18. Para Dançar e Sonhar

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P.O.V. Nilo

Drago havia decido que nos jogaria na água fria. Pois é, simples assim. Eu pensei que ele nos torturaria até que implorássemos para que ele acabasse com nossas vidas de uma vez.

— Deixa eu adivinhar, se eu pular nessa água congelante eu vou morrer afogado. — Durão sussurrou.

— Ou de hipotermia — Observo —, deve ser refrescante. — Brinco, chegando na beira da grande e larga prancha na qual cabia todos nós.

— Por favor, primeiro as damas. — Eret lança um sorriso ladino para Astrid, a garota precisava de dois Caçadores de Dragão para a segurar.

— Você é um monte de estrume de dragão! — Ela o xingou.

Vou aderir, penso.

Eret a olhou de cima abaixo e depois juntou suas sobrancelhas, pedindo nem um pouco educadamente:

— ABAIXA! — Ela o fez. Eret deu um giro e chutou a face dos Caçadores que a seguravam, em seguida, pegou uma de suas lanças e cortou as próprias cordas.

— Detona eles, filho de Eret — Quente praticamente comia o homem com os olhos.

Ele se abaixou fazendo com que o Caçador com a zarabatana acertasse um de seus aliados. Em seguida, ele pegou a arma do Caçador, que agora começou a correr, mas nem por isso escapou do dardo de Eret que foi certeiro em seu pescoço.

— Opa... — Quente pareceu pensar um pouco antes de sair pulando até Eret — Tá legal me conquistou de novo!

Melequento fez carinha de cachorro abandonado. Cabeça-Dura se virou para ele.

— Que patético... Pula no mar!

— Então, vamos salvar seus dragões e sair daqui ou não? — Perguntou Eret. Astrid grunhiu em resposta, feliz por ter mudado a forma de pensar do Caçador — Chequem as armadilhas, eles estão em algum lugar.

O navio era imenso, porém acabei achando a Dente-de-Anzol facilmente. Ele estava amedrontado e fraco demais para tentar se defender, estava escuro então ele não soube quem eu era até escutar minha voz.

— Está tudo bem, Dentinho. — Vou até ele, tocando em seu focinho. O dragão suspirou aliviado. Solto as correntes que o prendem — Vá achar o Melequento. — Peço, e ele não perde tempo em sair dali.

P.O.V. Thyri

Eu estava dormindo, mas ainda meio acordada. Escutei a voz de Soluço ao longe, conversando com animação.

Bocão jogou um copo de água em mim.

— QUAL É! — Me levanto, assustada — Não podia só ter me chacoalhado?! — Pergunto.

— Eu fiz isso! — Ele cruza os braços, deixando o copo no chão — Pensei que estava morta.

— Não se preocupe, Bocão. Não vai se livrar de mim tão fácil.

Eu passei as mãos pelo rosto, para retirar o excesso de água.

— Thyri, nos ajude aqui por favor. — Valka pede. Soluço me entregou umas tigelas e eu as posiciono nos pequenos bancos em que sentaríamos.

Estávamos em um tipo de cozinha dentro da geleira. Havia balcões de pedra, e utensílios de cozinha pendurados.

— Mãe, você não vai nem reconhecer! — Garantiu Soluço — No lugar onde fazíamos armas agora fazemos selas, jiboias para asas. Nós até tratamos os dentes dos dragões! — Ele pega alguns peixes de um cesto, o qual Banguela tentou furtar — Você não vai acreditar quando for lá.

As Aventuras De Thyri Onde histórias criam vida. Descubra agora