23. Casamento?...

3K 238 10
                                    

Fomos todos em direção ao Grande Salão após guardarmos nossas armaduras.

Bjorn, o garotinho, me atingiu na entrada com um abraço caloroso. Ele perdeu seus pais no ataque de Drago, desde então ele me considera como... Uma amiga?

Só sei que eu adoro esse garotinho.

Eu baguncei o seu cabelo enquanto entrava no Grande Salão.

— Vocês têm que parar com essa mania de trazer esses dragões para cá — Bocão reclamou enquanto eu desviava de um terror terrível — Estão querendo confusão é?

Soluço coloca a mão na minha frente, impedindo que eu desse alguns passos e fosse atropelada por um viking que acabou de ter sua comida roubada

— Aqueles caçadores estão cada vez mais perto — Bocão levantou a cauda de um dragão para que passássemos.

— A gente dá um jeito, temos os Alfas. — Soluço aponta para mim e Banguela. Faço uma reverência desengonçada — Já viu como o pessoal está feliz? — Olho para o lado e vejo Valka e Gosmento, pai de Melequento, numa quebra de braços. Spoiler: Valka venceu — Bocão, relaxa! Olha aí, é a primeira civilização de dragões e vikings que convivem em paz, é um sonho que se tornou realidade!

— Só se for o seu! — Bocão diz enquanto nos aproximávamos do caldeirão de sopa — O meu é menos tumultuado e... — Ele é interrompido pelo Papa-Tudo que emergiu de dentro do caldeirão — AH! — Gritou — E mais higiênico! — Ele cheira a sopa que o viking ofereceu e recusa.

— Bocão, você deveria parar de ficar reclamando, no fundo você adora eles — Me sirvo com a sopa. Banguela se apoiou no caldeirão, fazendo seu trabalho como Alfa e expulsandio o Papa-Tudo da comida.

Me sento na mesa ao lado de Soluço, onde ocorre uma guerra de comida, porém, Bocão se enfiou entre nós dois. Lhe lancei um olhar de tédio.

— Essa não devia ser a geração que iria nos guiar para o futuro?! — Bocão tacou seu prato na mesa, no mesmo instante um purê foi acertado em seu rosto. Ele o limpa — Ah, pelos deuses! Têm que parar de se preocupar com os problemas lá fora — Bocão me puxa com seu braço quando eu ia tomar a sopa (detalhe: Bocão usa sua prótese de colher no lugar no sUa prótese de mão usual) — e se preocupar com os problemas bem aqui! — Ele puxou Soluço com o outro braço.

— Está bem, está bem! Eu juro que vou pensar — A voz de Soluço estava abafada, já que seu rosto estava afundado na barriga do homem. Eu cutuquei a pança enorme de Bocão.

Parem com essa história de dragão e se casem! — Bocão pede.

— Que? — Soluço e eu perguntamos em uníssono.

Todos, repito, TODOS presentes ali na mesa pararam com o que faziam e ficaram imóveis, incluindo eu.

Digo, me casar? Agora?

Eu senti meu coração acelerar de nervosismo. Me casar... Me entregar para Soluço... Eu nunca havia parado para pensar melhor nesse assunto.

— Pegou pesado — Cabeça-Dura fechou a cara.

— Nojento, mas eu topava. — Quente deu de ombros e jogou o pote de purê no rosto de seu irmão.

Eu tentava a todo custo me desvencilhar do braço de Bocão.

Eu amava Soluço, mas não estava pronta para um passo maior do que a minha perna.

— Para governar como um casal real de verdade. — Bocão aperta mais o Soluço, estralando-o — Casa com ele vai. — Pediu para mim — Você é a única que têm um pouco de juízo por aqui, com você mandando nele ainda há esperança!

As Aventuras De Thyri Onde histórias criam vida. Descubra agora