Fúria

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[°°°]

| Londres

Terminei de comer e dei um gole em meu chocolate quente, olhei em volta e fiquei observando a maneira como as pessoas interagiam umas com as outras, até meu olhar parar insistente num casal de jovens que exalavam amor junto da filha pequena, entre os cinco meses ou mais.

Logo um nó se formou em minha garganta e automaticamente me lembrei do khalil, porém, ao invés de chorar eu sorri fraco para disfarçar a dor que senti naquele exato momento e meus devaneios foram tirados pela Kathleen.

_ Vou ao banheiro rapidinho e quando voltar podemos ir, está bem? _ Falou e eu a olhei perdida e em silêncio.

_ Tudo bem, nós esperamos! _ Falou Christian e ela se levantou indo_ Você está bem? _ Perguntou olhando para mim e eu me virei para ele.

_ Estou, porquê? _ Perguntei disfarçando e ele ficou seus olhos nos meus e com delicadeza segurou minha mão sobre a mesa então olhei para aquele contacto.

_ Não quero que fique triste, prefiro te ver sorrindo ainda que não seja por minha causa ou para mim! _ Falou com ternura e eu o olhei.

Lentamente fui tirando minha mão e perdi seu toque em mim. Me remexi desconfortável na cadeira e olhei em volta, de certa forma era constrangedor, era como se o khalil ainda estivesse vivo e nos observando com decepção por eu estar com ele.

_ Por favor, não faça isso de novo! _ Falei o olhando e ele me olhou confuso.

_ Jessie, um mero toque não faz de você a pior pessoa do mundo, por que se prende tanto, por acaso tem medo do espírito do khalil durante a noite vindo cobrar alguma coisa? _ Falou e eu o olhei irritada.

Era impressionante como ele pesava o ar com seus comentários estúpidos, fechei os olhos buscando paciência e quando a Kathleen surgiu eu logo me coloquei em pé pegando minha bolsa e saí adiantando, deixando a Kathleen confusa.
Cheguei perto do carro e abracei meu corpo os esperando para que eu possa subir. Tão logo eles se aproximaram e o Christian abriu o carro, Kathleen subiu e quando eu ia fazer o mesmo, ele me puxou pelo braço sem fazer força e praticamente me obrigou a ir para um canto com ele.

_ Me solta, estás louco? _ Falei indignada puxando meu braço e ele me encurralou entre ele e a parede_ Me deixe passar, pára com essa merda! _ Falei já impaciente e tentei empurra-lo.

Ele me segurou pelos pulsos e me fez olhá-lo com atenção, tentou tocar meu rosto e eu não deixei voltando a relutar e ele me empurrou com cuidado contra a parede e me imobilizou.

_ Não precisava se aborrecer, eu estava brincando, caramba! _ Falou e suspirou_ Desculpa, me desculpa está bem? _ Falou manso olhando em meus olhos.

Eu fiquei em silêncio e olhei para o lado, ele não tirou os olhos de mim talvez esperando uma resposta, mas quando viu que eu não dizia nada ele suspirou e me soltou me dando espaço.
O olhei por um tempo e vi a tristeza em seu rosto, não era fria o suficiente para deixá-lo dessa forma.

_ Eu desculpo, mas não voltes a fazê-lo! _ Falei calmamente e ele sorriu feito criança para mim.

Voltamos para o carro e eu entrei, Kathleen desceu do banco de frente e veio se sentar atrás comigo fixando seu olhar confuso em mim, Christian logo deu partida.

E no último suspiro... 3° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora