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─ Téo, me solta! – Gritei com o pouco fôlego que ainda tinha

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─ Téo, me solta! – Gritei com o pouco fôlego que ainda tinha.

Ele afastou o rosto, mas não me soltou.

Seus olhos azuis estavam tomados por uma neblina assombrosa que me fez querer sair correndo.

─ Mas foi você que veio aqui... – Falou com a voz aveludada. ─ Pensei que queria me ver, Princesa.

─ Espera... Eu... Para, Téo! Caramba! – Lhe dei outro empurrão e consegui que ele afrouxasse os braços em torno de mim. ─ Eu só queria falar com você!

Téo se curvou e beijou meu pescoço deixando-o úmido.

Meu estômago deu uma cambalhota e precisei me esforçar para não gemer de desespero.

─ Amorzinho, vamos aproveitar um pouco e depois a gente conversa, tá? Eu estou precisando tanto de... – Uma de suas mãos desceu pelo meu quadril, contornou minha bunda e então ele apertou o lugar com força. Eu grunhi. ─ Eu fecho a garagem e a gente se diverte, o que acha?

─ A Lia está me esperando... – Pigarreei e empurrei sua mão. ─ Eu avisei que vinha aqui. Ela já, já aparece.

─ Não tem problema, ela pode se juntar a nós dois. – Cheirou meus cabelos e eu virei o rosto. ─ Eu dou conta das duas.

Eu sabia que gritar não ia adiantar por causa da música alta que reverberava ali e muito menos alguém ousaria se aproximar daquele lugar, principalmente porque todos sabiam o que acontecia naquela garagem fedorenta.

Apesar do desespero pulsante e do medo aterrorizante, repeti na minha cabeça que precisava agir com cautela, porque do jeito que Téo estava, ele faria qualquer coisa comigo, até me calar pra sempre.

Sem peso na consciência.

E o pavor de saber que ninguém me encontraria ali só cresceu e me afundou aos poucos.

Puxei o ar com força e engoli um bocado de fumaça do cigarro dele.

─ Faz assim... – Eu disse com um fiapo de voz trêmula. ─ Procura alguma coisa ali pra mim... Eu vou trancar a garagem. Que tal?

Téo sorriu satisfeito e beijou a minha boca, então afastou o rosto.

─ Então você vai ficar, Princesa?

Assenti.

─ Mas só se você for bonzinho comigo... – Mordi o canto da boca para não entregar o tremor que se apossava dos meus lábios. ─ Eu estou um pouco nervosa.

Seu dedo nojento acariciou meu rosto.

─ Vou ser bem bonzinho... – Gemeu. – Vou fazer do jeitinho que você vai adorar.

Fechei os olhos e engoli em seco.

Forcei um maldito sorriso.

─Vou fechar a garagem... – Empurrei seus braços devagar e ele foi me soltando, mas antes que eu fosse muito longe, ele me puxou de volta e me empurrou contra a parede, bem ao lado do balcão de ferramentas. Seu rosto estava perto demais. ─ Téo...

O Perfeito Topázio {Vol.2}Onde histórias criam vida. Descubra agora