – Ele começou a olhar para os seus dedos desesperado. – Porra, cadê? – Ele jogou os lençóis no chão. – E cadê o meu relógio?

– Ai que merda, eu não acredito!
– Comecei a chorar. – A gente se casou! – Mostrei aquele documento.

– O QUE? – Ele gritou quase caindo da cama.

– Olha o que está escrito no seu anel. O que a gente fez?

– Não, não é possível! – Ele negou desesperadamente. – A gente se lembraria.

– E o que é isso? – Joguei o documento com raiva na cara dele

– Ai Meu Deus, eu não sei! Eu não me lembro de nada! De nada! – Ele se culpava. – Eu não posso ter feito isso, quer dizer...

– Eu não quero estar casada. – Interrompi ele desesperada. – Meu pai vai me matar!

– Calma, Ju! – Ele disse puxando minha mão. – A gente pode resolver isso e ninguém vai saber. Quer dizer, um casamento em Vegas só vale em Vegas, né? Por favor, diz que sim. – Ele murmurou a ultima frase apertando seus olhos fechados.