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─ Você não sabe com quem está se metendo, Novato

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─ Você não sabe com quem está se metendo, Novato... – Ele arfou tentando empurrar meu pé.

Pisei com mais força.

─ Resposta errada.

─ Eu vou gritar e vou mandar chamar a polícia...

Eu tive que rir.

Tirei o pé de cima da barriga dele e dei espaço para que ele se levantasse, mas foi apenas estratégia, porque assim que ele conseguiu ficar de pé, agarrei a gola de sua roupa e puxei-o para perto.

Cara a cara.

Eu queria com todas as forças matá-lo.

Poderia fazer isso...

─ Se a polícia vier... – comecei devagar. – Caso ela apareça aqui... Quem será que está mais fodido de nós dois?

Ele grunhiu fincando as unhas na minha mão para que eu o soltasse.

─ Eu tenho dinheiro.

Arqueei uma sobrancelha.

─ E eu tenho a porra do tempo suficiente para acabar com a merda da sua vida... – Cheguei mais perto com a raiva me fazendo tremer. ─ Então... Segunda chance; que caralho você tem haver com a Karol?

Teodoro riu por trás dos lábios ressecados e relaxou os braços, me encarando com desdém.

─ O que eu tenho com a minha Princesa? – Suspirou. – Bom, eu tenho coisas que ela gosta muito. Isso eu garanto.

Fechei meus dedos com mais força em volta do tecido da gola da camisa dele, fazendo-o arquejar, mas não desfazer o riso sombrio.

─ Fala de uma vez. – Exigi entre dentes.

─ Só se você me soltar, Novato.

Encarei a profundeza obscura de seus olhos azuis e só vi tudo de pior. Exatamente o que eu via nos olhos do meu pai e, um tempo depois, nos meus próprios olhos.
O olhar de quem não tem nada a perder e, mesmo se tivesse, ainda faria tudo errado pelo bel prazer de sentir a adrenalina do perigo correndo nas veias.

Soltei-o bruscamente e ele se afastou alisando a gola da camisa.

Pousei as mãos na cintura e apontei o dedo em riste pra ele.

─ Fala!

Estar ciente de que pessoas andavam por ali e que provavelmente estavam nos olhando com suas curiosidades sinistras só me impulsionava a continuar.
Eu realmente não me importava mais com isso; não depois de todas as merdas que eu já tinha passado e sofrido pela opinião dos outros.

Como falei antes, eu não tinha nada mais a perder.

─ Eu não sei o que você quer saber exatamente... – Cantarolou enfiando as mãos nos bolsos despreocupadamente. ─ A Karol e eu... Quer dizer... – Abriu um sorriso nojento que me corroeu o resto dos escrúpulos que eu ainda tinha. ─ Ela apenas aproveita o que eu posso oferecer, sabe? Nós somos uma boa dupla.

O Perfeito Topázio {Vol.2}Onde histórias criam vida. Descubra agora