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Quando mamãe voltou com o nosso lanche e entregou tudo a Ruggero, eu subi para ir trocar de roupa, mesmo achando tudo aquilo uma completa loucura

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Quando mamãe voltou com o nosso lanche e entregou tudo a Ruggero, eu subi para ir trocar de roupa, mesmo achando tudo aquilo uma completa loucura.
Onde o juízo daquele garoto estava? Ou melhor, onde o meu juízo estava?

Se bem que eu duvidava que ainda tivesse algum tipo de responsabilidade dentro da minha cabeça maluca.

Eu não vesti calça, porque sinceramente estava fazendo calor demais, então optei por um short jeans e uma blusa de alcinhas finas; algo que eu pudesse me sentir bem e não sufocada.
Depois prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto e mesmo parando em frente a minha penteadeira, não pus maquiagem.

Mesmo que a cicatriz me incomodasse, eu não estava com vontade de escondê-la.

Quando apareci no topo da escada, Ruggero levantou a cabeça como se um fio invisível nos conectasse e primeiramente ele sorriu, mas ao ver os meus trajes, Ruggero esboçou uma carranca contrariada.

Ele tinha retirado a jaqueta e a blusa cinza estava muito justa ao corpo dele.

Precisei desviar o olhar.

─ Nem adianta teimar. – Falei logo.

Eu tinha calçado meus tênis de corrida e já me arrependia, porque chinelos pareciam mais adequados.

─ Joelheiras, pelo menos? – Arqueou uma sobrancelha.

Neguei.

─ Eu vou aprender a andar de moto e não a jogar futebol americano, Ruggero.

─ E você ouviu quando eu falei para a sua mãe que te traria sã e salva? Do jeito que você é, precisaria até de um protetor bucal.

─ Não vou quebrar os dentes. – Retruquei com mau humor.

Sim, eu tinha tanta coordenação quanto um carro desgovernado, mas não daria o gostinho da razão a ele.

─ Karol...

─ Ruggero, não começa. – Me antecipei e peguei a sacola com os nossos lanches. ─ Mamãe preparou sanduíches? Bom, pelo menos não foi o macarrão ruim.

Apesar de contrariado, ele sorriu.

─ Eu gostaria de provar desse macarrão ruim.

Olhei para ele com uma sensação gostosa no peito.

Antes, no último sonho que passamos juntos, ele havia dito que queria provar do macarrão ruim da mamãe, que queria... que queria muitas coisas comigo.
Tínhamos nossos planos tão selados que me custava acreditar que o vento tivesse levado tudo consigo.

─ Me abraça? – Pedi com os olhos empoçados.

Aquela maldita ansiedade estava me deixando tão emotiva que eu me odiava, mas ao mesmo tempo só conseguia pensar em como seria bom estar nos braços dele.

O Perfeito Topázio {Vol.2}Onde histórias criam vida. Descubra agora