17. Reencontro

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P.O.V. Nilo

Eret nos levou até uma ilha não tão distante. Tempestade o jogou na neve
Ele tentou correr mas a dragão pousou em cima, como se fosse uma galinha chocando o seu ovo.

— 'Tá bom, eu te trouxe até aqui, agora tira esse coisa de mim. — Ele pede.

— Nunca tire um brinquedo de um dragão. Você não conhece nada? — Pergunta a loira. Agora que já havia descido da sela, ela deu as costas e começou a andar até o suposto acampamento de Drago Sangue-Bravo.

— O que eu fiz para merecer isso? — O Caçador faz uma pergunta retórica, depois de ser engolido pela neve e pelas asas de Tempestade.

Subimos o penhasco. Chegando na beirada avistamos vários navios de caçadores de dragões.

Algo respirava debaixo d'água, dava para ver as bolhas de ar emergindo do fundo. Perna-de-Peixe rapidamente pegou suas cartas com as espécies de dragões e passou os olhos por elas, tentando descobrir o que seria aquilo embaixo da água.

— Bolha gigante... Diâmetro... Pulmões imensos... Habitante de água fria... — Murmura Perna, pensando consigo mesmo — Acho que é um Leviatã classe 5 ou talvez classe 6. — Ele compartilha seus pensamentos com o grupo.

De repente meus ouvidos captam movimento atrás de nós. Não era Tempestade ou Eret.

Isso cheirava a problema.

— Estão escutando isso? — Questiono.

— O demônio alado finalmente ficou louco — Brincou Cabeça-Dura.

— Igual a gente! — Cabeça-Quente completou, estendendo sua mão no alto para fazer um hi-five, porém eu a ignoro.

Tempestade se levanta e sai voando até nós, revelando que Eret estava segurando sua adaga, pronto para atacar seja lá quem estivesse do lado de fora de seu casulo. Outros homens surgiram da neve, camuflados com suas capas de pele de urso polar. Assopraram suas zarabatanas, disparando dardos e acertando todos os dragões, exceto Tempestade, que voou para longe à tempo.

Corremos até os dragões para ajudá-los, mas fomos cercados. Perna-de-Peixe levantou suas mãos, deixando suas cartas caírem sobre a neve branca.

Fomos amarrados e levados até o maior navio, onde presumi que Drago está.

— Drago! — Eret o chama. O homem com uma capa de pele de dragão que cobria apenas um de seus braço se virou, ele têm o cabelo no mesmo estilo do de Cabeça-Dura, dread lock. Seu rosto é coberto por cicatrizes — É sempre bom ver você, meu amigo. Está se aquecendo aqui?

Dragões com armaduras levavam Dente-de-Anzol em uma estrutura de madeira. Ele estava preso por inúmeras cordas que pareciam apertadas.

— Bom, como pode ver eu cheguei bem a tempo com uma nova leva de dragões — Eret foi ameaçado pela espada de um dos Caçadores —, como prometido.

Dente-de-Anzol tentou se soltar, porém sem sucesso.

— Soltem as cordas. — Drago mandou, andando até o Pesadelo Monstruoso.

O homem exalava maldade enquanto andava, com um sorriso perverso no canto de seus lábios. O dragão o olhou nos olhos antes de soltar fogo pela sua boca. Drago foi mais rápido e se cobriu com a capa. Dente-de-Anzol rugiu para ele, recebendo um grito do homem em resposta. Drago girou seu cajado no ar depois bateu-o no chão com força, assustando o Pesadelo. O dragão abaixou a cabeça deixando seu focinho ser pisado por Drago Sangue-Bravo.

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