10. Dragonbloods

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Eu acordo com um Terror Terrível lambendo meu rosto. Empurro o pequeno ser com um chute de minha pata, espere... PATAS?!

Me levanto rapidamente e encaro minhas garras, tento me transformar em humana mas não funciona, estou nervosa demais para ter controle do meu corpo.

Olho em volta e fico de queixo caído, estou dentro da maior montanha da ilha, ela é totalmente oca por dentro. Existe andares acima de mim que só podem ser acessados voando. Vejo Nilo ao longe nadando em um lago. Vários dragões estão a minha volta, se aproximam curiosos metendo os focinhos em minhas asas. Me remexo e dou tapas nas faces de muitos, até que um rugido alto é soado, fazendo até minha alma se estremecer.

— SE AFASTEM! — Mandou uma Morte Rubra que se aproximava, e se transformando devagar em humana.

Ela prende seu cabelo marrom-avermelhado em um rabo de cavalo, em seguida colocando as mãos na cintura, seus olhos são um tom de rosa. A mulher usa um vestido azul quase branco enfeitado por alguns detalhes em dourado.

— Não sabe por quanto tempo eu te esperei, Thyri.

Ela faz um movimento com as mãos e eu volta a minha forma normal, assim como os dragões à minha volta.

— Mas o que... — Eu olho para a mulher — Como sabe meu nome? Quem é você? Ou melhor, quem são vocês?

— Meu nome é Ágda, eu sou a Rainha do Ninho. — Ela me lança um breve sorriso e dá as costas, eu a sigo — E nós somos os Dragonbloods. A maioria de nós foi enfeitiçada por bruxas e magos, a menoria é o fruto do amor de nossa espécie. — Passamos por uma mini floresta, onde ovos de Transformasa estão postos nos galhos de pinheiro — Aqui é um refúgio, um santuário, um templo — Ela se vira para mim, com um sorriso orgulhoso —, nossa casa. É claro que isso não seria possível sem a ajuda de Jadis.

Os dragões começam a voar até o topo do lugar e descer, batendo as asas como se dançassem, os rugidos eram como uma canção.

— Jadis? — Eu indaguei, mas Ágda somente me ignorou.

— Aqui não somos vikings, aqui nós somos as criaturas mais puras do universo: — Ela se transforma devagar, dando tempo para que todos saiam do caminho, eu me transformo junto — DRAGÕES!

Eu sou puxada pelos Dragonbloods. Eles me colocaram no meio da roda no ar e continuaram a dançar a minha volta.

Todos felizes.

Era tudo perfeito.

— Gostaria de se juntar a nós? per jadis. — Perguntou Ágdar.

A última frase eu não consegui decifrar, já que estava em uma língua que eu desconhecia.

— Olha... Aqui é realmente muito bonito, mas, não vou ficar, vou ir embora com meu amigo, o Nilo — Eu aponto para o Pesadelo Monstruoso no lago.

— Oh, querida, ele já aceitou ficar conosco. — Ágdar conta, eu quase caio no vôo por conta da surpresa — Então, eu te pergunto mais uma vez: Gostaria de se juntar a nós?

Suas pupilas se alongaram, e uma dor de cabeça me atingiu, minha boca se moveu sem minha permissão.

— Sim, minha rainha.

Ela me controlava.

— Fico feliz em ouvir isso de você, Thyri. Sabe, serei muito bem recompensada quando Jadis voltar e você estiver presa.

Ágda continha um sorriso sádico no rosto.

Ela nos transformou em vikings novamente, me levou até uma escavação na parede da montanha, era como uma jaula, uma alavanca a abria. Ágdar mandou que os dragões se afastassem dali. Agora percebo que eles não a obedecem por lealdade e sim por medo. Ela têm um brilho tenebroso nos olhos agora.

As Aventuras De Thyri Onde histórias criam vida. Descubra agora