As Aventuras De Thyri

5. Tomando Uma Atitude

Havia amanhecido quando eu saí para esticar as asas e aproveitei para passar na enseada, onde Soluço tinha acabado de chegar. Me sento no chão do lado do Fúria da Noite.

— Banguela! — Ele chama — Seu café da manhã, está servido! — Ele coloca um cesto de palha cheio de peixes no chão. Não sei se estou impressionada que ele tenha carregado isso até aqui, ou se fico indignada pelo nome de um dragão tão poderoso ser "Banguela".

— Banguela? — Indago.

— É melhor do que chamar ele de Dragão. — Ele dá de ombros e volta a falar com o... Banguela — Está com fominha? — Ele derruba o cesto, deixando os peixes crus caírem — É, isso é nojento... Então, eu trouxe salmão, um bacalhauzinho da Noruega e enguia defumada, que tal? — Banguela rosna ao farejar a enguia.

— Enguia?! Você é louco? — Me aproximo para tirar a enguia do cesto, mas meu corpo se contrai ao chegar perto. Acabo me transformando em dragão por um segundo — Argh! — Eu encaro as minhas mãos.

— Entendi, enguia ruim! — Soluço a joga para longe — Você está bem? — Ele pergunta indo para a cauda do dragão, enquanto a criatura se deliciava com os peixes.

— Estou... — Eu continuo olhando para as minhas mãos — Desde que cheguei em Berk, a maldição falha, como se o meu dragão interior voasse para longe sempre que eu precisasse. — Me sento.

Soluço não fala nada, apenas continua tentando colocar a prótese. O garoto sentou em cima da cauda de Banguela e prende a asa nela. O dragão se remexeu, sentindo a prótese mecânica. Lentamente ele começa a abrir as asas, se aprontando para levantar vôo.

— Oh-Oh. — Deixo escapar.

— Ah, legal, acho que não ficou ruim não — Soluço julga a própria criação, então o dragão levanta vôo, com o garoto ainda segurando em sua cauda — AAAAH! — Berrou ele, longe do chão.

Tento me transformar para ajudá-lo mas não consigo, resmungo um: Droga! Enquanto corro atrás deles.

— Não, Não, Não!

Ele gritava, enquanto Banguela começava a perder altitude, por sorte, o garoto é rápido em abrir a cauda mecânica, fazendo assim com que o dragão conseguisse voar.

— ISSO! — Comemoro do chão, observando eles voarem.

— É! É! CONSEGUI! — Comemorou Soluço, enquanto Banguela voava baixo pelo lago.

O dragão olhou para trás, percebendo o intruso em sua cauda, então o jogou para longe e acabando por cair no lago, pois a peça mecânica fechou. Os dois caíram no água, e Soluço ainda comemorou com um: É!

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Estavamos novamente na arena, parece que eles treinariam com um Zíper-Arrepiante. Sim, eles, não nós. Estou no teto de correntes da arena, tentando me transformar enquanto me certificava que Soluço não acabaria morto.

— A aula de hoje é sobre trabalho em equipe. — A porta da jaula explode, sendo assim, aberta, espalhando poeira e fumaça para todo lado — Um dragão com a cabeça molhada não consegue soltar fogo. O Zíper-Arrepiante é esperto demais. Uma cabeça solta gás, e a outra acende a faísca, vocês precisam descobrir qual é qual — Bocão sumiu no meio da poeira que a explosão causara.

— Dentes serrilhados que injetam veneno para a pré-digestão. — Começa Perna-de-Peixe — Prefere fazer emboscadas e esmaga as vítimas... — Ele é interrompido pela sua dupla, Soluço.