"Algo de que eu tinha certeza (...), sabia no fundo de meu peito vazio - era que o amor pode dar às pessoas o poder de despedaçar você. Eu fora irremediavelmente despedaçada." – Stephenie Meyer
Eu sabia que amar Ruggero poderia trazer consequências irreversíveis; eu sabia disso do topo da minha cabeça até as solas dos meus pés, estava irremediavelmente entranhada nos meus ossos essa certeza, entretanto, a dor que irradiava pelo meu corpo não diminuía nem um pouco.
Jorge me levou até a casa dele e me colocou sentada no sofá da sala. Ele parecia assustado com meus tremores e com o choro que não parava, mas eu não conseguia explicar nada, simplesmente porque não tinha explicação para aquilo tudo.
Eu só queria desaparecer.
─ Ei, eu vou buscar água pra você, ok? – Ele perguntou pausadamente como se eu não pudesse entendê-lo. ─ E também vou ligar para um médico amigo dos meus pais, porque a sua mão não pode ficar sangrando assim.
Talvez eu tenha balançado a cabeça assentindo, mas não tive certeza, por isso fiz um esforço para falar por entre as lágrimas e os soluços.
─ Obrigada...
─ Não precisa agradecer. – Jorge segurou minhas mãos nas suas sem se importar com o sangue. ─ Seus pais sabem que você saiu? Quer que eu ligue para avisar que você está aqui?
─ Não. – Pigarreei. – A mamãe vai ficar muito... Ela vai ficar muito assustada se me vê assim... Não, por favor, não.
─ Certo, mas, por favor, fica calma... Eu vou dizer que a minha mãe te convidou para tomar café da manhã conosco e que eu te levo para casa assim que acabarmos, pode ser? – Falou. ─ Eu digo que caminhamos um pouco e depois viemos pra cá.
Não dava para processar perfeitamente o que ele estava dizendo, mas de alguma maneira fez sentido.
Eu só não podia ir para casa naquele estado. Além do mais, Ruggero iria até lá, eu sabia.
─ Tudo bem. – Respondi.
Jorge foi para a cozinha e eu fiquei no sofá e tentei com todas as forças me controlar, mesmo que os pensamentos ficassem rodopiando pela minha cabeça em polvorosa; tudo ia e vinha sem pausas e sem pedir permissão, me acertando na boca do estômago com um soco forte.
Ruggero era e sempre seria o amor da minha vida e não havia remédio para isso, talvez nem morrendo isso acabasse, mas era doentio demais pensar que o nosso amor fizesse tanto mau.
Um amor fadado a tragédias.Meu amigo voltou rápido com uma toalha branca e a enrolou na minha mão para tentar estancar o sangramento, mas não parecia adiantar muito; depois Jorge me deu um copo de água com açúcar e se sentou na mesinha de centro que ficava de frente para o sofá onde eu estava.
Olhei em seus olhos e me arrependi profundamente por não poder amá-lo.
Seria tão mais fácil.
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O Perfeito Topázio {Vol.2}
FanfictionUm conto de amor que foi escrito pelas mãos sádicas da morte e que arrebatará seu coração, você queira ou não. . Karol ainda tenta com todas as forças acomodar o amor que sente por Ruggero em um lugar escuro e frio dentro de seu coração, mas todas a...