42

435 60 157
                                    

─ Eu converso com você, mas antes solte a minha avó

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

─ Eu converso com você, mas antes solte a minha avó. – Apontei com o queixo dolorido para onde Vó Amélia estava e Teodoro olhou pra ela também.

─ Ah doce Amélia... – Cantarolou. – Eu gosto dela, sabia? É uma senhora gentil. Adorável. Bom, logo se vê que você não puxou nada dela.

─ Solte-a. – Rosnei.

─ Para que você não saia dizendo que eu sou um péssimo anfitrião, eu vou deixar a Vovó ir, mas só ela, ok? Entenda que você é minha garantia no momento.

Franzi a testa.

─ Que porra de garantia?

─ Ué, se você está aqui, logo a Princesa vai estar também. – Teodoro suspirou pesadamente e riu. ─ Você é bonitinho, mas eu prefiro a Karol, então se eu chamei você até aqui, é porque eu a quero.

Eu quase deixei escapar um sorrisinho.
Karol já estava bem longe; Jorge a levaria embora de Bela Rosa e tia Amélia se salvaria. Tudo ficaria bem no fim das contas.

Mas Teodoro não precisava saber disso.

─ Não pode tocar nela! – Tentei ficar de pé, mas me empurraram pra baixo de novo.

─ Ai que você se engana... – Ele rebateu sem nenhuma preocupação. ─ Ela não te contou o que me ofereceu em troca de... Bom, de um tempo a mais para o pagamento da dívida?

─ Cala a...

─ Ela se deu como garantia. – Seu riso nojento retumbou dentro da minha cabeça. ─ A Karol é minha. Quer dizer, em todos os sentidos, entendeu? Ela é meu passaporte pra sair da merda desse país e, claro, vai aliviar minhas tensões, se é que me entende.

Meu estômago se revirou e precisei me esforçar para não explanar o nojo visceral que engolia minhas entranhas.

─ Ela jamais será sua.

─ Ela já é. – A satisfação plena em sua voz me fez titubear, mas Karol estava longe. Tinha que estar. ─ Ela se meteu comigo porque quis... Quer dizer... Não foi exatamente ela que veio até a mim, mas a ajuda da Bianca fui sutil nesse caso.

Bianca?

─ O que você está querendo dizer?

─ Ah... Ops! Acho que falei... Bom, se eu já comecei, né...

─ Fala logo, seu desgraçado! – Esbravejei, porém isso só serviu para retorcerem meus braços com mais força.

A dor era enorme, mas eu suportaria. Eu tinha que suportar.

─ Lima, desamarra a Vovó e leva ela de volta... – Teodoro ordenou para o capanga que estava com a arma na minha nuca. ─ E desamarra também a outra... Como é mesmo o nome dela? Ah, a dona do cabaré. – Ele olhou pra mim. – Elas estavam juntas, mas eu só pretendia trazer uma delas, então a outra ficou amarrada na sua sala. Espero que não se incomode.

O Perfeito Topázio {Vol.2}Onde histórias criam vida. Descubra agora