12. Fumaça

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Berk, o lugar que eu tenho orgulho de chamar de casa. É o lugar mais escondido desta parte do...

Enfim, de qualquer parte.

Acredite, essa pilha de rochas molhadas guarda algumas surpresas especiais. A vida aqui é incrível, mas não para os fracos de coração, porque diferente dos outros que se divertem fazendo entalhes ou tapeçarias, a gente daqui de Berk prefere uma coisinha chamada: Corrida de Dragões.

Eu estou nas arquibancadas ao lado de Stoico, O Imenso, observando atentamente os competidores. Todos eles estão com os rostos pintados com tintas. Batatão, a Gronckel de Perna-de-Peixe, agarrou a ovelha com a lã pintada de alvo. Infelizmente, eles não ficam com o animal por muito tempo, pois Melequento e Dente-de-Anzol, o Pesadelo Monstruoso, se chocam com Batatão, a fazendo soltar a ovelha e possibilitando que Meleca a pegasse.

— Foi mal, Perna-de-Peixe! Era isso aqui que você queria?

Ele provocou o loiro, que infla as bochechas e faz uma cara emburrada. Melequento puxa os chifres de seu dragão, fazendo com que ele vá mais lento para poder se aproximar de Vômito e Arroto, o Zíper-Arrepiante dos gêmeos.

— Toma aí, gata. — Ele entrega a ovelha para Quente — Já te falei que você está demais? Estou falando sério!

— Ugh... — A gêmea dá dois tapinhas no pescoço da cabeça em que está montada — Anda Vômito, o negócio está fedendo por aqui.

A boca do dragão se abre e começa a sair um gás verde.

— Ela te odeia! — Cabeça-Dura ficou entre Quente e Melequento, assentindo freneticamente — DETONA GERAL, ARROTO!

O dragão soltou faíscas com seus dentes, fazendo uma explosão próxima a Melequento e seu Pesadelo. Os gêmeos jogam a ovelha na cesta com o símbolo de seu dragão.

— AHÁ! Nove pontos para os gêmeos! — Grita Stoico, comemorando — Astrid segue atrás com três, Perna-de-Peixe e Melequento estão na lanterna com zero, e Soluço está... zanzando por aí.

— Como sempre, se me permite. — Eu confesso, me inclinado para trás.

— Você assustou o garoto com aquele papo não foi, Stoico? — Perguntou Bocão ao meu lado. Franzo as sobrancelhas, voltando a prestar atenção no jogo.

Astrid se pendura em Tempestade e dá um tapa na orelha de Melequento, voltando para a sela de sua dragão.

— O quê que você está fazendo, Melequento? Agora eles vão vencer! — Resmungou a garota.

— Ela é minha princesa, o que ela quiser ela vai ter. — Ele responde simplesmente.

— Cabeça-Quente? Ela não tentou enterrar você vivo? — Ela o lembra, indignada.

— Ah, foi só por umas horinhas! — Ele dá de ombros.

Os dragões costumavam ser um problema para os Berkianos, mas isso foi à 5 anos, agora eles se mudaram para cá. E também, por que não mudariam? Temos estábulos maravilhosos, comida de graça à vontade, serviço de limpeza de dragão, e até um sistema de prevenção de incêndios top de linha se me permite dizer.

— Está na hora, Bocão. — Avisou Stoico.

— Tudo bem. ÚLTIMA VOLTA! — Ele berra para um viking que estava a postos para soprar numa imensa trombeta. Acho que fiquei surda com o grito — Perdão, criança.

— Bocão, eu tenho vinte anos. — Respondo, mas ele parece me ignorar ao dar as costas e ir soltar a ovelha negra.

A ovelha é posta em um tipo de catapulta - ou estilingue gigante -, então é jogada no ar. Astrid está preparada para pegá-la, porém, Perna-de-Peixe e sua dragão são mais rápidos e agarram a ovelha negra.

As Aventuras De Thyri Onde histórias criam vida. Descubra agora