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Penúltimo

Karol não pôde receber visitas imediatamente, mas não nos importamos em esperar até o dia seguinte para vê-la, quando finalmente, foi transferida para o quarto

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Karol não pôde receber visitas imediatamente, mas não nos importamos em esperar até o dia seguinte para vê-la, quando finalmente, foi transferida para o quarto.

Os pais dela entraram primeiro e logo depois foi a Lia; eu quis esperar, porque apesar do alvoroço que estava o meu peito, eu tinha que pensar no ponto em que chegamos, porque talvez, aquele tivesse que ser nosso adeus.

Eu quase a matei... Foi pelas minhas mãos que ela quase partiu, então, era o destino dizendo que não gostava de ser enganado, que estava atrás de sua revanche.

─ Perdão... Você é o Ruggero, correto?

Levantei a cabeça na mesma hora em que ouvi a voz feminina que pronunciava meu nome com tanta animação e, por um mísero segundo fiquei sem entender, então concordei.

─ Sim, sou eu. Algum problema?

─ Não. De jeito nenhum... – A mulher sorriu. Ela devia ter alguns anos a mais do que eu e carregava ao seu lado um menino. Ele sorriu pra mim também. ─ Eu vim trazer o Matteo para uma consulta e vi você. Meu Deus! E-eu... Eu sempre quis procurar por você.

─ Eu não estou...

─ Você salvou o meu filho! – Guinchou. ─ Graças a você o Matteo está vivo e está comigo e com o pai dele. Você, meu querido, nos devolveu a vida. Eu nunca poderei agradecer o bastante.

Fiquei momentaneamente paralisado até que as palavras começassem a fazer sentido dentro da minha cabeça perturbada.

Olhei para o garoto – Matteo – e pisquei os olhos, atônito.

Aquele dia, o acidente, era um borrão na minha memória e eu não me lembrava do rosto dele. Mas, naquele instante, foi como se eu o conhecesse de uma vida inteira.

─ Eu fico feliz! – Eu disse e era verdade.

Vê-lo ali, saudável, sorrindo... Aquilo me fez um bem que eu nunca poderia calcular.

Era maior do que eu mesmo.

─ Será que eu posso te dar um abraço? – A mãe dele perguntou, chorando.

Eu olhei pra ela e concordei vagamente.

Meu corpo estava rígido, mas quando seus braços maternais me abraçaram, eu devolvi o abraço.

Nunca imaginei que encontraria essas pessoas, tampouco fiz o que fiz para ter um agradecimento, até porque o Ruggero do passado não pensava em coisas sentimentais, entretanto, saber que eu tinha, de alguma forma, devolvido... Devolvido a vida daquelas pessoas. A razão de suas existências... Eu podia sentir no abraço daquela mulher uma força surreal e aos poucos fui desmoronando.

E-eu... Eu me sentia bem comigo mesmo.

Feliz.

─ Obrigado. – Falei emocionado.

O Perfeito Topázio {Vol.2}Onde histórias criam vida. Descubra agora